sábado, 29 de janeiro de 2011

Refrigerante de Maconha - pra que?

Canna Cola - risco de confusão com as sodas normais
O paradoxo das drogas lícitas, como o álcool e o fumo, é milenar. Todo mundo sabe o mal que fazem, apesar da leniência coletiva que atravessa os séculos.  As drogas ilícitas também são outro paradoxo, o da Medusa - olhe nos olhos dela e ela te mesmeriza. A autoflagelação é uma faceta humana sem muita explicação (e nem precisa). O fato é que, à exceção dos extremistas, gostamos de nos dizimar aos poucos, de preferência com dor e não muito rápido. Órgão por órgão, devagar e sempre, rindo como se nada acontecesse. Então pra que complicar mais?
Dá pra complicar sim: Um cavalheiro americano chamado Clay Butler criou uma bebida a base de tetrahidrocanabinol, o principal ingrediente psicoativo do cannabis, o Canna Cola. Traduzindo: o camarada vai vender refrigerante de maconha, a 15 dólares a garrafa, nos 15 estados americanos onde o uso medicinal da maconha é permitido (o próprio Butler confessou em entrevista que nunca usou maconha ou qualquer outra droga). É o que dá cada estado ter suas próprias leis. Coisas mal explicadas criam precedentes e seus tentáculos. Usar a maconha com fins medicinais é uma tese que permanece sem uma defesa consistente, apesar de já ter virado cultura vigente nos Estados Unidos. Sabe-se até o momento que mostra “efeito terapêutico modesto, particularmente, no controle da dor, alívio de náuseas e vômitos, e estimulação do apetite” (Arch Gen Psychiatry 2000).
Apesar disso, nos Estados Unidos, se consegue acesso a um monte de gêneros a base de maconha, é só ter uma receita de um médico da Califórnia. Mel, biscoitos, bolos, chocolates, chás e muitos outros produtos “aditivados” estão disponíveis em clínicas especializadas que funcionam como as farmácias de manipulação no Brasil. Encontra-se Marijuana também para fumar, claro. "Reza a lenda" que a erva é cultivada na Califórnia mesmo, por cooperativas de pacientes, mas que o que é trazido de fora deixa fortes os indícios de atividade ilegal (pra que ficar batendo na Colômbia e na Bolívia então?). País curioso esse – queria saber o que será que o pessoal do Tea Party pensa disso tudo. Mas...sendo bem pragmático, afinal pra que precisamos de um refrigerante de maconha??

fontes: Folha.com, Arch Gen Psychiatry 2000, Estado.com, Youtube e wikipedia

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A TVP nas alturas


TVP – sigla pra Trombose Venose Profunda, ou a formação de coágulos nas veias mais profundas das pernas (veja ilustração ao lado). Um coágulo é a forma sólida do sangue e o mecanismo de formação é complexo, normalmente co-relacionado a três principais motivos: diminuição da circulação sanguínea, lesão vascular ou situações em que a pessoa fique mais sensível à coagulação sanguínea. O TVP é relativamente comum, ocorre na proporção de 50 casos em cada 100 mil habitantes – pessoas que normalmente tem problemas associados à circulação do sangue ou dificuldade de locomoção, como gestantes e idosos. Porém um fato novo faz do tema algo especialmente preocupante: pessoas que habitualmente passam mais de 4 horas em vôos têm risco aumentado de desenvolver o TVP, tanto ou mais que o tradicional grupo de risco. Mais especificamente, 6 mil passageiros/ano, segundo a Organização Mundial de Saúde. Até atletas fazem parte desse grupo, pois tem seu ritmo sanguíneo mais lento, o que facilita a condução dos coágulos – o impressionante é que nesse grupo o risco dobra, principalmente após participarem de grandes eventos, geradores de grande desgaste físico. A consequência disso tudo? Se um coágulo migrar, pode causar até mesmo uma embolia
Mas atitudes simples podem prevenir sustos: durante uma viagem longa, levante e caminhe de duas em duas horas. Muito líquido também ajuda e, se você já luta com problemas de circulação, uma boa meia de compressão pode fazer grande diferença - nessas casas cirúrgicas se encontra aos montes. Estas são sugestões pesquisadas na web, mas bom mesmo, caso vá viajar em breve, é usar esse tema na próxima consulta ao seu médico, inclusive para saber sobre medicações adequadas e detalhes sobre as próprias meias de compressão.
fonte: ABC da Saúde e revista Go Outside  

