Quando penso que Kledir Ramil fez sessenta anos em
21 de janeiro, acredito ainda mais que o bom humor retarda a velhice, sutil diferença
entre os sábios e os "gatões".
Quando eu era garoto, tinha uns 8 anos, mais ou menos, conheci a música de Kledir e seu irmão, Kleiton. E por alguns anos confundia os dois. Na minha cabeça de cirança, "Kledir" soava bem pro cara mais baixinho, mais tímido e de óculos. Kleiton ficava melhor pro cara mais alto e inquieto, com sorrizão. Custou pra entender que um era um e outro era outro - a custa de muito livrinho de cifras pra violão, inevitável.
Quando eu era garoto, tinha uns 8 anos, mais ou menos, conheci a música de Kledir e seu irmão, Kleiton. E por alguns anos confundia os dois. Na minha cabeça de cirança, "Kledir" soava bem pro cara mais baixinho, mais tímido e de óculos. Kleiton ficava melhor pro cara mais alto e inquieto, com sorrizão. Custou pra entender que um era um e outro era outro - a custa de muito livrinho de cifras pra violão, inevitável.
Kledir Ramil - 60 anos |
Kledir fez história na música popular brasileira,
com os Almôndegas na década de 70 (Vento Negro, campo a fora,
vai correr...), ganhou o Brasil junto com o Irmão Kleiton, banhando o rádio com
sucessos bem humorados (Essa Maria Fumaça, devagar, quase parada...) e
embalando a gente com over doses da mais fina e sofisticada sacanagem (Essa
boca, muito louca, pode me matar. Se isso é coisa do demônio, eu quero pecar). Junto
com Kleiton, criou um estilo de cantar que tem grife – não fazem segunda voz,
cantam em corinho mesmo. Não lembro de ver outra dupla cantar desse jeito. Já
foram o “U2” brasileiro na década de 80, lotaram ginásios e novelas das oito.
Hoje a dupla com o irmão continua, mas Kledir desfruta de uma fama bem mais
discreta e sossegada - nem por isso musicalmente menos relevante. Artista
consistente não sai de moda, mesmo quando a radio não toca. Muita gente, até hoje, acha aquela história de "deu pra ti" meio estranha. E até hoje não dá pra classificar bem o estilo daquela música, mas quem se importa? Qualquer casal nascido no final dos anos 60 e medianamente antenado em música conhece, no mínimo, 3 ou 4 canções de Kleiton & Kledir. E foi a primeira vez que ouvi uma rabeca tocar no rádio.
Há anos Kledir escolheu o Rio de Janeiro como casa, onde vive com a família, sem jamais cortar o cordão com o Sul e de Satolep (ou Pelotas - antes que você venha com aquela brincadeirinha hostil de sempre, a resposta é NÃO - Pelotas produz excelentes artistas).
Há anos Kledir escolheu o Rio de Janeiro como casa, onde vive com a família, sem jamais cortar o cordão com o Sul e de Satolep (ou Pelotas - antes que você venha com aquela brincadeirinha hostil de sempre, a resposta é NÃO - Pelotas produz excelentes artistas).
Não é pra menos que, se não me dissessem que esse “guri”
da foto faz 60 não ia acreditar. Parabéns Kledir, tú és meu modelo de como quero entrar nos sessenta e a prova material de que o
Sertanejo Universitário não vai nos vencer...
visite o blog do Kledir, muito divertido (clique aqui) e pra quem não sabe, os caras continuam firmes, fazendo show e tudo mais...
Mesmo sem estar "meio down", fizeste isto duas vezes recentemente, simplesmente para reencontrar as raizes. Venha sempre.
ResponderExcluirAss. teu pai.