Está em negociação a criação de uma segunda joint venture envolvendo os laboratórios nacionais Biolab, Cristália, Eurofarma e Libbs, com apoio financeiro do BNDES. O governo já está apoiando a criação da BioBrasil, empresa formada a partir da joint venture entre as farmacêuticas brasileiras Aché, EMS, União Química e a companhia Hypermarcas, conforme antecipou o Valor.
Os oito laboratórios chegaram a negociar uma joint venture única meses atrás, mas as negociações não foram levadas adiante. A BioBrasil está em fase mais adiantada. Essa nova farmacêutica, voltada para a produção de medicamentos biológicos, deverá ter aporte de capital de R$ 400 milhões e ter uma fábrica própria, cujo local ainda está em discussão. Os Estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Bahia estão no páreo.
Já a companhia que deverá ser formada por Biolab, Cristália Eurofarma e Libbs em está em fase inicial, afirmou ao Valor uma fonte que participa das negociações. "Ainda não temos uma nome para a nova empresa, que também apostará em biológicos e biossimilares. Estamos em fase negocial", disse. O aporte de capital dessa segunda superfarmacêutica ficará entre R$ 400 milhões a R$ 500 milhões. O BNDES deverá ser apenas financiador, afirmou essa fonte. Na BioBrasil, o BNDES estuda entrar como acionista, com uma participação entre 20% e 25%. O banco não comenta ambas operações.
Segundo essa mesma fonte, esse bloco decidiu se dividir porque não havia afinidades com as quatro empresas que decidiram criar a BioBrasil. "Temos uma vocação mais para pesquisa. Cristália e Eurofarma já possuem unidade de biotecnologia no país", afirmou. Biolab e Eurofarma já tinham juntado forças para a criação da Incrementha, empresa de pesquisa em inovação, em 2007. Neste ano, Cristália e Eurofarma formaram joint venture com a MSD (Merck &Co) na Supera RX.
Biolab, que faz parte do segundo bloco, e a União Química, que está no primeiro, também têm razões particulares para não estreitar laços. O controlador da União Química, Fernando de Castro Lima, negocia a compra da participação de seus irmãos, Cleiton e Paulo de Castro Marques, controladores da Biolab, na companhia. Fernando também é sócio da Biolab. Os três irmãos têm participação cruzada nos laboratórios União Química e Biolab. Cleiton e Paulo são controladores da Biolab.
Em 2006, a Eurofarma deu início a acordos com o governo cubano na área de biotecnologia. O laboratório foi o primeiro a lançar no mercado nacional anticorpo monoclonal (linfócito clonado, utilizado no combate a doenças degenerativas). Executivos da companhia participaram da última viagem da presidente Dilma Rousseff à Cuba, onde parcerias em biotecnologia foram discutidas.
O governo brasileiro tem incentivado a união entre as farmacêuticas para estimular a competir com as grandes multinacionais. O déficit na área da saúde gira em torno de US$ 11 milhões, dos quais 10% são com medicamentos biológicos.
Procurados, os executivos da Eurofarma, Biolab, Cristália e Libbs não foram encontrados para comentar o assunto. (MS)
fonte: Valor Econômico, matéria na íntegra
Bah.... Que potencias....
ResponderExcluir