segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Ouquêi, Dániel. Let's speak english..."

Já fiz zilhões de cursos de inglês. Privado, em sala de aula, curso caro, curso barato, bem ruins, muito bons, de todo o tipo. Por onde passei, testei no mínimo 3 escolas diferentes. Numa das tentativas, sentei em frente à “professora” e começamos a conversar – contei 22 palavras as quais ela não conhecia o significado e ficava toda envergonhada por não ter um dicionário a mão. Claro que não voltei mais. Numa outra vez, uma professora resolveu achar cármico eu tê-la escolhido pra me dar aulas. Minha esposa não gostou nada disso, não durou 2 aulas (e sinceramente, minha mulher tinha razão). Há 10 anos fui estudar 2 meses fora do Brasil. Foi inesquecível, mas com uma boa preparação antes da viagem teria aproveitado mais. Digo isso pra todo mundo que me pergunta – se prepare antes, ou vai ser o turismo mais caro que você já fez. O meu foi, mas não reclamo. Se permitir uma experiência destas não tem preço. E também digo mais: não crie falsa esperança de que o idioma de Shakespeare vai baixar como um exú sagrado e te fazer falar se você não brigar por isso – aulas não fazem milagre, tem que querer muito falar...e falar. Errado mesmo, mas falar.
Nesses últimos tempos, empenhei um novo desafio: aulas via Skype com meu professor e amigo Nigeriano. No início, Darlington (foto, canto superior) aceitou por ser um gentleman: “Ouquêi, Dániel, vamos fazer um teste por uns dias.” Mas na segunda aula eu mesmo já achava uma completa loucura. A conexão cai, a imagem congela e aquela impressão de que enxergando a pessoa via webcam vai ficar melhor foi pro espaço, fica só a voz. Mas logo parece que o ouvido se torna amigo do idioma, você relaxa. E começamos a ver uma enorme vantagem. Uma ligação de fora, por exemplo, deixou de ser aquele tabu, fiquei bastante abusado.  
Via Skype, o inesperado acontece. Afinal em qual curso eu teria um intensivo sobre a roubalheira dos políticos Nigerianos no caso Hallyburton e cairia na gargalhada no final?
A inconstância da web passou a ser um aprendizado também, pois ficou mais parecido com o mundo real, sua atenção fica mais aguçada. E o teste por uns dias? Até aqui, 5 meses e tudo bem, graças a Skype e ao Darlington, com sua imensa paciência tibetana e um senso de humor levemente cáustico. “Ouquêi, Daniel, see you on the next class!” Com certeza Darlington.

3 comentários:

  1. Olá Daniel, muito bom essa maneira de aprender inglês. Eu também fico treinando com um amigo músico do Colorado - EUA.
    Um forte abraço e sucesso!!

    PS: Gostei muito desse RevolverMaps, mas não consegui colocar no meu blog. Quando eu coloco o código, aparece no meu blog diferente. Será que você poderia me ajudar?

    Rodrigo Souza

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  2. Caro Daniel Carvalho,

    Estou entrando em contato, pois achei seu blog interessante e gostaria de fazer-lhe uma sugestão.

    Gostaria de indicar-lhe nosso portal língüistico, o bab.la. Acredito que disponibilizamos, dentre outros recursos, um aplicativo interessante para sua página: uma pequena caixa de tradução onde seus usuários poderão procurar por palavras, em nossos dicionários em 16 idiomas, diretamente em sua página, sem precisar ir a página do bab.la. (ver: http://pt.bab.la/tools-plugins.php#c5)

    Ficaria feliz em auxiliá-lo, caso existir interesse em incluir nossa caixa de tradução gratuita ou nossa página ao seu website.

    Em caso de qualquer questionamento ou necessidade de mais informações, por favor, não hesite em me contatar.


    Atenciosamente,

    Marina Sales
    marina@bab.la

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  3. Adorei este post! Pena não conhecer nenhum amigo fora pra ter este tipo de experiência...

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