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O mundo "entre aspas" 15

Carl Sagan
"Um dia, uma pessoa me escreveu dizendo-se doente, com câncer  e não acreditava no céu. Me perguntou então:  Padre, na sua visão, o que é o céu? Como líder religioso, não sou eu quem deve dizer a você como é o céu, devo sim imaginá-lo. Eu não tenho o direito de calar a sua fértil pergunta com a infertilidade da minha resposta". (Padre Fábio de Melo)
"A coisa mais estranha que eu já tentei cheirar? Meu pai. Eu cheirei meu pai. Ele foi cremado e não resisti a pulverizá-lo com uma assoprada. Papai não teria ligado. Caiu bastante bem e ainda estou vivo." (Keith Richards)
"Queremos buscar a verdade, não importa aonde ela nos leve. Mas para encontrá-la, precisaremos tanto de imaginação quanto de ceticismo. Não teremos medo de fazer especulações, mas teremos o cuidado de distinguir a especulação do fato..." (Carl Sagan)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Google Earth agora também é Google Body...

O Google, maior site de buscas do mundo, desenvolveu um novo aplicativo que permite explorar o corpo humano em detalhe, o Google Body BrowserA ferramenta ainda está em fase de testes e funciona somente em navegadores que possuem webGL, uma tecnologia que permite visualização 3D em páginas da internet sem a necessidade de nenhum aplicativo adicional, como as novas versões do Mozilla Firefox e do Google Chrome. O Google Body Browser funciona de maneira parecida com o Google Earth, e permite navegar pelos diversos sistemas do corpo humano, ampliar e identificar órgãos, músculos, ossos e tecidos. O produto foi criado inicialmente para explorar as possibilidades da nova tecnologia, e ainda não se sabe quando será lançado.O webGL deverá ser um recurso padrão em navegadores a partir de 2011.    fonte: BBC Brasil, matéria na íntegra.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

David Gilmour - música pra viajar, sem pretensão

David Gilmour
David Gilmour é daqueles artistas que provavelmente já realizaram de tudo na vida e mais um pouco. Teve papel relevante numa das bandas de rock progressivo mais relevantes do século (Pink Floyd, pra quem não é rockeiro), tocou com Deus e o mundo, fez vários experimentalismos. Já foi dono de museu de aviões (Intrepid Aviation), tem um barco-estúdio de cair o queixo (Astoria Recording Studio), teve oito filhos de dois casamentos...por isso pode se dar ao luxo de lançar um álbum sem necessariamente mostrar credencial alguma. Então, depois de ouvir umas vinte vezes o seu último lançamento (The Orb featuring David Gilmour - Metallic Spheres), foi nisso que pensei: despretensão. Muito bem elaborado, com sotaque Gilmour em cada música, mas não chega a ser uma obra prima, não arrepia. Os dois temas apresentados no álbum combinam aquelas guitarras sempre quânticas de Gilmour com teclados e um "zilhão" de outros sons, numa apoteose eletrônica. Vez por outra, a marca do Floyd está la. É autoral e sem passar recibo pra ninguém, pois não precisa, afinal é David Gilmour - que inveja. Veja clip do CD dele abaixo.

fonte: wikipédia e youtube

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Últimas - Apple bem, Jobs nem tanto

