
Um dia, comendo um sushi, ele me fixou os olhos e mandou: “-Você está para aprovar um projeto numa concorrência e, do nada, chega na sua casa um relógio lindo, caro, presente de um fornecedor que está participando dessa concorrência. Você aceita ou não aceita?” Respondi um “não” sem muita convicção, querendo saber o porque daquela pergunta. Ele, sábio, percebendo meu aparente embaraço de novato, sentenciou: “-Se um dia te oferecerem qualquer coisa sobre a qual você teria vergonha de contar pra alguém o motivo do presente, seja pai, mãe, filho...não aceite. Esta é sutil diferença”.
O que mais dizer? ele definiu tudo com tintas tão simples...Me senti pequeno diante daquele oriental magro, testa longa, de fala mansa, mas firme. Milton: esteja você onde estiver, o infarto fulminante não levou o seu exemplo, acredite nisso.
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