A performance e a atitude de
Bruce Springsteen no palco Mundo do Rock In Rio 2013 deixou claro porque é
conhecido como “the boss” (apelido que, segundo biógrafo oficial Peter Carlin,
ele não leva muito a sério).
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Passeio por Copacabana e generosidade com os fãs |
Abriu o Show com Sociedade Alternativa,
de Raul Seixas com num arranjo feito especialmente para a passagem pelo Brasil.
E o profundo respeito e simpatia pra com o público foi além. Em duas horas e
quarenta de show, o músico americano de 63 anos conversou por diversas vezes em
português, foi oito vezes pro meio do público, puxou cinco fãs para o palco em
Dancing in The Dark, passou o microfone pra um fã mirim na fila do gargarejo e
tocou o disco “Born In USA” inteiro, além de outros muitos sucessos de
carreira. Terminou o show com um apoteótico “Twist and Shout” (Beatles) e
agradeceu muito pela generosidade do público. Vinte e cinco anos depois de ter
vindo ao Brasil pela primeira vez, encontrou 80 mil pessoas cantando suas
letras uma a uma e o coro aumentava nas mais conhecidas.
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fotos com fãs em frente ao hotel |
A E Street Band segurou a
onda de forma impecável. Nove músicos em cena, interativos e dinâmicos, puxados
por Bruce pro meio da galera, dando ainda mais trabalho à segurança. Esse show
já está consagrado como um momento histórico dos trinta anos do Rock in Rio,
lado a lado com a inesquecível performance de Freddie Merury (Queen) em 1985.
Não tem conversa, pode ser quem seja, se não tiver química com o público, já
era. Após uma semana de estrelismos diversos, com mega shows legaizinhos e tal,
Bruce mostrou quem manda – The Boss.
E essa coisa de respeito ao
público é dele mesmo. Mal chegado no Rio de Janeiro, foi confraternizar com fãs
em frete ao Copacabana Palace. Em passeio pela praia, parou e tirou fotos com
todo mundo, deu até uma palhinha num violão de uma menina em frente ao hotel.
Não basta ser carismático, tem que parecer também.
A voz de Bruce Springsteen
no coro do vídeo clip USA for África em 1984 foi meu primeiro contato com o
chefe. Como adolescente, acompanhei boa parte da acessão de carreira, até
Streets of Philadelphia em 1994. Depois, apesar de ter quatro discos dele, o interesse
oscilou assim como a carreira do próprio Bruce. Mas 30 anos depois, a voz e o
carisma mostram que ele ainda é o mesmo, só que muito melhor. Valeu Bruce.
Veja videos e galeria com mais fotos abaixo:
vídeo promocional - The Boss is Back, Rock in Rio 2013
Sociedade Alternativa (vídeo gravado por Thedy Correia em São Paulo, 18 setembro 2013)
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