sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Black Friday - Cuidado com a versão tupiniquim


Gostamos de nomes. Uma novidade só ganha ares de novidade se vier batizada. O tal do BLACK FRIDAY existe desde 1961 nos Estados Unidos. No Dia de Ação de Graças, as lojas abrem sua temporada de compras pro Natal. Abrem as portas cedo e a “manada” ensandecida chega pra invadir e comprar. Os lojistas derrubam os preços e tudo é uma “pechincha”.

A despeito do que Casas Bahia e outras do ramo fazem há séculos no Brasil, liquidações “arrasa-quarteirão” ganharam o nome de Black Friday no Brasil também - em 2012, pelo terceiro ano consecutivo. Bem original. Importa-se o nome, mas a pilantragem é velha. Tem lojista jogando o preço lá encima pra baixar na sexta negra. A propaganda poderia ser “TUDO PELA METADE DO DOBRO!”

O detalhe é que a motivação de lá (EUA) não é exatamente a mesma daqui. O varejo americano quer provar que lojas físicas podem ser tão ou mais agressivas do que as virtuais, segundo analistas da Moody’s. E é também uma oportunidade de ouro pra dar um gás na combalida economia americana, toda a ajuda é bem vinda. No Brasil, a cultura da compra por internet versus o varejo físico, por exemplo, ainda não é exatamente um dilema. Por aqui, o oportunismo descarado e a falta de criatividade assumem ares de enfado. É uma pena que as velhas pilantragens sempre encontram quem passe recibo. Cuidado com o Black Friday...

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