
A
primeira vez que fui convidado pra ser Papai Noel pra um grupo de crianças numa
festa de Natal, lembrei de cara da
bendita máscara do meu tio. E lembrei da primeira pergunta que ele fazia quando
batia o “olho” na gente: “ – Tú tá comendo
tudo direitinho? Tá escovando os dentes? E na escola, tudo certinho?”. Não
tive dúvida sobre o Papai Noel que queria ser. Seja qual for a festa de Natal,
sempre baixa o meu tio daquele tempo. Apesar de muitos anos fora do Rio Grande
do Sul, até o sotaque gaúcho ganha força. E, toda vez que faço o check da
roupa, lembro de dar especial atenção ao rosto do “Papai Noel”, no espelho.
Nada de máscaras assustadoras. E daí é abrir a porta do banheiro e aproveitar
os 15 minutos de fama diante dos olhos brilhantes da meninada. Da primeira vez, só um cara não ficou convencido. Meu filho, vendo aquela performance e rôu,rôu rôus, focava minhas mãos. Virou pra mãe e perguntou: "-Mãe, esse Papai Noel tá muito parecido com meu pai, olha a mão dele...". Daquele dia em diante, a fantasia tinha dias contados. Achamos que era melhor contar. A partir dali ganhei um auxiliar de papai Noel. Hoje, depois de cada performance, ele me pisca o olho: "- Aí Pai, foi show de bola..."
Obrigado tio, a despeito da máscara. Ser Papai Noel não tem preço.
Feliz
Natal pra todos!
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