A Apple anda tirando o sono dos seus investidores pelo mundo a fora. Não é bem a Apple, mas o chefe, Steve Jobs. Pela segunda vez desde que recebeu um diagnóstico de câncer no pâncreas (2004), Jobs se afasta dos negócios por motivos de saúde. Da primeira vez, ficou nove meses sem dar notícias exatas sobre o seu estado de saúde e em 2009 recorreu à um transplante de fígado. A imprensa e o mundo dos negócios só tomaram conhecimento depois do ocorrido.
Steve Jobs...believe or not.
Em janeiro de 2011, a empresa cravou seu 18º recorde em resultados, quarter sobre quarter, com receitas de 27 bilhões de dólares e lucro de 6 bilhões. Nos três meses que antecederam o Natal de 2010, a Apple já tinha vendido mais de 16 milhões de IPhones (duas vezes mais do que o ano anterior), mais de 7 milhões de IPads (20% mais do que o projetado), porém 7% menos IPods...19,5 milhões. Até os números ruins são números bons. E, segundo a IDC, importante empresa americana de pesquisa, o mercado de tablets (o qual a Apple domina) deverá quadruplicar nos próximos dois anos. Fica a dúvida se a saúde de Mr. Jobs vai ser o fiel negativo dessa balança pra lá de positiva - tomara que não seja. Ele pode ser uma mala sem alça, controverso, mas é um gênio, não dá pra negar. 
fonte: The Economist

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A "anti-auto-ajuda"

No Aurélio, sobre AUTO-AJUDA: “Método de aprimoramento pessoal em que o indivíduo pretende buscar, sem ajuda de outrem, soluções para problemas emocionais, superação de dificuldades, etc.”
As pessoas me perguntam se sou contra mensagens de auto-ajuda, sejam elas livros, palestras, CDs, o que seja. É leviano responder “sim” ou “não” - a objetividade atrapalha um pouco, principalmente nesse tema. Penso que uma mensagem dita de “auto-ajuda” só pode ser produtiva se a pessoa que a recebe puder fazer algum paralelo, algum rapport fidedigno e imediato com a realidade em que vive. Se alguém me disser onde pode haver um rapport imediato na frase “Seja feliz agora”, me perdoem, pois sou eu o único pateta eternamente triste no meio de um zilhão de pessoas “felizes já”. Atividades de auto ajuda tipo “você só não é feliz porque não quer, levante e ande” provocam um estado de euforia que se confunde com bem estar e é capaz de esconder da própria pessoa a angústia por dias melhores.
O que há com essa menina??
Ninguém merece...
Um filme de 2002, chamado “De porta em porta”, conta a história de um cara portador de paralisia cerebral que se tornou um vendedor talentoso. É baseado em fatos bem reais, o que já ganha pontos como mensagem – todo mundo tem uma “paralisia cerebral” que tenta por embaixo do tapete, ao invés de apostar em alternativas. Como já disse antes, nosso dia a dia segue um curso sem trama pronta. As incertezas não seguem roteiro e o aprendizado é justamente a capacidade de agirmos e reagirmos às perspectivas cruzadas. Nesse movimento constante, o erro e o acerto correspondem a cada uma das pernas de um mesmo corpo e dão o equilíbrio à caminhada. Coisa linda de se dizer, mas essa talvez seja a maior das paralisias.
Vale olhar de novo o post sobre Schopenhauer – ele ficaria rico se fosse um palestrante nos dias de hoje. A antítese, o tratamento de choque a auto-ajuda “anti-auto-ajuda”

