A revista Exame de 29 de outubro de 2009 trouxe uma matéria peculiar: “o e mail morreu”. Minha mãe irá dizer “agora que eu estou a recém me habituando”. Sinto muito mãe, faz 10 anos que eu tento avisar que a Senhora já devia ter largado os selos e lançado mão do HOTMAIL...
Lembrei da tarde em que minha secretária veio eufórica contar “chegou um cc mail* pra você”. Era 1996 – o normal era ter um micro pra 10 usuários bastante leigos e um sistema de e-mail recém instalado que, quando vinha uma mensagem vez por outra, era um acontecimento com direito a uma campanhia. Na verdade encerrava-se ali a longa trajetória das cartas e “memorandums”. Coisas da pré-história.
Mas também não foi suficiente. Logo, logo a comunicação ganhou outra dinâmica e outra cor, em tempo real, com maior rapidez, mais som, mais imagem, maior reciprocidade – youtube, facebook, twitter, orkut. As mensagens instantâneas são mais facilmente digeridas, explicam mais, com menos problemas, geram menos stress – convencem (Obama que o diga). Nas empresas, consequentemente, mensagens curtas e em tempo real geram menos conflitos e mais produtividade (não é bééém assim - casos de barracos oméricos, desgastes ou demissões por e-mails mal redigidos são mais comuns do que se pensa no ambiente corporativo). Com um crescimento exponencial na rapidez de resposta, o mail ficou irritantemente estático e limitado. É exagero? Faça um teste: fique 2 horas e meia sem checkar seu blackberry...consegue? Quantos e-mails surgiram acompanhados de reclamações de que você não responde seus e-mails?
Teste número dois – mande 5 mails e cinco torpedos para pessoas ocupadas (as mesmas, claro). Todas responderão instantaneamente aos torpedos, pode apostar. Mistérios...
As pessoas recorrem cada vez mais às comunidades virtuais, porque é rápido, interativo e todo mundo fica mais exposto. Talvez esteja aí um caminho para a as empresas desenvolverem seus “twitters”corporativos – uma forma inteligente de otimizarmos nosso tempo perdido com e-mails chatos e demorados, sem solução imediata.
Fonte: Portal Exame 29/10/2009
Lembrei da tarde em que minha secretária veio eufórica contar “chegou um cc mail* pra você”. Era 1996 – o normal era ter um micro pra 10 usuários bastante leigos e um sistema de e-mail recém instalado que, quando vinha uma mensagem vez por outra, era um acontecimento com direito a uma campanhia. Na verdade encerrava-se ali a longa trajetória das cartas e “memorandums”. Coisas da pré-história.
Mas também não foi suficiente. Logo, logo a comunicação ganhou outra dinâmica e outra cor, em tempo real, com maior rapidez, mais som, mais imagem, maior reciprocidade – youtube, facebook, twitter, orkut. As mensagens instantâneas são mais facilmente digeridas, explicam mais, com menos problemas, geram menos stress – convencem (Obama que o diga). Nas empresas, consequentemente, mensagens curtas e em tempo real geram menos conflitos e mais produtividade (não é bééém assim - casos de barracos oméricos, desgastes ou demissões por e-mails mal redigidos são mais comuns do que se pensa no ambiente corporativo). Com um crescimento exponencial na rapidez de resposta, o mail ficou irritantemente estático e limitado. É exagero? Faça um teste: fique 2 horas e meia sem checkar seu blackberry...consegue? Quantos e-mails surgiram acompanhados de reclamações de que você não responde seus e-mails?
Teste número dois – mande 5 mails e cinco torpedos para pessoas ocupadas (as mesmas, claro). Todas responderão instantaneamente aos torpedos, pode apostar. Mistérios...
As pessoas recorrem cada vez mais às comunidades virtuais, porque é rápido, interativo e todo mundo fica mais exposto. Talvez esteja aí um caminho para a as empresas desenvolverem seus “twitters”corporativos – uma forma inteligente de otimizarmos nosso tempo perdido com e-mails chatos e demorados, sem solução imediata.
Fonte: Portal Exame 29/10/2009
*cc mail => nome de um dos primeiros softwares Lotus para e-mails.
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