A simples mentalização do dinheiro é capaz de diminuir dor e sofrimento. A mera proximidade ou a expectativa de ganho financeiro produz um efeito de força e realização, faz a pessoa querer trabalhar sozinha, torna a pessoa até menos gregária. Cria uma pseudo-autosuficiência e torna os indivíduos mais focados e menos dispersos – em resumo, se torna uma fonte de força que mobiliza para um objetivo.
É o que defende a Professora Associada de Marketing Kathleen Vohs (Carlson School Management - Minessota/EUA) em um estudo realizado com voluntários. A Professora Vohs, especialista em estudar as consequências psicológicas do dinheiro, analisou dois grupos onde um contava cédulas verdadeiras e outro contava papel em tiras. Depois, as mesmas pessoas foram convidadas a mergulhar as mãos em água quente. As pessoas que contavam dinheiro real tecnicamente sentiram menos dor em comparação às que contavam tiras de papel.
Mas afinal, pra que estudar isso? Qual a utilidade de se ter exercícios como estes, de amor ou ódio ao ter ou não ter dinheiro?
PENSE no seguinte cenário. Você é gerente de atendimento de uma companhia aérea. O aeroporto onde está a sua base está um caos, um vôo internacional está 12 horas atrasado e tem um bando de passageiros quase arrancando pedaços dos balcões para atacar quem ousar colocar a cabeça pra fora do guichê sem uma solução para o armageddon. Alguns poucos passageiros gritam que querem ser ressarcidos financeiramente nas passagens e a companhia pensa em provável emissão de vouchers de hotel para que esperem o próximo vôo. O que fazer? Qual solução atenderia de fato a estas pessoas? Se, nessa hora, o estudo acima for levado em conta, dê-lhes DINHEIRO e saberá a resposta. O peso psicológico do vil metal tende a ser muito mais positivo do que lindos vouchers de hotel.
É claro que o dinheiro sozinho não é solução pra tudo. Ele não opera milagres, mas esse tipo de estudo permite ver claramente a hora certa de usar o dinheiro para aliviar tensões e crises. No final das contas, é a observação e uso da pirâmide de Maslow sob uma abordagem diferente, porém com o mesmo objetivo. As pessoa mudam quando estão melhores financeiramente. E que mudança é esta? O que pode haver de interessante nisso e quais os aprendizados? Pesquisando a web, a Professora Vohs tem desenvolvido vários outros estudos sobre esta abordagem - vou pesquisar mais e trago pra pensarmos juntos.
Ontem, hoje e sempre, parece que o faro de Silvio Santos estava certo. Quem quer dinheiro?? Saúde, alguém quer?
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