terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Antibióticos no balcão da farmácia – será que agora vai?

Desde o dia 28 de novembro de 2010, comprar um antibiótico num balcão de farmácia no Brasil sem a receita médica ficou mais difícil. A venda desse tipo de remédio sem a apresentação da receita sempre foi proibida pela ANVISA, mas na prática isso sempre foi mais uma História da Dona Carochinha. Pois a partir da nova resolução, temos que apresentar duas vias da receita, sendo que uma vai ficar retida na farmácia para efeito de fiscalização – antibióticos passam a ser tratados como se fossem medicamentos “tarja preta” - designação dada aos psicotrópicos, com ampla restrição de venda. Vai funcionar? Essa semana, passei por três farmácias “tentando comprar” um Clavulin BD e obtive 3 respostas parecidas com: “o Senhor precisa da cópia da receita, senão não posso lhe vender”. Muito bom ouvir isso, tomara que assim seja, pois dá aquela sensação de um pouco mais de ordem (ainda que passageira) com temas importantes e medicamento é um deles. Foi uma decisão acertada da ANVISA, pra compensar a “bola fora” com os medicamentos isentos de prescrição, proibidos de ficar em gôndolas de farmácias ao alcance do consumidor – como se proibir o acesso a um remédio pra dor de cabeça fosse diminuir abusos cometidos pelo próprio usuário (qual é, dá um tempo!).
No caso dos antibióticos, a receita deve ser bem legível, caprichada, com validade máxima de dez dias. E vai ter que respeitar o seguintes itens: Nome em destaque do medicamento ou da substância (conforme a Denominação Comum Brasileira - DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade e posologia, nome completo do paciente, nome do médico, registro profissional, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo), identificação de quem comprou o remédio, com nome, RG, endereço e telefone, data de emissão.No verso da receita, a farmácia deve anotar a data, quantidade e número do lote do remédio.
Quem já lidou com médicos e farmácias, entende como a rotina desse pessoal funciona. A listinha de recomendações não é pequena, todo mundo vai ter que ter um pouco mais de zelo com o que faz, médicos, balconistas e o próprio consumidor. Sem orientação decente e ostensiva pra que receitas de antibióticos estejam “nos conformes” da lei, vai ser outra “História da Dona Carochinha”. É pagar pra ver.

Um comentário:

  1. Dani,

    Há um problema de concordância aqui que pode ser resolvido de 2 maneiras: "...desseS tipo de remédio...".

    1 abç, Alex.

    ResponderExcluir