sábado, 15 de janeiro de 2011

Desintoxicações

Dietas de desintoxicação – são dezenas, centenas de recomendações, listas, esquemas prontos sobre como “desentoxicar” o organismo pro verão. Comer mais disso, menos daquilo, mais líquidos, chá verde ao tufos pra limpar o fígado. Limpar o fígado? Não sou médico, mas isso é básico: quem limpa é justamente o fígado, ele é um filtro...as pessoas brincam com o perigo e o corpo vai cobrando a conta. Comida nunca intoxicou ninguém, só se tiver estragada. A grande toxina da vida é o excesso, mas sem alguma dose de Nelson Rodrigues no dia a dia, não teria a menor graça (e até Nelson Rodrigues, na vida real, era um homem de poucos excessos). E quem precisa de "ração humana"? Um corpo adequadamente energizado precisa de comida, não de ração.
Como não bebo há algum tempo, esses dias experimentei uma cerveja sem álcool. Bem gelada, ela cumpre o papel, mas e a tonturinha? E o riso solto? Ficou um pouco sem graça aquilo.  A medida que os amigos vão rindo mais, você vai se esforçando mais pra acompanhar o clima, mas sem a tonturinha aquela, a festa vai perdendo a cor. O prêmio final? Só eu podia pegar o carro sem grandes preocupações. Mas na verdade as pessoas não dão muita bola pra isso. Um amigo mais exaltado, mesmo sob protesto do grupo, entrou no carro trocando as pernas. E a mulher, resignada, acompanhou. Como pode uma pessoa relegar a própria segurança e a dos filhos por servidão a um marido? Me poupe...
Esqueça essas dietas malucas, não se dê ao trabalho. O excesso faz parte da nossa vida e sem ele seria “sacal”. Mas claro que até o excesso tem seus limites. Pra desintoxicar mesmo, livre-se das pessoas tóxicas, seu fígado agradece. Quem sabe começando por um marido que despreza sua segurança e a dos seus filhos?
fonte: Globo.com

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O mundo "entre aspas" 14

Eric Clapton
"Viver é uma tarefa urgente, porque amanhã é uma coisa que não dá pra pensar, não dá pra fazer planos, hoje é urgente, amanhã é a morte, ontem, graças a Deus, teve ontem!" (Henfil)
"Eu tinha muito ciúmes de Jimi Hendrix. Quando as pessoas me perguntavam dele após a sua morte, eu me comportava como se Hendrix fosse uma ex-namorada ou irmão meu que tinha morrido." (Eric Clapton)
"Quando comecei a pilotar na Fórmula 1 nos anos 1970, as chances de sobrevivência eram 7 para 1. Arriscadíssimo. Hoje em dia, as chances são de 800 para 1" (Emerson Fittipaldi)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Decisões Extremas - Um filme aflitivo sobre o Pompe

Uma doença rara (cerca de 10 mil casos no mundo), absolutamente debilitante, de ação progressiva e fatal. Existe no mundo um sem-número de doenças com esta combinação de características, até aqui nenhuma novidade. Mas dito isso sob a perspectiva de quem não vive o problema é uma coisa. Pensar em como deve ser a vida (ainda que breve) de uma criança com a Doença de Pompe...é bem diferente. Devastador é o mínimo que se pode dizer sobre o impacto nas vidas dessas crianças e suas familias – e, repito, dito isso sob a perspectiva tosca de quem não vive o drama.
A Doença de Pompe é um distúrbio degenerativo de início precoce. A criança apresenta principalmente degeneração progressiva dos músculos, dificuldades para respirar e cardiomegalia (aumento do tamanho do coração). Normalmente a criança não passa dos 9 anos de idade e a morte ocorre por insuficiência respiratória. A incidência é de 1 caso para cerca de 40 a 50 mil crianças. O tratamento é por reposição enzimática, mas está sob estudo ainda.
Harrison Ford e Brendan Fraser
O filme “Decisões Extremas”, produção (e atuação) de Harrison Ford, mostra justamente o drama de um executivo (Brendan Fraser) que é pai de duas crianças com Pompe e sua luta pra salvar os filhos. Não vou contar aqui o filme – pra quem curte dramas bem entalhados e bons diálogos, vale muito à pena. É um filme simples na essência e serve para, pela “enézima” vez, puxar nossa orelha sobre como reclamamos da vida de barriga cheia.
A arrogância é uma praga. Um filme desses não serve pra mudar atitudes, muita pretensão. Mas pode ser um bom pesticida. 
fonte:  Associação Paulista dos Portadores da Doença de Gaucher & Adorocinema website

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vida, Louca Vida - Vida breve...

Julia e Adriana Guedes - o que mais dizer?

