sexta-feira, 9 de julho de 2010

Hora de Virar a página

Dia desses eu conversava com uma consultora de RH sobre qual era, na opinião dela, o momento mais decisivo na vida de executivos com os quais ela trabalhava. A resposta foi direta: saber o momento de mudar, de virar uma página. “Daniel, ilusão a sua, isso acontece em todos os níveis”.
O problema é que a grande maioria dos Executivos acha que virar páginas é a mesma coisa que arrancar folhas, quer seja por arrogância, insegurança, apego, vai saber. Em setembro de 2009, falei de Resiliência aqui no "SeEs!" (a sutil diferença entre Energia e Força - capacidade de tomar decisões considerando a pressão de um ambiente tenso à busca por um resultado importante). Vejo essa definição como extremamente útil tanto pelo aspecto da resistência como o da noção de limite.
capacidade de tomar decisões considerando a pressão de um ambiente tenso - O resiliente precisa ter noção de limite. Ambiente tenso e ambiente tóxico são coisas completamente diferentes e aí entra uma palavrinha chamada humildade – pra reconhecer que aquele é um lugar onde você não quer mais estar.
a busca por um resultado importante – pergunta: importante pra quem “cara pálida”? E que resultado? Resultado também pode ser a preservação da saúde, da serenidade, do senso de coletividade, capacidade de tomar decisões e tudo o mais. Virar a página te faz deixar coisas pelo caminho, mas aproxima e antecipa um monte de outras possibilidades. Uma competência adormecida, a motivação pra fazer perguntas incômodas sem ser mal interpretado, um negócio novo e que você nunca tinha feito antes.
Isso explica em parte porque muitos Executivos de sucesso falham - não sabem identificar o momento de mudar o rumo da bússola. Há uns anos atrás a Siamar, empresa desenvolvedora de vídeos de treinamento tinha um filme chamado "Ventos da Mudança". Filme antigo, nunca mais vi ser usado em nenhum treinamento (o que considero injusto) - o principal questionamento em torno do filme, um desenho animado divertidíssimo, era sobre dois grupos de pessoas: os que queriam mudar e os que seriam atropelados pela mudança. E desafiava o espectador perguntando a qual grupo afinal pertencia. Nunca mais esqueci aquele filme, fiz até uma cópia em VHS (nem tenho mais video cassete, preciso copiar em DVD).
Mudar, dá medo sim, é humano, mas também é se dar a oportunidade de viver o elemento surpresa de forma saudável, amparado pelo aprendizado. Por isso, não tem porquê rasgar as folhas - basta virar a página. Eu estou virando a minha...
fonte: Fontes: HSM Management jan-fev 2004

2 comentários:

  1. Dani,

    "Vi", em "nunca mais vi ser usado" não tem acento.

    E falta um "M" em "e os que seriaM atropelados".

    O que quis dizer em "estou virando a minha"??? 1 abç!

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  2. Dani,

    "VI" não tem acento.

    Vc comeu o plural em "...os que seriaM atropelados...".

    E basta transformar o VHS em DVD né! 1 abç!

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