Como nenhum outro
jornalista, Joelmir era um termômetro do humor político-econômico brasileiro.
Vai fazer falta. Suas tiradas curtas, sutis e sarcásticas resumiam crises e
bonanças, escândalos e virtudes. Em segundos, inventariava os fatos, ações e
reações, sem jamais perder a calma e o bom humor, mesmo nos momentos de
indignada contemplação. Por isso era referência. Pintava um escândalo qualquer,
uma pasta preta ou uma iminente fuga de dólares (fossem lícitas ou ilícitas), era
quase certa a pergunta “o que será que o Joelmir vai dizer hoje na BAND?” Joelmir
Beting deixa um legado difícil de passar adiante. No seu site (clique aqui), dizia estudar
15 horas por dia desde a infância. Ter opinião e ser imensamente respeitado por ela dá trabalho e pode levar uma vida inteira, mesmo pra
quem tinha 55 anos de carreira e 75 anos de idade.
Vá em paz Joelmir e obrigado.
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