Por mais que não se queira perder, pessoas queridas morrerem aos 80, 90 anos, é algo sagradamente fisiológico - é da natureza envelhecedora. Mas quando pessoas jovens rapidamente deixam de estar entre nós, deixam filhos pequenos, perspectivas, sorrisos, isso ainda me foge da racionalidade. O esforço para entender “um desligar de uma tomada” cheia de energia é mais que dobrado, mas a que se manter o esforço. Soube hoje pelo amigo Anuar do falecimento da jornalista gaúcha Adriana Guedes, 40 anos. Estava com a família e com a filha Julia, de 2 meses, numa pequena praia do Rio Grande do Sul. Se sentiu mal, foi socorrida mas não resistiu – segundo o comunicado, foram complicações cardíacas. Complicações cardíacas - que coisa...
Eu e Adriana estudamos juntos na PUCRS. Há muitos anos não nos víamos, mas nossa turma de faculdade vinha ensaiando um outro reencontro (tivemos o primeiro super-encontro, mas ela não esteve nesse). Trocamos alguns mails divertidos. Quando a Julia nasceu, ela mandou a foto acima. Turma de colégio é algo inexplicável. Existe um tipo de mesmerismo coletivo e, por mais que os anos passem, os vemos sempre da mesma forma, uma cumplicidade quase infantil. A vida não tem mesmo uma trama pronta. Essa coisa de começo, meio é fim, herdada da literatura, nos empurra a não ousar ver a vida de outra maneira. Queremos sempre que as coisas tenham começo, meio e fim, senão o sentimento de perda é grande, é derrota.
Nosso amigo (e filósofo pop) Celso Santanna é perfeito ao afirmar que nos afastamos das pessoas porque na verdade sempre achamos que o fio da união é inabalável. É verdade, só não prevíamos isso. Adriana, fique em paz. Julia, força e muita garra, nessa estrada a qual nunca sabemos como vai terminar, pois na verdade nunca soubemos como começou e porque. 
(Queria muito abraçar meus ex-colegas de faculdade nesse momento, como não posso, me veio este post. Abraço a todos).     

sábado, 8 de janeiro de 2011

Blog ajuda a entender a dor crônica e a lidar com o problema

Milhões de brasileiros sofrem com dores crônicas musculares e na cabeça e isso é uma das principais causas de desestabilização emocional e afetiva. As pessoas com dores crônicas têm dificuldade de encontrar acolhimento para seu problema. Em muitos casos, quando encontram informações precisas sobre as doenças, o tratamento é mais fácil e as dores diminuem: o que mais conforta as vítimas é o conhecimento das causas do seu desconforto e o diagnóstico. E isso despertou o interesse da fisiatra Thaís Saron quando fazia residência no Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), para se especializar em reabilitação. Lá ela observou que pacientes com dores crônicas sofriam com a falta de informação e de compreensão. Em uma tentativa de ajudar essas pessoas Thaís criou o blog A dor atual (www.adoratual.wordpress.com). No espaço ela explica, mais didaticamente, os mecanismos da dor crônica, divulga endereços de hospitais públicos, lista de entidades, muitas delas em universidades, que oferecem atendimento gratuito de fisioterapia e psicoterapia em São Paulo. Além disso, ela responde a dúvidas dos internautas sobre o tema. O próximo passo da fisiatra é sua tese de doutorado que tratará do uso da internet na saúde pública.
fonte: Revista Mente e Cérebro (web) - matéria na íntegra
veja site: A Dor Atual

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nem Bom Jovi, nem Mccartney, nem Winehouse...

