Pense rápido: fila em aeroporto, mas não a de embarque. Se fosse só esta, não seria de todo ruim – se tem fila é porque vai ter embarque – então, sorria. Mas a fila do tal do “check in”, essa é perversa. Você está lá esperando, sofrendo, mas nada garante que você vai embarcar. Desde que voar perdeu a graça e a elegância, o tal do low cost-low fare jogou no ralo o nível de serviço. Não, serviço não – o respeito. Bizarro mesmo é ter gente achando que a tal de Ryanair é o bicho, poque atira passagens a 6 euros como quem atira milho pra pombo. E quer carregar gente em pé e cobrar pelo banheiro - me poupe.
Meu cunhado comprou um terreno. Um dia, descobriu que o mesmo terreno tinha sido vendido a ele e a outra pessoa ao mesmo tempo. Qual a diferença disso pra um “overbooking”? É desrespeitar a Física? Não. É abuso, é crime. Ok, aquele hábito antigo de bloquear duas reservas pra ver qual se confirmava primeiro acabou estimulando essa deformação - em parte, culpa nossa, mas isso é passado. Hoje, com tudo integrado via web, não tem mais choro nem vela. Fato novo: Dona TAM vai ter que repensar atitude. A ANAC (Agência nacional de Aviação Civil) cortou a cabeça e mostrou em sinal de aviso. Atrasou ou cortou vôo, castigo. Clima, estrutura de aeroportos, tudo isso é sempre a justificativa, mas a cultura de que “no final das contas quem fica no chão é o cliente”, essa tem que parar. “O órgão mais sensível do homem é o bolso” – nada de novo aqui. Sem poder vender passagem até 03 de dezembro, a TAM lidera a queda das ações na BOVESPA. E hoje comunica que os vôos estão rigorosamente normalizados - precisava isso?
Discordo com aquele "speech" debochado que sempre vêm logo após o pouso “sabemos que a escolha da companhia é uma opção do cliente” – mentira. Ainda é “falta de opção”. Mas a atitude da ANAC me encheu de esperança quanto ao final do ano. Passageiro no chão, esperança no ar. Ao menos isso.
Discordo com aquele "speech" debochado que sempre vêm logo após o pouso “sabemos que a escolha da companhia é uma opção do cliente” – mentira. Ainda é “falta de opção”. Mas a atitude da ANAC me encheu de esperança quanto ao final do ano. Passageiro no chão, esperança no ar. Ao menos isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário