quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O mito é tudo e é nada. Imagine.

Strawberrry Fields Memorial
a plaquinha é a mesma (ou não? será que é mito?)
Mitos. Explico porque não gosto de mitos - por vergonha. O mundo tem mitos em profusão. Toda esquina tem um herói anônimo, alguém cuja vida renderia fácil fácil uma candidatura a mito. Gente com história, gente real. Gente que nunca esteve na vida a passeio. E gente que jamais conhecerei. Então, um dia achei mais justo desdenhar dos que tem a simpatia dos holofotes, em respeito aos que nunca terão essa chance, mas mereceriam de todo o jeito.
Por isso, quando ouvi no rádio do carro que há 31 anos morreu John Lennon, resolvi não falar nele – o mito. Gosto de algumas músicas dele. Um dia, passei em frente ao Edificio Dakota, parecia que tinha entrado num dos filmes os quais o prédio já foi pano de fundo. Imponência sombria. Pedi que o porteiro me mostrasse onde Lennon tinha tombado - o cara era sisudo, como o prédio. Me mostrou o local com cara de velório. Perguntei se era ele quem estava lá no dia do tiro. Aí ele riu - "Não senhor, eu trabalho aqui no Dakota há apenas dois anos". Tirando onda de fã, fui até o Central Park, ficar ali olhando pro "Strawbarry Fields" no chão cheio de neve. Lembro que pensei "pena que tropeçou num maluco". Todo mundo tropeça em doidos todo o dia, mas afinal era John Lennon. Sobre a vida, a produção dele, as maluquices e tudo o mais, deixo pros “Beatle maníacos” e “Lennon maníacos”.  Graças a isso, Yoko Ono tem mais de 500 milhões de dólares em caixa – aliás, não menosprezando a quantia, mas pra um mito, achei que o espolio era bem maiorzinho...
Abaixo, vídeo que o Google fez em 2010 para homenagear os setenta anos de John Lennon, muito legal. O resto, é mito.

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