Geraldo Flach
O Maestro que veio do frio
...e sim um piano sincero, poderoso que o Brasil, enorme, pouco conheceu. Meu pai ligou no início da semana: “- Geraldo Flach faleceu hoje” – e assumi minha melancolia, de altos e baixos, a semana toda. Pus o CD "Interiores" (1995) no carro e foi minha homenagem solitária estrada afora. Não que eu conhecesse o Maestro pessoalmente (putz!, se tivesse tido esta oportunidade...), mas tinha 18 anos quando ouvi aquele piano, num disco do Renato Borghetti. E daí, quis saber tudo sobre aquela coisa meio campeira agauchada, meio jazz com marcha-rancho.
“Geraldo Flach compunha como um ourives, trabalhando demoradamente suas criações e exigindo o máximo da perfeição” - frase de Aramis Millarch, outro monstro sagrado, só que do jornalismo, música e cinema, também já falecido. E, vendo sua discografia, vi que não foi exagero de jornalista. Geraldo Flach teve apenas nove discos gravados em sua carreira iniciada na década de 60. Segundo Ivan Lins, o piano dele tem sotaque - poucos artistas puderam e podem se dar ao luxo de ter esta identidade reconhecida. E quer saber? Esse portoalegrense ”da gema”, gremista,  já tendo tocado com gente como Ivan Lins, Elis Regina e Emilio Santiago, só não passou batido (tal qual Johnny Alf, veja post aqui no blog: Johnny Alf - Só agora o Brasil o redescobre?)  porque teve seu espaço preservado e respeitado no Rio Grande do Sul – o artista gaúcho, quando é muito bom, faz sucesso no quintal dele, mesmo que ninguém mais saiba dele em lugar algum do país (e raramente ganha dinheiro com sua música) – coisa de gaúcho, não me pergunte porque. 
Sem Copacabana, Flach foi o Tom Jobim do Sul, não devia nada ao colega maestro. Bateu a curiosidade? Que bom. Conheça Geraldo Flach. É a homenagem mais pura e honesta que podemos fazer para o Maestro que veio do frio. Um câncer de laringe o silenciou aos 65 anos no dia 03 de janeiro de 2010. Veja clip primoroso do Youtube - Geraldo Flach
(Papai do Céu, a Amy Winehouse tenta, tenta, tenta e não consegue...tinha que ser justo o Geraldo Flach??)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

É "PRESIDENTE" Dilma. O resto são histórias de Cristina Kirchner

O dicionário Aurélio é a “Constituição” da Língua Portuguesa no Brasil. Claro que existem outros dicionários, mas o Aurélio é o mais querido e o que ele diz, tá dito.  Lá, temos que tanto faz PRESIDENTE ou PRESIDENTA, as duas formas estão corretas – mas a forma, digamos, mais simpática por aqui é PRESIDENTE - o agente não muda, o que muda é o artigo. Então saímos da discussão técnica e passamos pra lei que se sobrepõe a tudo – a dos usos e costumes. Pode até a “Presidenta” Dilma, assim como fez a argentina Cristina Kirchner em início de mandato, mandar voltar pra correção documentos que não estejam redigidos com a forma de tratamento escolhida por ela (aliás, que bela comparação...). Mas forçar a barra não é o caminho, no fim vai vingar o nome que ganhar as ruas e pronto, é o ouvido popular quem decide.
Segundo o professor Sérgio Nogueira, o brasileiro tem uma tendência natural ao uso da forma única PRESIDENTE. Nas empresas, se usa "GERENTA" e "CHEFA" como piada provocativa, devido ao tom pejorativo. Basta ouvir um "aí vem a CHEFA", o que você pensaria? Se for no Brasil, coisa boa não é. 
Então pra que forçar a amizade, não é PRESIDENTE DILMA? Vá e faça o que tem que ser feito nos próximos quatro anos, senão periga a Senhora, ou melhor dizendo, Vossa Excelência ouvir das ruas outros verbetes conhecidos do dicionário, bem diferentes...
fonte: ClicRBS, Professor Pasquale Neto & Professor Sérgio Nogueira (G1)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ano novo, TRABALHO NOVO!

