Pouco antes de dormir, estava naquele fim de feira, zapeando a TV e de súbito, parei na notícia da qual não tinha me dado conta. Renato Manfredini Junior teria feito 50 anos no dia 27 de março. Em segundos, enquanto ouvia aquela enfurecida sequência de bateria de “Há Tempos” durante a matéria da Bandeirantes, minha época de Legionário passou pela minha cabeça. Não é exagero se disser que repetir e repetir Renato Russo moldou a forma como eu coloco a voz pra cantar. Me sinto bem cantando naquele tom, a respiração, as pausas. A música do Legião Urbana foi como uma fôrma e dalí, aprendi a gostar de todo o resto do que percebo na música. Cantei muito Renato Russo - tocava fielmente os arranjos simples, nada passava despercebido. E ainda hoje, ao ouvir no carro “Faroeste Caboclo” soa espantosamente moderno, atual e vigoroso. Uma vez, num dos seus shows, Renato sentenciou: "Quando eu era bem novo, queria mudar o mundo. Beleza, pensei melhor e me contentei em mudar o Brasil. Hoje, se eu conseguir melhorar a mim mesmo, já estou satisfeito". E mandou acordes de "Que País é Este" - O estádio veio abaixo e eu na época, óbvio que não entendi direito o significado daquele tesouro. Vadio? Sensato? Misterioso? Underground? Um artista se despindo em público? Não importa, passou. Obrigado Renato Manfredini Junior. Saúde a tudo o que você deixou por aqui.
fonte: wikipédia enciclopédia virtual
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