segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Os joaquins


Joaquim Barbosa e
Claudionei Penha - lenda e realidade
(Por Luiz de Souza)

Toda vez que alguém se torna popularmente um exemplo de sucesso, no seu entorno surgem os mitos e as lendas. Parece que o ser humano se alimenta disto. Ser bem sucedido não é credencial suficiente de sucesso, tem que ter o milagre, a lenda. É preciso que, num certo momento, surja na biografia do sujeito uma fagulha de algo inexplicável que faça disparar o herói da moda. Foi assim com Silvio Santos e as canetinhas vendidas na barca Rio-Niterói. Com Eike Batista garimpando ouro em Serra Pelada ainda guri (o próprio já desmascarou essa versão em biografia oficial, mas não adiantou) e assim acontece com o Ministro Joaquim Barbosa – menino negro, franzino, de família pobre e operário de olaria no interior de Minas Gerais.

Me pus a pensar nos silvios, eikes e joaquins que tivesse conhecido ao longo dos meus 70 anos e que passam há quilômetros da mídia. Pessoas comuns das quais ninguém fala e que não se tornam milionários nem juristas. Com esforço, romperam o ciclo familiar de pobreza e dificuldade, pra virar o jogo. Nenhum deles virou lenda urbana nem vai ganhar um epitáfio no fim de suas vidas. Lembrei de um que particularmente me marcou. Não por ser também negro e quase calvo. Mas pela dedicação ao trabalho, pelo desenvolvimento profissional que tem conseguido e por eu reconhecer nele um globe trotter incansável sempre na busca dos bons resultados. E o Meu joaquim ainda é um poço de modéstia e bondade. Já o da mídia, embora pareça ser um cara decente e que não gosta de cantar marra, eu não conheço pessoalmente – nada posso afirmar.


Poucos anos atrás fiz um endorsement dele no LinkedIn. Transcrevo no inglês em que foi redigido, assim os nativos dessa língua podem também saber mais sobre ele.


I´ve met Claudionei Penha for the first time in 1993, when I was Director of Marketing and sales for Czarina S/A -manufacturer of women´s shoes and handbags- which since 1953 has been regarded the most appraised brand of feminine shoes ever made in Brazil and also exported out of Brazil. I hired Claudionei Penha not only because he had the adequate background in all the stages of the footwear manufacturing and business, but mainly in the area of development of products for the trading companies that were in charge for the exports to USA and Europe. I hired him as Manager of the export business. Its responsibility was to co-ordinate the development of shoes, bags and accessories for the external market, keeping the accompaniment of the process from the development order until the shipping of the finished production items to the overseas customers. And he positively exceeded my expectations . Surely, Claudionei Penha was one of the best hiring that I´ve made during my extensive senior management career. I am proud of meeting him professionally and being in contact all these years in which I could witness his successful career development.


Meu joaquim, na realidade CLAUDIONEI PENHA, tem hoje intensa atividade acadêmica como Professor Adjunto do Departamento de design de calçados e acessórios na Faculdade de Moda - F.I.T. – Fashion Institute or Technology de Nova Iorque, sendo também Executive Member do FGI – Fashion Group International. E é consultor de mercado para marcas como Brown Shoe Company, Enzo Poli, Vitória’s Secret. Nasceu em Franca (São Paulo, Brasil). Aos 10 anos era entregador em uma pequena loja da cidade enquanto estudava em meio período e aos sábados pegava na vassoura, auxiliar de limpeza na mesma empresa. Com 14 anos chegou a vendedor da loja e aos 16 já estava em Porto Velho (Rondônia, Brasil), como auxiliar administrativo de uma lapidadora, tendo retornado a Franca com 18 já como tradutor e professor de inglês, segundo ofício por 19 anos. Em Franca, entrou para a indústria de calçados pela porta do escritório brasileiro da Lowell Shoe Inc., donde foi transferido para Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul, Brasil), para gerenciar o start up da empresa naquela região. Foi ali que nos conhecemos e o contratei. Tinha as competências pra função, mas vinha com “acessórios”: além do inglês (língua básica em Comércio Exterior), Meu joaquim era fluente em alemão, espanhol e italiano (assim como o outro). E tinha um hobby peculiar que chamou a atenção: o canto lírico. Mas em 1995, Claudionei recebeu um Green Card e foi quando o perdi para seus primeiros patrões nos Estados Unidos - Ann Taylor e depois Ralph Lauren, Via Spiga, Vera Wang Lavender, Sam Edelman, Etienne Aigner e Franco Sarto. Meio difícil concorrer.




sábado, 22 de dezembro de 2012

Nova Lei Seca no Brasil - apertou ainda mais


Pode não resolver, mas já é o começo.

