Brasil é líder mundial em cobrança de imposto sobre medicamentos, diz estudo.
A carta magna diz que Saúde é
um direito de todos e um dever do estado. Bonito de dizer, difícil de ver. Segundo
a Interfarma, de um ranking comparativo entre 38 países, o Brasil é líder em
cobrança de impostos sobre os medicamentos vendidos em farmácia e com
prescrição médica. Juntando impostos federais e estaduais (ICMS, PIS e COFINS),
o achaque é de 28%. O autor deste estudo é o pesquisador inglês Nick Bosanquet.
Enquanto países como Canadá,
EUA, México e Inglaterra tem alíquota zero de imposto, a situação por aqui se
agrava, pois diferente do que ocorre em países desenvolvidos, o Brasil não tem
programa de reembolso de medicamentos. Mais de 70% da compra de medicamentos é
feita diretamente pelo consumidor. Na Europa, cerca de 10 a 15% do gasto com
medicamentos é assumido pelo consumidor.
A Interfarma, em campanha pela
redução drástica do imposto incidente sobre medicamentos, publicou em seu site seis
iniciativas necessárias nessa direção:
- Aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que proíbe a cobrança de impostos sobre medicamentos de uso humano (Deputado Paulo Bauer – PSDB/SC).
- Aprovação de projeto de Lei que propõe isenção para medicamentos considerados essenciais (José Antônio Ragufe – PDT/DF).
- Isenção de PIS/Cofins pra medicamentos tarjados.
- Redução do ICMS para 7%, seguindo o exemplo do Paraná.
- Unificação da alíquota de ICMS para 7%, eliminando o “passeio” dos medicamentos na busca por facilidades fiscais.
- Apoio à Frente Parlamentar pela Redução de Tributos
Quem é a Interfarma: A
Interfarma é uma entidade setorial, sem fins lucrativos, que representa
empresas responsáveis por promover e incentivar o desenvolvimento da indústria
de pesquisa científica e tecnológica no Brasil voltada para a produção de
insumos farmacêuticos, matérias-primas, medicamentos e produtos para a saúde. Claro
que apoiar iniciativas como esta agrada a gregos e troianos. Menos imposto,
mais venda de medicamentos. Leis de mercado, nada de mais. Pesando menos no
bolso, é o que importa.
fonte: jornal O Estado de São Paulo, Interfarma website.
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