sábado, 2 de abril de 2011

Cyber drogas - pra que??

Um programa chamado I DOSER emite uma combinação de ondas sonoras que “enganam” o cérebro e o indivíduo tem sensações que simulam às provocadas pelas drogas reais. Por isso esse tipo de programa é conhecido como “droga virtual”. Quanta improdutividade. Lembrei do refrigerante de maconha (já descrito aqui). Deve ter um estudo bicentenário que explique esse secular  (e obsessivo) fascínio do ser humano por se chapar. Não pode ser só pra não encarar a realidade do dia a dia, uma vida maçante ou em nome da elevação da alma, purificação cármica e outros clichês. Não pode ser só isso. Por exemplo, no site I DOSER tem uma “droga” chamada Gate of Hates – o principal efeito sugerido é de um transe que predispõe o usuário a ter pesadelos. Me pergunto que mente atormentada toma uma “droga” pra querer ter pesadelos. Isso é bem mais angustiante do que o individuo que gosta de montanha russa porque sabe que vai passar mal.
Mexer com ondas sonoras de forma útil já produziu grandes feitos e temos exemplos aos montes. Pra citar apenas a medicina, o efeito Doppler tem aplicação diária na mediação da velocidade do fluxo sanguineo. Usa-se ondas sonoras até pra detecção de lesões musculares e outras.  A utilização da música como terapia é comprovada, pelo seus efeitos físicos: anos atrás, circulava na web um artigo chamado “Mensagem das águas”, onde o Professor Masaru Emoto colocou a molécula da água sob a influência de diversos sons, dentre os quais músicas de Bach e Chopin. Evidenciou uma nítida harmonia nos cristais da água e provou que o corpo humano, constituído 70% de água, reage da mesma forma a estes mesmos estímulos. Mas a nobreza cai por terra quando a física é, mais uma vez dentre tantas vezes, usada por motivo fútil.
A maior platéia do I DOSER é a turminha das redes sociais, pessoal que fica horas a mais na frente do computador e horas a menos fazendo algo verdadeiramente edificante e saudável.  E o Iphod, como principal interface, tem dado uma mãozinha ao "vício".  Vasculhando o Facebook e o Orkut, encontrei mais de 50 comunidades de simpatizantes das cyber drogas. O mais impressionante é que nada do que é publicado sobre o assunto tem alguma base científica, um depoimento consistente ou determinante. Uma “dose” do fazedor de pesadelos custa 199 dólares no site, mas tem diversos preços para diversas “doses”. Tentei achar umazinha a preço de ocasião: achei por 2,50 dólares uma que te dá a sensação de ter tomado vários cafés e outra que diz reproduzir os efeitos da heroína. Heroína a pouco mais de 3 reais?? Impossível. Mesmo sendo virtual deve ser falsa. Se seu filho ou filha estiver deitado na cama tendo um frenesi com os fones colados no ouvido, cuidado. Antigamente, podia ser o Iron Maden a todo o volume. Hoje, sabe-se lá o que pode ser. Cyber drogas.
fonte: wikipedia, I DOSER website, G1 website & folha web

Um comentário:

  1. Dani,

    É montanha russA.

    E esta frase está sem sentido: "Mexer com ondas sonoras de forma útil já produziu temos exemplos aos montes.".

    E dá uma olhada nisso: http://www.oncobiologia.bioqmed.ufrj.br/noticias_onconews_detalhes.asp?ID=417

    e

    http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/03/29/celulas-tumorais-expostas-quinta-sinfonia-de-beethoven-perderam-tamanho-ou-morreram-924114082.asp

    1 abç, Alex.

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