sexta-feira, 12 de março de 2010

Cinto de Segurança - 12 anos depois, o que aprendemos?

Em 1997, usar Cinto de Segurança virou lei e foi minha redenção. Sete anos antes, eu já usava – ouvia tudo que era gracinha dos amigos e tive que engrossar com uma namorada que, entrando no carro, tascou: “já aviso que eu não uso cinto” - teve que engolir: “aqui, tú usas ou vais de táxi”. Pós-sessão bate-boca e cara emburrada, botou o cinto (tempo depois, fiquei sem namorada, mas não por isso).
12 anos depois, por mais “pés de boi” que alguns “populares” sejam, nossos carros não são mais carroças. A internet tomou invadiu tudo, o youtube elegeu um presidente americano. Estamos em 2010 – e o que aconteceu com o cinto? Quase nada. Encontrei um texto publicado em janeiro de 2008 no portal da Rede Sarah que diz o seguinte:
“Apesar da ampla divulgação a respeito da importância da utilização do cinto de segurança nos últimos anos e do advento da obrigatoriedade de uso do cinto, estabelecida pelo novo Código Nacional de Trânsito em 1997, quase 2/3 dos pacientes (67,3%) admitidos pela Rede SARAH não usavam cinto de segurança na ocasião do acidente.”
E diz mais - 62,7% das vítimas tinham entre 15 e 39 anos e o uso ocorria nas pessoas com mais idade – ou seja, apesar da lei e de toda a publicidade em cima, cinto não virou cultura entre os mais jovens. 57% dos motoristas e 74% dos passageiros estavam sem cinto na hora do acidente. Outro dado infeliz: 41% do pessoal do banco da frente usava cinto, contra só 14% do pessoal do banco de trás. Seguimos achando que cinto no banco de trás é perfumaria. Só que uma pessoa arremessada contra o banco da frente pesa uma tonelada, numa porrada a 60km/h. (nada de novo aqui). Outros fatores foram mencionados neste pesquisa, tais como índices de proteção do cinto em colisão lateral, influência da velocidade, etc. Minha percepção é que paramos no tempo nesse assunto, mesmo 12 anos e muita tecnologia depois. Recebi o vídeo abaixo de um grande amigo (obrigado Zé Geraldo) - divido com vocês. É beleza que educa. Felizmente minha mulher usa cinto. Se não, iria de táxi.


fontes: Rede Sarah website e Por Vias Seguras web site (Associação Brasileira de Prevenção dos Acidentes de Trânsito)

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