O cerco ao pessoal que bebe e dirige apertou um pouco mais no Brasil. Apertou bem, mas ainda é pouco. E isso serve pra quem toma aquela cerveja inocente e pensa que o inferno é o outro. “Eu só tomei duas ou três latinhas”. Nas festinhas entre amigos, é sempre esse o discurso (aos meus amigos, sinto muito, mas nesse assunto não faço distinção).

E aquela balela de produzir provas contra si mesmo foi por terra. Como a percepção visual de testemunhas e vídeos passam a ser prova suficiente para enquadrar o sujeito, o bafômetro e o exame de sangue, de vilão passam a ser a esperança (ainda que torta). Caso a pessoa queira uma "contra-prova" do seu estado, a opção passa a ser recorrer a esses dois expedientes. 

O mais impressionante é que, no exato dia em que a lei foi sancionada pela Presidente Dilma Rousseff, a polícia de São Paulo já pegou alguns caras, um deles se achando injustiçado por ter de ir se explicar na delegacia. Veja no infograma como ficou a vida de quem insiste nessa insanidade. 

fonte: folha.com

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

SUS distribui novas drogas para tratar a Hepatite C

Atualmente a Ribavirina e o Interferon Peguilato são as drogas que fazem parte do protocolo de tratamento da Hepatite C. Novos medicamentos vão reforçar o arsenal terapêutico e começam a ser distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2013. O Victrelis (Bocetrevir – Merck Sharp & Dhome) e o Incivek (Jansen) são inibidores de protease e permitem tratamentos mais curtos com menos efeitos colaterais. Até então, com os medicamentos existentes, a taxa de sucesso era de 40%. Com os novos medicamentos associados, a taxa de sucesso sobre para 90%. Porém esses medicamentos precisam ser tomados como parte do coquetel já existente, o que faz com que o paciente tenha que combinar muitos comprimidos e apresente efeitos colaterais tais como anemia, alterações do paladar, náuseas, vômitos e diarréias. Em função disso, o novo coquetel terá como alvo os pacientes em estágio mais avançado da doença.

Fonte: Folha.com e Veja.com

Rápidas de Humor Intrépido - Fim do Mundo

Vida dura de um Estagiário Maia....

fonte: facebook

Rápidas de Humor Intrépido - Calvin & Haroldo


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Papai Noel que existe em mim

Como em toda a família, até aos 8 anos, acreditar no Papai Noel não era uma opção. Todo ano, meu tio batia ponto em nossa noite de Natal. Chegada a hora, tocava um sininho que fazia disparar o coração da gurizada. Claro que ninguém racionalizava muito, não percebíamos que era o nosso tio. A performance era perfeita e satirizada. Vinha lento aquele velhinho mais magro que a expectativa e com um sacão enorme sobre os ombros. A máscara do Papai Noel era simplesmente horrível. Marcou minha infância aquela máscara de plástico horrenda, com dois buracos pequenos que, diziam, eram olhos. Aquilo assustava, mas meu tio não sabia ser um Papai Noel sério, então as piadas e brincadeiras eram inevitáveis e desviavam a atenção daquela coisa estranha no rosto do meu tio.

A primeira vez que fui convidado pra ser Papai Noel pra um grupo de crianças numa festa de Natal, lembrei de cara da bendita máscara do meu tio. E lembrei da primeira pergunta que ele fazia quando batia o “olho” na gente: “ – Tú tá comendo tudo direitinho? Tá escovando os dentes? E na escola, tudo certinho?”. Não tive dúvida sobre o Papai Noel que queria ser. Seja qual for a festa de Natal, sempre baixa o meu tio daquele tempo. Apesar de muitos anos fora do Rio Grande do Sul, até o sotaque gaúcho ganha força. E, toda vez que faço o check da roupa, lembro de dar especial atenção ao rosto do “Papai Noel”, no espelho. Nada de máscaras assustadoras. E daí é abrir a porta do banheiro e aproveitar os 15 minutos de fama diante dos olhos brilhantes da meninada. Da primeira vez, só um cara não ficou convencido. Meu filho, vendo aquela performance e rôu,rôu rôus, focava minhas mãos. Virou pra mãe e perguntou: "-Mãe, esse Papai Noel tá muito parecido com meu pai, olha a mão dele...". Daquele dia em diante, a fantasia tinha dias contados. Achamos que era melhor contar. A partir dali ganhei um auxiliar de papai Noel. Hoje, depois de cada performance, ele me pisca o olho: "- Aí Pai, foi show de bola..."

