quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Vá em paz, maestro Pletskaya
Uns
dias depois, quando voltei dessa fugida ao sul, li nos jornais sobre a
interrupção do espetáculo e a internação do ator Nico Nicolaiewsky, pra tratar uma
leucemia. Tive um mau pressentimento. Devia ter ido ao espetáculo. Tem coisas que só se vive uma vez. Assim como a maioria dos
portoalegrenses, já assisti várias performances do Tangos, sempre soava diferente,
mesmo sendo igual. Queria ter essa chance só mais uma vez, mas não vai dar. Nico
se foi, ou melhor Pletskaya. Ficou só o Kraunus.
O
acordeão mágico que nos fazia rir e chorar com interpretações improváveis de
sucessos improváveis ficou quieto. Aprendi que a distância entre o
arrependimento e a bilheteria de um teatro pode ser bem maior do que se
imagina. Aquele ingresso tava lá me esperando e não fui.
E também aprendi que é na Sbórnia que se dança o Copérnico. Lá, ninguém morre de fato. Vá em paz, Pletskaya.
E também aprendi que é na Sbórnia que se dança o Copérnico. Lá, ninguém morre de fato. Vá em paz, Pletskaya.
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