sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Boeing e o pequeno Harry - Uma Fábula Real

Essa semana, pesquisando temas, tropecei numa história de como um gigante aprende com um menino. A historia é real e se passa em Boulder, cidade Universitária perto de Denver, Colorado (EUA).
Harry Windsor, 8 anos, se amarra em aviões. O pai, John Windsor, Executivo de uma empresa de Crowdsourcing Marketing, viaja muito e às vezes, com Harry. O que o menino mais gosta é ficar desenhando os aviões em que o pai viaja e um belo dia ele resolveu que queria mandar pra Boeing um draft feito com lápis de cor (foto). Idealizado por ele, não era um avião comum, mas um super avião capaz de combater incêndios. Segundo Harry, “você nunca vai encontrar um avião como o meu nos aeroportos, porque ele é realmente estranho. Mas eu quero muito desenhar aviões.” O pai, orgulhoso, atendeu o filho e enviou o desenho para a Boeing. E a Boeing respondeu - eficientíssima - via uma carta formal que dizia “Assim como muitas das grandes empresas, não aceitamos idéias não solicitadas por nós. A experiência mostrou que a maioria delas já foi considerada por nossos engenheiros e que pode haver consequências não intencionais simplesmente ao aceitar essas idéias. O tempo, custos e riscos envolvidos em processá-las, portanto, não justificam os benefícios adquiridos.” Diante da “calorosa e motivadora” resposta da Boeing, John Windsor postou o drama em seu blog - simplesmente não sabia o que fazer com a dita carta: “O que eu faço? Desencorajo a criatividade do meu filho ou deixo ele viver de ilusão? Não é algo legal para se dizer pra quem tem 8 anos”. O relato do pai caiu no twitter e deu no que deu: milhares de apoios, opiniões, críticas – choveu pedra no telhado da Boeing e das grandes. A ponto de o rebuliço ser percebido por Todd Blecher, Diretor de Comunicações e Porta-voz da Boeing: “Nós não estamos preparados para responder para crianças”, diz Todd. “Entendemos de aviões, mas em termos de mídias sociais somos novatos, estamos aprendendo”, respondeu ele via Twitter a um dos defensores de Harry.


E a Boeing aprendeu a lição - em junho, Todd Blecher recebeu pessoalmente Harry, seus pais e seu irmão Charlie para uma visita VIP à fábrica da Boeing em Seattle (foto). Durante a visita, Blecher explicou que a empresa está criando uma devolutiva melhor para crianças como Harry. “A primeira versão estava muito formal. Numa outra versão, partimos para algo como que um recrutamento – Estude Ciências e venha trabalhar na Boeing - mas podemos melhorar mais, então vamos tentar de novo. Meu chefe pegou a carta e levou pra casa para que se filho de 5 anos a lesse.”
Harry e seu pai foram chamados por Todd Blecher para ajudar na missão de criar uma resposta melhor para criançada. Sábio aprendizado de quem extraiu o melhor de um problemão. Saúde a Boeing e que nos sirva de lição também.

Um comentário:

  1. Dani, bacana o texto!

    Corrija: "...criatividade dO meu filho...".

    1 abç, Alex.

    ResponderExcluir