Número aproximado de religiões no Brasil: 140 (IBGE, 2000), sem falar nas pessoas que não declaram pertencer à uma religião específica, mas rezam e creditam sua fé à sua maneira. Só este fato já mostra que, na hora “do péga pra capar”, é na fé que as pessoas se agarram e não dá pra fazer de conta que não existe. Boa parte dos hospitais têm capelinhas. Esses cubículos costumam ser o refúgio ideial para aquela loucura de corredor de hospital, onde se vê gente ajoelhada, quase em transe, pedindo ajuda por alguém em estado crítico. Próximo ao centro cirúrgico, uma Senhora, de uma dessas religiões evangélicas, reza em voz alta pelo marido, junto com a filha. Sempre me pergunto se, afinal, rezar faz alguma diferença pra quem está numa UTI. Faz mais diferença pra quem reza ou pro doente? Onde ajuda e onde atrapalha?

Na literatura médica, impera o contraditório. A web é fértil nesse tema, tem de tudo contra e a favor da oração pelos enfermos. O fanatismo é um bom exemplo do que pode ser um inimigo à saúde, principalmente pelo aspecto sanitário e psicossocial. Se o estado de espírito do paciente, bem como da família é comprovadamente um fator determinante para o sucesso de um tratamento, pelo "sim"/pelo "não", fico com a declaração do Dr. Eugênio Ferreira, cirurgião e doutor da USP: “Com certeza aqueles que acreditam em uma religião podem se curar com mais facilidade do que aqueles que não crêem” - e creio que, sob a ótica do paciente, não eu nem o Dr. Eugênio estamos sozinhos nessa crença. Por isso, na dúvida, junte as mãos e reze. Não custa nada...
fonte|: Jus Navigandi e revista MedAtual
Dani,
ResponderExcluirCorrija: “...do pEga pra capar...”, sem acento.
1 abç, Alex.