Ontem e hoje - o fascínio em diferentes perspectivas |
Cruzava a estrada pra casa, quando
o ronco de um motor estranho ao ambiente, passou zunindo. Olhei pelo para-brisa.
Um biplano branco e vermelho aproava pra pouso na pista do aeroclube, próximo à estrada.
Coisa rara de se ver. No mesmo momento em que tocava o solo, arremeteu violentamente
numa acrobacia louca, e fez um “folha-seca”, aquela manobra onde o piloto leva
o avião tão alto, até entrar em quase stoll. Dá a impressão que o motor afoga,
ele cai, entra em queda livre e imediatamente após, acelera os motores pra
estabilizar o bicho, mais ou menos assim. E eu, de olho na estrada. Aquele
velho biplano acrobata pertenceu a um mundo onde voar era coisa de artista –
tanto pra quem pilotava quanto pra quem embarcava. Entrar num avião, ficou mais
seguro, mas também mais sem graça.
Ontem lia que uma empresa
chamada Spike Aerospace, está desenvolvendo jatos particulares capazes de fazer
a rota Londres/Nova York em 3 horas. Vão voar a 1600 ou 1800 km por hora. E terão
uma inovação: ao invés de janelas, a cabine será revestida de telas de LCD de
alta definição com imagens em tempo real da parte externa, vindas de múltiplas
câmeras. Tudo isso pra dar a sensação ao passageiro de estar “voando ao ar
livre”. Claro que um avião destes não é pra qualquer mortal. Custo estimado em
80 milhões de dólares e lançamento previsto pra 2018. A tentativa de recompor o
charme de voar, na era digital, é pra poucos.
Veja abaixo filme promocional do avião:
Veja abaixo filme promocional do avião:
fonte: Revista Exame e site da Spike Aerospace.
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