terça-feira, 5 de junho de 2012

Buzzy - injeção sem dor

Injeção – uma palavra que até hoje me causa calafrio. Isso porque injeção, mais do que uma palavra, é uma atitude ameaçadora. Uma infecção urinaria me obrigava a ir semanalmente a um ambulatório pra receber um benzetacil (penicilina benzatina). E o local era aquele mesmo - na bunda. Uma violência sistemática contra uma criança de quatro anos, mas era o certo. Era a alternativa, não tinha outra. A dor de uma injeção depende do quão profundo ela entra no corpo, bem como sua composição. A molécula de penicilina é um cristal, o veículo é viscoso e isso dói, dói muito. E como doía. O que sempre me perguntei: hoje, com cirurgias feitas por robôs, quando muitos procedimentos ambulatoriais substituíram as cirurgias mais complexas (e arriscadas), porque afinal...a injeção continua a mesma? Muito machão que “se acha” se ajoelha e chama a mãe se o assunto for injeção. Será que um dia isso muda?

Buzzy - vibra e gela, confundindo a dor
Parece que muda - já existe uma luz no final do túnel. A Dra. Amy Baxter, Pediatra de Atlanta (EUA), nunca se conformou com o nível de ansiedade e terror com que a criançada chegava no seu consultório. Muitas crianças desenvolveram verdadeira fobia por agulhas, obrigando a médica a prescrever junto a lidocaína, um anestésico. A Dra. Baxter, que também é especialista em dor, se dispôs a estudar alguma solução pra diminuir esse absurdo sofrimento. Desenvolveu então o Buzzy, um dispositivo em forma de abelha que vibra e gela a superfície da pele quando entra em contato com a mesma, através de um gel adesivo. O frio e a vibração confundem o o mecanismo da dor, interferindo no envio dos estímulos para o cérebro. O resultado é que o paciente quase não sente a dor. Segundo depoimento do Dr. Andrew J. Schuman, no artigo “Best New Tech Products”, o Buzzy foi adotado como rotina em sua clínica e o resultado é impressionante. O próprio Dr. Schuman se submeteu a uma picada usando o Buzzy e percebeu a absurda redução da dor local. Segundo ele, o efeito é maior em crianças menores de cinco anos, mas de forma geral, crianças ansiosas e traumatizadas se sentem muito mais confortáveis frente à expectativa. A assinatura promociona do Buzzy diz tudo, algo como "Buzzy, extinguindo a ferroada". Sugestivo.
Minha geração não viu a cura sem a dor de uma injeção.  Mas parece que nossos filhos e netos vão ter esse privilégio. Tomara. Me interessei pela abelhinha. Ou vai dizer que é só criança que tem medo de agulha? Que venha o Buzzy - a bunda alheia agradece.  

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fonte: Estado de São Paulo online e Modern Medicine Websinte

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