Obrigado tio, a despeito da máscara. Ser Papai Noel não tem preço.

Feliz Natal pra todos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Mundo enfim


Acordo e vejo que aceitar a complexidade da vida,
as contradições, o submundo, as perguntas sem resposta,
os gadgets que mudam a cada dois meses, as desordens naturais,
a demagogia, a cacofonia, a pedofilia, a magia, a sangria, 
a liturgia, a megalomania, acordar, levantar, trabalhar, gastar, 
pagar, manter, provar e provar de novo, reprovar, 
exigir, tudo isso junto de novo. 

Melhor acreditar que tudo vai acabar. Melhor derramar o mundo
Em lava, em lama. Mas, entredentes, confirmo a realidade,
Onde a loucura se expressa.
A vergonha que será o novo, o velho, imundo.
Cadê o final que me prometeram. É tudo novo, de novo.
Acordar, rugir, trabalhar, ganhar, perder...
Melhor que se acabe o mundo. 

Novas idéias não sobrevivem às velhas atitudes


Yahoo muda layout e o usuário, marido traído, fica sabendo pela imprensa.

Marissa Mayer, do Yahoo
bonito layout,
mas comunicação fraca
13 de dezembro, 2012. Abro meu Yahoo e “voilá”, o layout mudou completamente. Pensei que fosse bug ou outra das diversas falhas apresentadas vez por outra pelo Yahoo. Ou quem sabe um racker, não duvido nada. Procuro no Google e está lá – “Presidente do Yahoo apresenta nova versão do serviço de e-mail”. Puxa, mas um serviço que lida justamente com comunicação...será que eu não merecia um mail dela no meu mail pessoal anunciando a mudança? Diz o texto da matéria que veicula em vários sites que Marissa Mayer apresentou a nova versão “no post de um blog”. Que blog e pra quem?

A sutil diferença entre o erro e o desastre é a forma como nos movemos em direção a um para evitar o outro. Estamos carecas de ver pessoas e empresas pisarem feio na bola e serem redimidas pelo próprio cliente (ou colega, ou chefe...) só porque a postura na reparação foi digna de aplauso. Essa é a diferença entre velhas e novas atitudes. O Yahoo tem tomado paulada do Facebook e do Google há anos. A fama da nova presidente, vinda do Google, é de criar produtos para a internet de natureza prática, coisa que a web mais precisa nesse momento. Mas não dá pra atropelar coisas básicas: comunicação - falar com os usuários dá ibope e nisso a concorrência tem sido campeã. O layout ficou bonito, mas a comunicação, pra variar, nem tanto...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Rápidas de Humor Intrépido - Veríssimo e Iotti

Radicci e As Cobras; É por aí mesmo!
fonte: chupinhado do Facebook...

As Bactérias que engordam


Pesquisa comprova que bactérias alteradas em nossa flora intestinal causam obesidade

Certa vez um médico amigo resumiu bem o que é a obesidade: “tratá-la é como um daqueles cubos mágicos.” É uma doença intrincada, que não vem isolada, dependente de diversos fatores tais como genéticos, hormonais e comportamentais. E quanto mais complexa, mas novidades aparecem: recentemente, um artigo publicado na Revista Nature mostrou uma outra novidade: a influência das bactérias existentes em nossa flora intestinal também tem relação direta com a obesidade. Segundo o artigo, o desequilíbrio dessas bactérias faz com que fragmentos de micróbios passem para a corrente sanguínea. As defesas do organismo detectam o “intruso” e desencadeia um processo inflamatório. Este processo inibe a ação da insulina no transporte de glicose para as células e na absorção desta insulina no pâncreas. Este processo altera o metabolismo das células de gordura, favorecendo o seu acúmulo.

Descobertas como essa favorecem o surgimento de mais uma frente de ataque: o tratamento da obesidade também com bactérias, regulando a flora intestinal, os chamados probióticos (quem não lembra das propagandas de Yacult? Lactobacilos vivos). O processo pode envolver o uso de antibióticos específicos. Ainda que essa indicação precise ser pesquisada e estudada intensamente antes de virar realidade, é mais uma luz no final do túnel, pra quem sofre com a balança. A luta continua. 

veja a série de artigos relacionados na revista Nature (clique aqui)

fonte: Revista Veja e revista Nature