quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um braço por uma Vida

James Franco como Aron Ralston
Num mato sem cachorro
James Franco é um ator franco, autêntico e que escolhe personagens densos e filmes autênticos pra atuar (ok, fora o Homem Aranha) - e trabalha muito. Tá estudando pra ser PHD em língua inglesa, que pena. 127 horas foi um filme aflitivo e autêntico – uma alpinista corta um braço pra salvar a vida. Quem, em sã consciência, cortaria o próprio braço pra se salvar? Ninguém. O personagem cortou por desespero mesmo. E não que não precisemos cortar um bracinho de vez em quando. Fica-se arrastando o morto a resolver antigas pendências. No filme, o personagem, preso numa pedra pelo braço direito, faz da angústia uma egotrip ao contrário. Desfia seus passos e atitudes até aquela pedra maldita. Descobre que, na verdade, aquela pedra sempre esteve ali esperando por ele (ups!). Lembrei do brasileiro Ranimiro Lotufo – foi modelo internacional e esportista radical. Um choque contra uma rede de alta tensão durante um vôo de parapente pôs fim a carreira de modelo. Qual nada – em toda palestra que dá, Ranimiro afirma que saiu da “experiência” um ser humano melhor e mais aberto pra vida, capaz de rir de si mesmo, dar valor ao que tem valor e de praticar esportes ainda mais radicais. Acredito nele - quem vê Ranimiro contando, acredita. Por ter apenas uma perna, os desafios se tornaram maiores, mas não menos sedutores. É o preço de encontrar a si mesmo? Pode ser, mas tomara que pra isso não seja necessário um braço ou uma perna...Veja o filme, vale à pena. 

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