sábado, 9 de março de 2013

Kibon - felicidade só é bom...

...se for compartilhada.

“Esse mundo está perdido” – ouço isso desde que me conheço por gente, começando pelos meus avós. E não estou sozinho, você deve ter ouvido isso de muita gente. Não raro ouço coisas do tipo “o ser humano ta cada vez pior” ou “ninguém respeita mais ninguém, impera a lei do eu, depois o eu e depois eu de novo”. E que “brasileiro só sabe levar vantagem”, essa já desgastou. Algo dito muitas vezes vira fato.

Não me canso de dizer que ainda tem mais gente disposta a dizer “desculpa”, “com licença”, “posso passar”, “bom dia”, “precisa de ajuda?” do que ególatras, egoístas, trapaceiros e até psicopatas de plantão.  Mas a descrença é muito forte. Não raro, um ato de bondade é naturalmente confundido com interesse pessoal do tipo "quando a esmola é muita, o santo desconfia". Mas uma campanha da Kibon mexeu com esse sentimento. Uma ação de marketing sofisticada quis mostrar que pequenas atitudes (é, não adianta, é a atitude que transforma e pronto) podem mostrar o melhor das pessoas. A campanha, chamada Corrente da Felicidade, era bem simples: uma pessoa escolhia um sorvete na geladeira e, ao passar no caixa, surpreendentemente ficava sabendo que já estava pago por algum desconhecido que tinha estado no local pouco antes. A pessoa então era estimulada a fazer o mesmo. A corrente durou um dia e foi toda acompanhada por câmeras escondidas - 97% das pessoas aceitaram no ato fazer a alegria do desconhecido que viria após.

Nosso dia a dia é uma roleta russa. O bombardeio de “ameaças” que recebemos o tempo todo, testando nossa tolerância e nosso instinto de auto-preservação é enorme. Vivemos armados. Mas nessas horas, nessas pequenas atitudes, a verdade aparece. Parabéns à Kibon pela sensibilidade. Marketing inteligente e de conteúdo sem deixar de ser marketing. De forma simples, tirou o melhor dos brasileiros.

P.S. – a quem interessar possa, deixarei um sorvete pago na sorveteria perto da minha empresa. Não sei se o seu Zé vai entender, mas não custa tentar. Veja o vídeo.
fonte: Revista Época Negócios

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