"Para uma leitura mais tranqüila e rápida, vamos quebrar o tema em duas partes, a serem publicadas em seqüência. Nesta, vamos comentar os dados do varejo recentemente divulgados pelo IBGE, bem como o que isto significa.
Os dados de 23 de fevereiro mostram o vigoroso desempenho do varejo em 2009, com um crescimento sobre o excelente 2008 de 5,9%, apesar da queda em Dezembro em relação a Novembro de 2009 - prova que o Brasil tem um mercado interno forte e vai continuar crescendo em 2010. O consumo das famílias, especialmente em alimentos, artigos médicos, farmacêuticos e equipamentos e material de escritório, foi o responsável pelo crescimento de 2009 sobre 2008. Mas olhando o varejo ampliado, com material de construção (queda de 5,9% no ano) e veículos e motos (partes e peças também - alta de 11,1%), o crescimento foi de 6,9% sobre 2008. Aliás, foi um recorde no setor automobilístico (aqui as classes A e B despontam). O crédito, a liberação dos depósitos compulsórios do Banco Central, a queda de impostos e a relativa manutenção do emprego (e renda) foram fundamentais para este desempenho que, espera-se, em 2010 seja ainda muito melhor. Protegeram-nos, e protegerão os sólidos alicerces da política econômica e da relativa independência do Banco Central do Brasil.
Com o crescimento da inflação, o IPCA projeta 0,52% para os próximos quatro meses, o BC do Brasil já eleva os depósitos compulsórios nos patamares de antes da crise (foi o que protegeu o sistema bancário na crise, garante Henrique Meirelles). Este movimento eleva os juros bancários, especialmente pessoa física – atitude utilizada para travar o crescimento econômico, forçando a queda da inflação preventivamente. Quanto aos juros básicos da economia (taxa Selic), sobem em abril, mas o efeito disso só vai ser sentido entre quatro e seis meses depois da alta. Assim, o varejo vai crescer em 2010 e sem a ajuda do governo, que se manterá gastando muito (elevando a inflação), aumentando juros (para reduzir a inflação) e elevando a carga tributária mesmo em ano de eleição. Ocorre que ele, governo, vai gastar o quanto puder, para eleger a figura nada carismática da Ministra Dilma, especialmente com programas assistencialistas. Assim, teremos o crescimento da renda e do emprego, conjugado com o crédito crescente (projeção do BC de um crescimento de 15% sobre 2009), que deverá atingir, ao fim de 2010, um patamar de 50% do PIB, segundo o Ministro Mântega. Mas o Governo segue sem ajudar na desoneração de preços e produção, bem como redução de seus gastos (Custeio)".
fontes complementares: veja.com website e wikipédia
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