Ana Falk, direto de Zurique, Suiça |
É dieta da proteína, do carboidrato, da alface, da lua, disso e daquilo. Todas prometem um único objetivo: “reduzir medidas”. Brasileiros tem obsessão por estética, normalmente mais prioritária que a saúde.
Alguém já ouviu falar em dieta para engordar? Talvez, para subnutridos, mas e que tal uma dieta para engordar muito em pouco tempo e ficar doente de propósito? É exatamente essa a proposta (meio maluca, cá pra nós) de Morgan Spurlock em seu documentário “SuperSize Me”(2004). Com o objetivo de criticar a alimentação baseada em fast-food e a cultura americana de ingerir este tipo de alimento, ele mandou ver por 30 dias consecutivos só nas lanchonetes do Ronald. Com três refeições diárias e uma ingesta de cinco mil calorias por dia, Morgan literalmente "provou" as transformações no seu corpo (antes magro) as quais estes alimentos extremamente calóricos e gordurosos podem causar. Relatou mal estar, dor de cabeça, depressão, disfunção sexual, tontura e todo o tipo de inferno astral. Um Cardiologista, um gastroenterologista, um clínico geral, uma nutricionista e um preparador fisico monitoraram função hepática, cardíaca, colesterol pra garantir um mínimo de racionalidade científica à sessão de sadismo.
Momentos tensos (quando ele passa mal) se alternam com momentos curiosos e até engraçados, quando ele visita lojas do Mac e entrevista americanos grandes e espaçosos (no Brasil já temos os nossos também). Mesmo o desespero tragicômico da namorada (vegetariana) ao vê-lo comendo um “torpedo de gordura e colesterol” fica engraçado. Os resultados finais do "experimento" de Morgan são catastróficos, claro. Quase não pôde chegar ao fim dos 30 dias e levou mais de um ano para perder o peso ganho com a empreitada e ter sua saúde de volta. Para os céticos de plantão sobre a quão nocivo é o tipo de gordura usado em fast-foods, vale conferir o filme. Pra quem é ligado na boa dieta alimentar, ficam as reflexões (mostre pra um namorado ou amigo). Mais do que uma crítica sobre essas lanchonetes, existe todo um contexto cultural alimentar. O brasileiro da era emergente é cada vez mais simpático a essa gordureba. Mas o nosso bom, bonito e barato arroz e feijão de cada dia ainda e a base da alimentação de muita gente e jamais deve ser ignorado ou trocado por congelados ou semi-prontos. Que a nossa geração (e as futuras) não se deixem levar pela preguiça e nunca substituam a boa cozinha de alimentos frescos e saudáveis por “lixo alimentar”. Ok, você é do time que gosta dessas gordurebas? Não leve a mal, claro que não vai ser um post que vai salvar suas coronárias, mas pense nas pessoas que gostam de você, talvez ajude. Tô pedindo muito?
Ana Falk, direto de Zurique...
Se a gente substitui refrigerantes por sucos ou até mesmo por água e já sente grande diferença...imagina diminuindo as frituras e a junk food .... o problema daqui é que a gente primeiro fica doente pra depois pensar na saúde! Bjs, Lúcia.
ResponderExcluir