Flávia Muraro 
Diretora da Movere Consultoria
Flávia Muraro é Consultora nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas. É Diretora da Movere Consultoria, especializada em preparar talentos para construir resultados, além de publicar artigos periódicos na VOCÊ S/A. A seguir, ela nos aponta dicas importantíssimas sobre como construir as próprias perspectivas, num mercado agitado e cheio de oportunidades para esse ano:
Começou o ano sem emprego? Será essa uma boa época para procurar trabalho? É comum que quem está em busca de um novo emprego, se queixe de que nessa época do ano nada acontece. A cidade está vazia e grande parte dos profissionais contratantes está em férias. Por outro lado, é também em janeiro que ocorre um grande número de contratações. As empresas agora precisam começar a executar todo o planejamento realizado nos últimos meses do ano e para isso, devem estar com seus quadros completos. De qualquer modo, não temos o poder de influenciar essa questão. Ela está relacionada ao mercado. São fatores externos e não podemos controlá-los. O que está em nossas mãos é o nosso preparo para assim que surgir a oportunidade estar pronto para encará-la!
Em um momento como esse, ao invés de mergulhar de cabeça na TV e nas redes sociais ou se jogar no sofá o dia todo, que tal investir seu tempo no que realmente importa? Se você não teve a oportunidade de passar por um processo de outplacement patrocinado pelo seu ex-empregador, que tal fazê-lo por sua conta? Em primeiro lugar, defina sua opção de carreira. É mesmo um novo emprego? Outras opções incluem prestar serviços de consultoria, investir no negócio próprio ou carreira acadêmica. Lembro que as chances de sucesso são maiores se você atuar na área que conhece e na qual tem expertise.
Feita a opção, o próximo passo é ir ao mercado e mostrar a ele suas qualificações e aptidões. Ir ao mercado significa fazer com que seu preparo encontre as oportunidades que ele oferece. Alguns chamam isso de sorte, porém, na minha opinião sorte é outra coisa. Mas isso é assunto para outro artigo. É importante se cadastrar nos sites de empresas idôneas de hunting, porém não devemos nos limitar a elas. Mais de 80% das contratações são feitas por meio de sua rede de contatos. Então, mãos à obra! Aproveite que a cidade está mais calma e marque encontros com seus amigos que não estão viajando. Obviamente a receptividade deles será maior se você já os procurava quando estava empregado.
Vale também aproveitar o tempo mais livre para estudar e se atualizar na sua área de atuação. Justamente aquilo que você nem sempre fazia por falta de tempo, lembra? Atualmente, um terço dos contratos de trabalho com carteira assinada é encerrado por iniciativa do empregador. Em levantamento feito pelo Dieese, mais de 40% dos desligamentos são feitos quando o funcionário tem menos de 6 meses de casa. O tempo de permanência no emprego também mostra tendência de queda. Em 2000 essa média era de cinco anos e meio contra apenas cinco anos em 2009. Que conclusões podemos tirar desse cenário? Estando empregado ou não é sempre importante estarmos preparados para buscar novas oportunidades.
Feliz 2011 para todos!
para contatos com Flávia Muraro: Flavia@movereconsultoria.com.br

domingo, 2 de janeiro de 2011

"O Poderoso Chefão"

Pacino - Paroxismo original

Nada pra fazer, primeiro dia do ano de 2011. Me pego vendo um DVD de o “Poderoso Chefão 2” (Francis Ford Coppola, 1974) e me perguntava porque haveria de ser uma das sagas mais fantásticas já produzidas pelo cinema. “Porque fala de pessoas e valores”, respondeu meu cunhado, parceiro de ócio. Simples assim – pessoas e valores.
Se não viu, veja, principalmente o um e o dois (os demais, já começam a ser contaminados pelo vírus das continuações chatas de Hollywood). Mais que a dupla Paccino & De Niro, vale por todo o paradoxismo, os limites tênues (ou a falta deles). Da mesma mão que mata ser a que reúne a família pra rezar e agradecer a Deus pela mesa farta e os filhos reunidos. Isso sempre rendeu um bom argumento, mas o filme é original – não dá pra saber quem é bandido e mocinho, depende da circunstância e não lembro de um filme onde se tenha lavado tão bem essa roupa suja antes do “Poderoso Chefão”. Não se trata de o bem contra o mal, apenas acordos e perspectivas. Nada mais humano e original. Nada mais atual.