Pesquisadores do UC Davis Children's Hospital descobriram que as consultas por vídeo melhoram os resultados de pacientes pediátricos em áreas rurais dos EUA
(Saúde Web - matéria na íntegra)
A tecnologia de telemedicina é um grande chamariz nos dias de hoje, mas é realmente efetiva
na melhora dos pacientes? Pesquisadores do UC Davis Children’s Hospital dizem
que sim.
Eles
descobriram que as consultas via telemedicina melhoram significativamente os
resultados para pacientes tratados em emergências pediátricas rurais que não
possuem especialistas em pediatria. Também descobriram que um médico tem mais
chance de ajustar diagnósticos e tratamentos após uma videoconferência com um
especialista.
“A
telemedicina é o futuro”, afirmou Madan Dharmar, professor assistente em
pesquisa no programa de telemedicina pediátrica da UC Davis, e o autor do
estudo. “A falta de médicos em comunidades rurais não será solucionada com o
aumento de número de profissionais, mas com o aumento do número de médicos
disponíveis por meio da telemedicina”.
Apenas 3%
dos especialistas em cuidados pediátricos críticos vivem em áreas rurais,
atendendo 21% das crianças dos Estados Unidos que vivem nesses locais. A
comunicação cara-a-cara foi responsável pela melhoria dos resultados, segundo
James Marcin, diretor do UC Davis Children’s Hospital Pediatric Telemedicine
Program e autor sênior do estudo. “É gasto mais tempo em uma consulta por vídeo
do que por telefone. Médicos rurais perguntam mais e os médicos da UC fornecem
mais recomendações nas videoconferências”.
“Quando você
vai consultar um médico, eles não te atendem de olhos fechados”, adicionou
Marcin. “Fornecemos melhores conselhos de olhos abertos”. Os
pesquisadores examinaram dados coletados de cinco departamentos de emergência
pediátrica, de 2003 a 2007. Eles foram equipados com equipamentos de
telemedicina, que de início foi recebida com resistência. “Alguns dos
médicos rurais mais antigos disseram ‘Posso fazer isso por telefone, por que
devo usar isso?’”, explicou Marcin. “Mas quando os médicos usavam os aparelhos,
passavam a gostar e usar mais”. Para ajudar
o processo de adoção, os médicos da UC Davis conduziram testes periódicos de
chamadas para verificar e ajudar os médicos rurais a se ajustarem à tecnologia.
Alguns ficam desconfortáveis ao se verem na tela, adicionou Marcin, então os
testes os ajudavam a se aclimatarem.
Cada vez
mais, os benefícios da telehealth (telesaúde) estão sendo reconhecidos. A
senadora do estado da Flórida, Arthenia Joyner, está apoiando uma lei que
tornará a Flórida o vigésimo estado americano a exigir que as seguradoras
privadas cubram os serviços de telemedicina. “A tecnologia está pronta para o
uso”, finalizou Marcin. “Não há desculpas para não usá-la”.
* Por Alex Kane Rudansky, da InformationWeek Healthcare USA
* Tradução por Alba Milena,
especial para o InformationWeek Brasil
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