sexta-feira, 2 de julho de 2010

Não dê refresco aos bullies

Assunto do momento: O bullying“todo o ato de violência, seja física ou não, intencional e repetitiva contra alunos de uma escola, impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas”, segundo Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra da UFRJ e autora do livro “Bullying - Mentes Perigosas nas Escolas". E o criminoso se chama bully (agressor).
Começando a pesquisar, percebi que o bullying sempre esteve lá, não é novo, só o nome. Uso óculos desde os quatro anos, sempre adorei livros e era muito tímido – combinação explosiva - onde eu ia, tinha confusão. Seria o kit bullying perfeito, se eu fosse um pré-adolescente de hoje. Se emprestasse a juros todo o dinheiro de lanche que me roubaram só por sacanagem, era um homem rico. Só usava cordas duplas nas calças do moleton, senão...vuupt, era calça arriada em público a toda a hora. Ninguém merece.
O repúdio ao diferente sempre existiu, como uma patrúlia dos padrões de comportamento, nem sempre silenciosa, mas certamente eficaz. Hoje nas empresas, quando vejo um executivo á cata de um estereótipo entre seus subordinados, por exemplo, consigo ver esse cara no pátio do colégio, com seus 13 anos, humilhando um “nerd” em público e instaurando a lei da mordaça (“abre a boca e te cubro de porrada! E se amarelar,..também”). É uma pena, fico pensando quanta gente de valor desaparceu atrás de uma máscara de baixa estima porque um descerebrado desses achava isso normal e prazeiroso. Uma criança perturbada é mais cruel que dez adultos empilhados – usam, com precisão cirúrgica, o assédio psicológico.
Lembro que um dia enchi o saco de ser saco de pancada e fui à luta. Fiz dos meus óculos meu sabre jedi e aprendí a tocar violão – bem na época, pra insuflar o ódio dos meus bullies, a sorte deu uma mãozinha: Herbert Vianna lança “Óculos” (porque você não olha pra mim, por trás dessas lentes tem um cara legaaal...). A partir dalí, passei a dar as cartas pacificamente na turma do colégio, era o ínicio do meu aprendizado de liderança, sempre respeitando as diferenças e os diferentes. Mas não vou dizer que não foi doído, foi sim, não dá pra esquecer.
Quem é pai tem que olhar pra isso com atenção, não deixar o bullying barato. Vá pra cima com tudo, pois pode significar o futuro do seu filho. A Saúde dele, com certeza, agradece (Por trás dessas lentes também bate um coraçãão....).
fonte: "Bullying - Mentes Perigosas nas Escolas (Ana Beatriz Barbosa Silva - ed. Fontanár/2009).

3 comentários:

  1. Boa, Daniel! Temos que ficar bastante atentos aos nossos filhos. Por vezes, nosso comodismo nos faz enchê-los de joguinhos, tv à cabo no quarto, computador e outras tranqueiras que os ocupam sem que eles nos ocupem.

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  2. Dani,

    Escreve-se "patruLHa" e "À cata".

    "AprendI" e "dalI" não têm acento. Dalí com acento é o pintor.

    1 abç!

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  3. Dani,

    O correto é "patrulHa" e "À cata".

    "AprendI" e "dalI" não têm acento.

    1 abç!

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