Melhor
seria falar de Caetano Veloso como falei esses dias de Paul McCartney, mas não
dá. Caetano faz 70 anos e salta aos olhos um fato - a crítica do jornalista
André Forastieri, do R7 - inconformado por, segundo ele, não ver nada relevante do
baiano nos últimos 30 anos. Sou obrigado a concordar. Ele vive de sucessos pré-históricos e a última vez que
lançou hits foram “Sozinho” (nem é dele, mas do Peninha - no álbum Prenda
Minha, de 1998) e Mimar Você, uma espécie de “Sozinho 2” do álbum Noites do
Norte, de 2002 – há mais de dez anos. Caê merece todo o nosso respeito,
mas haja condescendência. Você lembra de alguma música legal do Caetano
nos últimos anos ou discos? Tem uma lista absurda de sucessos antológicos.
Sempre que lançava um disco, metade da bolacha (ou do CD) se ouvia nas rádios.
Já o tal do disco Zii e Zie (até o nome é tudo e nada) de 2009, veio e foi
e...nada. Nem um psêudo-modernismo, uma crítica autêntica, nada.
É gostoso de ouvir o
disco Fina Estampa no trânsito de São Paulo. Tangos, boleros tocados com estética
inovadora, mas...isso foi em 1994. No disco Livro, O Navio Negreiro é uma viagem angustiante, uma das mais belas adaptações poéticas em música...mas estamos falando de 1997.Todo o senhor tem o direito de entrar nos
setenta com sua missão cumprida. Pena que, no caso de Caetano, parece que a
missão se cumpriu cedo demais. Cedo demais.
Veja abaixo clip - "Não Enche", do show "Prenda Minha", de 1998. Divertido, ritmado, desbocado, como um bom Caetano.
Pois é, eu até poderia concordar com você se você tivesse feito um comentário sem citar tantos sucessos do Caetano. Tantas memórias.
ResponderExcluirEle até poderia ter feito muito mais, mas quem foi REI sempre será MAGESTADE. Qualidade, qualidade e ponto. Caetano merece ser festejado nos 70 e sempre. Uma fã.