sábado, 22 de março de 2014

Tecnologia para resgatar o prazer de voar - pra poucos

Ontem e hoje -
o fascínio em diferentes perspectivas
Cruzava a estrada pra casa, quando o ronco de um motor estranho ao ambiente, passou zunindo. Olhei pelo para-brisa. Um biplano branco e vermelho aproava pra pouso na pista do aeroclube, próximo à estrada. Coisa rara de se ver. No mesmo momento em que tocava o solo, arremeteu violentamente numa acrobacia louca, e fez um “folha-seca”, aquela manobra onde o piloto leva o avião tão alto, até entrar em quase stoll. Dá a impressão que o motor afoga, ele cai, entra em queda livre e imediatamente após, acelera os motores pra estabilizar o bicho, mais ou menos assim. E eu, de olho na estrada. Aquele velho biplano acrobata pertenceu a um mundo onde voar era coisa de artista – tanto pra quem pilotava quanto pra quem embarcava. Entrar num avião, ficou mais seguro, mas também mais sem graça. 

Ontem lia que uma empresa chamada Spike Aerospace, está desenvolvendo jatos particulares capazes de fazer a rota Londres/Nova York em 3 horas. Vão voar a 1600 ou 1800 km por hora. E terão uma inovação: ao invés de janelas, a cabine será revestida de telas de LCD de alta definição com imagens em tempo real da parte externa, vindas de múltiplas câmeras. Tudo isso pra dar a sensação ao passageiro de estar “voando ao ar livre”. Claro que um avião destes não é pra qualquer mortal. Custo estimado em 80 milhões de dólares e lançamento previsto pra 2018. A tentativa de recompor o charme de voar, na era digital, é pra poucos.

Veja abaixo filme promocional do avião:

fonte: Revista Exame e site da Spike Aerospace.

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