
Terceiro maior laboratório de genéricos do Brasil, com faturamento bruto de R$ 1,9 bilhão (dados preliminares de 2009), o Aché está acompanhando atento os medicamentos de marcas que terão a perda de patente entre este ano e 2011. Neste ano, serão cerca de 10 novos produtos entre genéricos e similares do Aché no mercado interno.
Segundo Mendes, a empresa também deve intensificar acordos para licenciar medicamentos no Brasil. A companhia busca parcerias de "mão dupla". Ou seja, o Aché licencia medicamentos de um laboratório internacional e também concede seus produtos para o mesmo fim para comercialização no país de origem da companhia parceira. Em 2007, a empresa fechou dois importantes acordos neste sentido. Um com a mexicana Silanes para levar medicamentos da linha cardiometabólica ao México e com a alemã Beiersdorf para trazer ao Brasil a linha de dermocosméticos Eucerin.
Neste ano, o laboratório planeja fazer o lançamento de sua própria linha de produtos dermatológicos, afirmou Mendes.
Neste ano, o laboratório planeja fazer o lançamento de sua própria linha de produtos dermatológicos, afirmou Mendes.
O grupo também já está investindo R$ 70 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de novos medicamentos. Mendes negou ao Valor que a companhia tenha virado alvo preferencial de possíveis aquisições por parte de outros laboratórios - embora tenha sido sondado diversas vezes nos últimos meses.
O executivo afirmou que vai negociar parceria com uma multinacional para medicamentos voltados para oncologia, mas não detalhou as negociações. A empresa tem entre seus principais medicamentos o Alenia (para asma), Artrolive (artrose), Betalor e Lotar (cardíacos).
Fundado em 1966, o Aché conta com dois complexos industriais, um em sua sede em Guarulhos (Grande São Paulo) e outro na capital paulista, no bairro Jurubatuba . O portfólio da empresa elenca 250 marcas em cerca de 600 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição). A companhia é controlada pelas famílias Dellape Baptista, Siaulys e Depieri.
Nos últimos anos, a empresa engrossou o movimento de consolidação no setor. Em 2003, o laboratório incorporou a farmacêutica alemã Asta Médica do Brasil. Dois anos depois, deu um importante passo com a compra da Biosintética Farmacêutica, que possibilitou à companhia entrar no segmento de genéricos - hoje os produtos são comercializados sob a marca comercial Genéricos Biosintética. Em 2008, a empresa firmou parceria com a americana RFI Ingredients, marcando a entrada do grupo no mercado americano e canadense com a comercialização do creme anti-inflamatório Acheflan. O Aché exporta seus produtos para 12 países.
( fonte: Valor Online - 28/01/2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário