terça-feira, 2 de março de 2010

Varejo Brasileiro - Uma visão do Passado e um Cenário Futuro (parte 1)

Comprar, o brasileiro está comprando e muito. O Varejo rí de orelha a orelha e 2010 já começou quente - em dezembro/2009, o Grupo Pão de Açucar comprou as Casas Bahia, uma operação de mais de 40 bilhões de reais. Mas será que 2010 vai ser mais um ANO DO VAREJO BRASILEIRO? Pois vamos ver o que Lourival Stange - Economista, Especialista em Marketing Estratégico e Consultor para empresas de varejo - tem a nos dizer:

"Para uma leitura mais tranqüila e rápida, vamos quebrar o tema em duas partes, a serem publicadas em seqüência. Nesta, vamos comentar os dados do varejo recentemente divulgados pelo IBGE, bem como o que isto significa.

Os dados de 23 de fevereiro mostram o vigoroso desempenho do varejo em 2009, com um crescimento sobre o excelente 2008 de 5,9%, apesar da queda em Dezembro em relação a Novembro de 2009 - prova que o Brasil tem um mercado interno forte e vai continuar crescendo em 2010. O consumo das famílias, especialmente em alimentos, artigos médicos, farmacêuticos e equipamentos e material de escritório, foi o responsável pelo crescimento de 2009 sobre 2008. Mas olhando o varejo ampliado, com material de construção (queda de 5,9% no ano) e veículos e motos (partes e peças também - alta de 11,1%), o crescimento foi de 6,9% sobre 2008. Aliás, foi um recorde no setor automobilístico (aqui as classes A e B despontam). O crédito, a liberação dos depósitos compulsórios do Banco Central, a queda de impostos e a relativa manutenção do emprego (e renda) foram fundamentais para este desempenho que, espera-se, em 2010 seja ainda muito melhor. Protegeram-nos, e protegerão os sólidos alicerces da política econômica e da relativa independência do Banco Central do Brasil.

Com o crescimento da inflação, o IPCA projeta 0,52% para os próximos quatro meses, o BC do Brasil já eleva os depósitos compulsórios nos patamares de antes da crise (foi o que protegeu o sistema bancário na crise, garante Henrique Meirelles). Este movimento eleva os juros bancários, especialmente pessoa física – atitude utilizada para travar o crescimento econômico, forçando a queda da inflação preventivamente. Quanto aos juros básicos da economia (taxa Selic), sobem em abril, mas o efeito disso só vai ser sentido entre quatro e seis meses depois da alta. Assim, o varejo vai crescer em 2010 e sem a ajuda do governo, que se manterá gastando muito (elevando a inflação), aumentando juros (para reduzir a inflação) e elevando a carga tributária mesmo em ano de eleição. Ocorre que ele, governo, vai gastar o quanto puder, para eleger a figura nada carismática da Ministra Dilma, especialmente com programas assistencialistas. Assim, teremos o crescimento da renda e do emprego, conjugado com o crédito crescente (projeção do BC de um crescimento de 15% sobre 2009), que deverá atingir, ao fim de 2010, um patamar de 50% do PIB, segundo o Ministro Mântega. Mas o Governo segue sem ajudar na desoneração de preços e produção, bem como redução de seus gastos (Custeio)".
fontes complementares: veja.com website e wikipédia

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