terça-feira, 9 de outubro de 2012

Urnas Eletrônicas - o Brasil que deu certo

Paciência com as mudanças, isso temos que ter, não tem jeito. Mas tá dando gosto de votar no Brasil. Aquela mania absurda de sempre achar que o que é de fora é melhor não funciona quando o assunto é votação. Mais que qualquer outra inovação (e o finado Steve Jobs que me perdoe), o Brasil dá um show nesse terreno e não é de hoje. As urnas eletrônicas começaram a substituir o voto manual no país em 1996. E, a partir de 2010, a urna biométrica tem sido testada, mas não padronizada ainda devido ao custo elevado.

Pra votar no Brasil, leva-se menos de 30 segundos e a chance de erro é mínima. O mesário pega seu título para simples conferência, você dispõe o dedão sobre a leitora azul turquesa e, feito o reconhecimento biométrico, vai até a urna. Digita o numero do seu candidato – lá estão três botões: CONFIRMA, CORRIGE e BRANCO. Pronto. Sem burocracia, sem demora, sem complicações. Os votos ficam armazenados em cartões de memória criptografados. Terminou a votação, o Supervisor da secção salva os votos em um pen drive lacrado e encaminha para o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) local. No caso dos pleitos para Vereadores e Prefeitos, o resultado sai em duas horas. No caso de pleitos nacionais, onde a compilação remota enfrenta as distâncias e o próprio volume de dados, leva-se um dia até o TSE (tribunal Superior Eleitoral) divulgar resultados.

Urnas biométricas - rapidez e segurança
138 milhões de pessoas acessando mais de 400 mil maquininhas em tempo real. No pleito municipal de 2012 (onde foram escolhidos Prefeitos e Vereadores em todos os municípios brasileiros), o número de urnas substituídas por defeito foi 2257 unidades – 0,6% do total.  Ninguém no mundo moderno faz eleição desse jeito. A jornalista Tutti Vasques (Jornal o Estado de São Paulo) resumiu bem como a coisa anda no EUA: uma carroça eleitoral. Os caras testam nossa urna lá, mas no final é no papelzinho mesmo que a coisa se decide. Como sempre, a inovação vem cercada de insegurança e polêmica. Em países da América Latina, a tentativa de implantar as urnas brasileiras fracassou varias vezes pela desconfiança no sistema - a oposição sempre vai alegar fraude. Na Argentina, chegaram a ser testadas e usadas, mas sempre meia bomba. Por fim, foram banidas de lá (me conte uma novidade recente onde los hermanos não têm apoiado o retrocesso).
O voto eletrônico é o Brasil que deu certo e ponto. Talvez uma das maiores contribuições mundiais desde a invenção da democracia pelos gregos. Alguém duvida?

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