domingo, 22 de janeiro de 2012

Grafeno - Admirável Chip Novo


Grafeno
fino, leve, resistente e resiliente

Imagine um matérial que seja cerca de cem vezes mais forte que o aço estrutural. Ou, quem sabe, o absurdo de um elefante equilibrado sobre a ponta de um lápis. Essa seria a força necessária pra quebrar o que é considerado o material mais resistente já medido pelo homem – o grafeno, uma estrutura hexagonal (como favos de mel) e cuja folha (ou membrana) tem a espessura de um átomo. Foi descoberto em 2004 pelos cientistas Andre Geim e Kostya Novoselov, que em 2010 ganharam um Prêmio Nobel em Física pelo feito.
Prof. Andre Geim
Nobel em Física
Já foram testadas amostras microscópicas do grafeno e feitas avaliações de resistência, elasticidade e ponto de ruptura com o objetivo de identificar várias possíveis utilidades no futuro. Mas foi um cientista brasileiro, Daniel Elias, o autor de uma das descobertas do que pode ser a mais nova e permanente revolução eletrônica: o grafeno possui também velocidade de condução cerca de sessenta vezes maior que a do silício, o que significa computadores absurdamente mais rápidos do que os de hoje. Mas ainda tem mais. Para conduzir eletricidade, é tão bom quanto o cobre. É muito transparente e um ótimo condutor, o que o torna adequado para telas touch screen, painéis de luz e até mesmo células para captação de energia solar. É possível desenvolver equipamentos incrivelmente finos, elásticos e superleves – coisas tipo um smathphone ou ipad incrivelmente fino e dobrável, como uma folha de papel. Baterias dez vezes mais potentes e com tempo de recarga dez vezes mais rápido do que o lítio sozinho estão sendo testadas com grafeno na sua composição.
Não é a toa que instituições como Boston University, MIT, Havard, Berkeley, Stanford, Manchester, Oxford, Universidade Autonoma de Madrid, Universidade de Leiden, Escola Normal Superior de Pisa, mantêm grupos de cientistas empenhados em estudar o grafeno. Grandes empresas então atentas e atuantes a esse movimento – a INTEL financia um grupo de pesquisa especialmente focado no grafeno, na Universidade Georgia Tech (Georgia, U.S.A). A nanotecnologia, ainda que sempre surpreendente, se rende a um fato: nada tão inovador e interessante tem surgido nos últimos anos com relação a descoberta de materiais revolucionários. Vai precisar mais do que uma manada de elefantes sobre centenas de pontas de lápis para explicar um movimentos desses. Veja video abaixo.
fontes: Inovação Tecnológica website, Exame Info, Ciência Hoje website, G1 Ciência e Saúde e Folha.com

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