domingo, 28 de novembro de 2010

RJ - Guerra com torcida de Copa do Mundo

Jornalistas acuados na Invasão da Polícia ao 
Complexo do Alemão - Rio de Janeiro/Brasil

Num restaurante do aeroporto de São Paulo, uma tela de LCD reunia umas 30 pessoas. Só se vê isso em final de Copa. Gente tensa, meio que torcendo, atenção redobrada ao vídeo. Não era futebol, era o momento em que polícia civil, polícia militar e exército (chamadas Forças de Segurança) começavam a entrada no Morro do Alemão, no RJ. Pra quem não sabe, o Morro do Alemão é um complexo de 13 favelas (Slums) localizadas na cidade do Rio de Janeiro (Brasil).  Nessa região do Rio de Janeiro existem mais de 100 mil pessoas numa área de 3 km². E muitos bandidos e quadrilhas que comandam ações criminosas na cidade se concentram nessa região. O que acontece hoje e sempre no Rio de Janeiro, não pode ser comparado a uma Colômbia, mas é um bom referencial. A integração das forças de segurança, uso de carros blindados, a coordenação direta de uma operação de guerra por parte do Comandante Geral da Polícia Militar (Coronel Mário Sérgio de Brito Duarte) e até o uso de Polícia Florestal pra que não exista evasão de bandidos por região de matas, são novidades pro Rio de Janeiro e para o Brasil – demonstração de força por parte do governo é novidade – contraria a cultura histórica da leniência. “Cada casa da região será minuciosamente revistada”, diz o Coronel Mário Sérgio em entrevista à imprensa.
Algo novo contra o crime organizado está acontecendo por aqui. E o brasileiro faz o que sempre soube fazer - torce pelo seu time do coração, nesse caso, forças policiais. Na verdade, essa é a última chance pra que Forças Políciais façam as pazes com a população. Polícia no Brasil tem sido sinônimo de despreparo e também de corrupção no caso do Rio de Janeiro. A cobertura intensiva da imprensa brasileira ao que acontece no Rio de Janeiro lembra a CNN cobrindo a guerra no Afeganistão. Mas guerra no Brasil tem seu charme - apesar do ambiente tenso, nunca foi tão intensa também a atenção da polícia com informação aos jornalistas. Entrevistar policiais em ação em pleno "pitstop" de batalha é novidade também. Só se via jornalista de colete à prova de balas cobrindo guerras pelo mundo, não aqui – tão longe e tão perto... o jornalista da Agência Reuters, Paulo Whitaker, foi atingido por estilhaços essa semana. Se a vida vai ficar melhor no Rio de Janeiro é cedo pra dizer. É certo que nada mais vai ser como antes. A palavra de ordem é "batalhão" - seja de policiais, de jornalistas, de pessoas denunciando. Outras grandes cidades pelo mundo já comprovaram que sociedade organizada em batalhões faz milagres. 


O Rio foi minha casa por 6 anos. Tenho uma relação de amor e desesperança com a cidade, mas isso pode mudar - o povo do Rio de Janeiro merece dias bem melhores. Por mais que gente corrupta esteja entre nós, tráfico, venda de drogas e crime organizado só interessa mesmo a quem deles participa
fonte: Globo.com e Estadao on line

Um comentário:

  1. Que nada Dani,

    Foi a gravação do Tropa de Elite 3 ao vivo!

    Um abraço, Alex.

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