Bueiro na Rua Visconde do Pirajá Nem o terrorismo entenderia |
Bombástica revelação: existiu de fato um plano da Al Qaeda pra um atentado no Brasil. Mais especificamente no Rio de Janeiro. Mas descobriu-se também que o plano foi logo abortado. Chegaram à conclusão que um atentado no Rio de Janeiro daria muito trabalho pra pouco impacto e ainda daria um trabalhão extra reivindicar a autoria – a imprensa iria culpar o tempo todo a CEG ou a Light.
Ok, pode ser que exista uma célula da rede terrorista instalada debaixo do solo carioca. Pode até ser e, se for por esse caminho, dá pra ir mais longe: Pode ter gente deles infiltrada nas prefeituras das cidades vitimadas pelo ocaso dos temporais na Serra do Rio de Janeiro. Seria um plano perfeito: ao invés de jogar bomba, deixa que a natureza suje as mãos (é fácil responsabilizar Alah) "e nós roubamos o dinheiro pra recuperação das áreas atingidas. Ficamos com aquela merreca dos dez milhões e os infiéis morrem de todo o jeito". Impecável e perverso, tal qual as tais escolas de pilotagem de aviões nos Estados Unidos - vários Al Qaeda estariam vivendo na Serra do Rio. Uma parte fez concurso para as prefeituras, virou funcionário público de carreira. Outra parte se instalou na política local, pra dar as cartas e preparar o terreno pro "juízo final". Todo mundo em seus postos, era só esperar o dia dos desabamentos. Como as áreas de risco não eram segredo pra ninguém, não precisou esperar muito.
O Carioca não tem outra saída senão rir de si mesmo. Há pouco começaram a aparecer adesivos sarcásticos nas tampas de alguns bueiros. Uma forma criativa e bem humorada de encarar a triste realidade: o passivo do Rio é enorme e todo dia depõe contra os cariocas. A conclusão é simples. Deixou a porta de casa, é cada um por si e ninguém por todos. Uma miséria humana difícil de entender e de engolir. O imprevisível é sempre o prato do dia. Nem o terrorismo ousaria afrontar um concorrente o qual não conseguiria entender.
fonte: O Estado de São Paulo
O Carioca não tem outra saída senão rir de si mesmo. Há pouco começaram a aparecer adesivos sarcásticos nas tampas de alguns bueiros. Uma forma criativa e bem humorada de encarar a triste realidade: o passivo do Rio é enorme e todo dia depõe contra os cariocas. A conclusão é simples. Deixou a porta de casa, é cada um por si e ninguém por todos. Uma miséria humana difícil de entender e de engolir. O imprevisível é sempre o prato do dia. Nem o terrorismo ousaria afrontar um concorrente o qual não conseguiria entender.
fonte: O Estado de São Paulo
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