terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Câncer de próstata - um vilão mascarado pelo preconceito


A falta de cuidado com a prevenção do Câncer de Próstata tem nome - preconceito e ignorância 

Preconceito e falta de informação são a combinação que mascara o Câncer de Próstata no Brasil. Uma doença cuja incidência é de 62,5 casos para cada 100 mil brasileiros tem que ser observada com olhos mais atentos. Quer saber o tamanho do problema em números? A Sociedade Brasileira de Urologia realizou uma pesquisa com 1061 homens de 10 capitais brasileiras, na faixa entre 40 e 70 anos. 76% dos entrevistados reconhece a importância do exame de toque na prevenção da doença, mas só 32% já haviam realizado o exame. E o toque é o exame capaz de detectar com imensa precisão a existência ou não do Câncer de Próstata. Mas o cara não faz, porque tem medinho ou vergonha do que a galera do serviço ou da cerveja possa dizer da famosa “dedada”. “Aqui, só sai, nada entra.” Quem já não ouviu essa pérola em mesa de amigos? Resignação pode matar...

E é preconceito mesmo, porque a pesquisa também aponta que 77% apontam que quem não faz o exame é por preconceito, mas só 8% admitem tê-lo. É belo e bonito fazer campanha pregando para que as mulheres façam o exame preventivo do Câncer de Mama - 52 casos pra cada 100 mulheres em 2012, segundo pesquisa do INCA. Mas, quando o assunto é a fragilidade masculina, entra em cena o politicamente correto, essa praga nossa do dia a dia. Há quem defenda que faz o PSA (o exame de sangue) e que isso já seria prevenção. O PSA é um marcador tumoral detectável no sangue. Seus níveis apontam para a presença ou não do Câncer de Próstata. Porém segundo os especialistas, o protocolo mais seguro é a conjugação dos dois exames – PSA e toque. Os dois exames juntos são o pacote seguro para a ação preventiva.

E ignorância pode parecer agressivo, mas deixando o pejorativo de lado, é isso mesmo. Quanto mais escolarizado o camarada, mais ele sabe sobre a doença (o que não quer dizer que mova sequer um dedo pela prevenção). Os dados mostram que 79% dos entrevistados com nível universitário já foram a um urologista enquanto apenas 46% do pessoal que tem até o ensino fundamental já procurou o médico. O desconhecimento completo sobre a doença e qualquer tipo de exame é maior nas classes C e D (38%), enquanto que nas classes A e B apenas 5% nunca ouviram falar.

Jogue o machismo de lado e sê dê essa chance. Homem que é homem enfrenta isso e faz o exame. Ou vai ficar com essa de “aqui tudo saí, nada entra...”? Depois, vai ser tarde demais pra bancar de machão. 

fontes: Portal do INCA, Portal da Saúde, Wikipedia, Instituto Oncoguia

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