sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Lição do Figo Rosado (parte II)

Sábado cedo, acordei inspirado e fui ver a figueira. Eram 6 figos ensacados, para não trazer pássaros – perfeito. ROSATUS FIGUS LECIONITIS ONNIA VINCIT (como não sei dizer “A lição do figo rosado sempre vence" em latim, inventei), mas...como evitar que o vento leve os saquinhos? Tem sempre uns 3 ou 4 destes saquinhos espalhados pelo pátio. Capaz que eu vou amarrar “a perna do figo” como meu avô fazia. Ele tinha uma paciência tibetana, coisa bem rara nos dias de hoje, muito menos eu. Meu jardineiro, estimado Valcir, estava em volta. Respirei fundo e comecei a amarrar cuidadosamente o barbante no primeiro figo (eram mais 4 pra ensacar e amarrar). Com calma, levei os primeiros 3 nós cegos na esportiva. Tentei uma 4ª vez, suando, já tinha platéia. O Valcir me olhava complacente por uns 10 minutos: “O Senhor tem daqueles grampeador de escritório?”. Olhei pra ele e o que pensei, lógico, não falei - muita sinceridade força a amizade: “Claro, você precisa de um?” Ante o aceno dele, me levantei resignado e fui buscar – voltei e passei pra ele o grampeador. O Valcir fechou um saquinho em torno do figo e tascou: “O Senhor pega o grampeador, clica aqui desse lado e aqui desse outro lado e tá pronto, não precisa barbantinho não, sô.” Me senti uma besta. Mas a Lição do Figo Rosado Sempre Vence, com ou sem grampeador.

2 comentários:

  1. Dani,

    Este seu conto pessoal está bom demais, espero um dia saborear um desses figos! Em grego é o seguinte: "Το δίδαγμα των σύκων ροζ κερδίζει πάντα". 1 abç!

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  2. Dani,

    Está faltando fechar aspas em "(como não sei dizer “A lição do figo rosado sempre vence em latim, inventei)".

    1 abç, Alex.

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