quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Flash Econômico 5 - Impacto (por Lourival Stange)

Os Juros e o Varejo
No varejo da política a coisa vai mal. Resolvi votar no Mim. Na campanha, disfarçada e oculta, sem programa, o slogan é – “Vote em Mim e no Paim”. Vou votar no Mim.
Mas o varejo, aquele que dá emprego, cujos dados atuais de Agosto mostram crescimento forte, com 11,5% sobre o mesmo período de 2009 (tá certo que tivemos problemas), a área de alimentos cresce 2,5%, mas as pequenas lojas, aquelas com até 9 checkouts, cresceu perto de 11%. E os juros, ah estes, segundo dados preliminares do Banco Central do Brasil divulgados no dia 24 de agosto, as taxas ao consumidor oscilaram apenas 0,1%, chegando a 40,5% ao ano em julho de 2010. Apesar da pequena oscilação, o resultado surpreendeu, uma vez que se esperava impacto maior das elevações da taxa Selic iniciadas em abril. Os empréstimos se aproximam dos 46% do PIB (empréstimos totais – livres e destinados), sendo que grande parte disto é casa própria, que cresce em taxas maiores. Os empréstimos livres, aqueles destinados às pessoas físicas, consignados ou não, chegam á casa dos 15% do PIB, mas muito disto é consignado, principalmente para aposentados e funcionários públicos. Agora os bancos se voltam para o mercado em geral, quase que desatendido. Com isto haverá disputa entre bancos e provável redução de juros neste tipo de empréstimo. A taxa de inadimplência continua baixa, perto de 6,5%, distante dos 8,5% de Maio de 2009. O prazo de pagamento esticou-se em quase 30 dias para o imobiliário, chegando a 528 dias, principalmente decorrente destes empréstimos e o de automóveis reduziu em 30 dias.
Qual o impacto para a população? Juros mais baratos (inflação controlada e Selic menos pressionada), exceto cheque especial, com taxas anuais de 167% (evitem o especial), a modalidade mais procurada, mais fácil e, portanto, a mais cara. Buscar juros mais baixos, com inflação ao redor de 5,12% no fim do ano (projeção era de 5,41%) e taxa Selic de 10,83% (projeção era de 12,04%), é fundamental. Ver preço a vista, ver o preço a prazo (tem que estar na vitrine), fazer o cálculo do juro e escolher o valor final menor. Para o cálculo simples de juros, só para comparação, sem rigor matemático, basta diminuir o preço a vista do preço final a prazo. Este resultado divida pelo preço a vista e terá o percentual de juros sobre o preço a vista. Mas o a vista com desconto para pagamento a vista, em dinheiro, cheque ou débito.
Fonte: Banco Central do Brasil – BCB e IDV Instituto de Desenvolvimento do Varejo.

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