quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Joelmir Beting - o Adeus à Botocúndia S.A.


Como nenhum outro jornalista, Joelmir era um termômetro do humor político-econômico brasileiro. Vai fazer falta. Suas tiradas curtas, sutis e sarcásticas resumiam crises e bonanças, escândalos e virtudes. Em segundos, inventariava os fatos, ações e reações, sem jamais perder a calma e o bom humor, mesmo nos momentos de indignada contemplação. Por isso era referência. Pintava um escândalo qualquer, uma pasta preta ou uma iminente fuga de dólares (fossem lícitas ou ilícitas), era quase certa a pergunta “o que será que o Joelmir vai dizer hoje na BAND?” Joelmir Beting deixa um legado difícil de passar adiante. No seu site (clique aqui), dizia estudar 15 horas por dia desde a infância. Ter opinião e ser imensamente respeitado por ela dá trabalho e pode levar uma vida inteira, mesmo pra quem tinha 55 anos de carreira e 75 anos de idade.

Vá em paz Joelmir e obrigado. 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A Evolução das Baladas (por Luiz Souza Filho)


Fui surpreendido outro dia, com uma lembrança que, a meu julgamento, dá uma medida no mínimo interessante da “evolução” da arte musical popular e que me levou a uma reflexão. Não era porque há 55/60 anos atrás não tínhamos como hoje os DJs que além de comporem (e muito) também mixam, pintam e bordam com as pick-ups atuais que a gente deixava de curtir um sonzão e dançar muito, nos deixando transportar deste mundo para algum outro onde só habita a música. Mas a tecnologia, claro, lhes permite compor trilhas bem originais. Louvores a Tiesto, David Guetta, Fatboy Slim, Moby, Bob Sinclar e o próprio Zé Pedro (ex DJ dos programas da Adriane Galisteu). Milagreiros high-tech. Seus "sets" são tocados por DJs do mundo todo ou baixados de graça na Internet. E tudo isto tem um valor imenso mas, e sempre tem um mas...

Mesmo assim, quando um cantor ou músico de hoje grava um CD ou registra sua obra (seja em qual for a mídia) e nos encantamos com seus agudos, falcetes e graves, na verdade o Auto-tune é que está fazendo tudo pela maioria dos interpretes , pois corrige até os mais desafinados. E os instrumentos musicais só faltam falar. Claro, à custa de computadores e periféricos manipulados pelo executante. Não se trata de saudosismo, não. Mas na década de 1950, nas “reuniões dançantes” regadas a Coca Cola e refresco de groselha e que começavam às 17:00 hrs e que iam no máximo até às 21:00 impreterivelmente, colocava-se um disco na vitrola, sim. Mas, além de interpretes que faziam tudo no gogó, músico que não fosse músico mesmo, estava ferrado. Nem saía do chão. Viajando nesta maionese, lembrei de um astro das reuniões dançantes que fazia muito mais do que todos os DJ’s da atualidade e, me perdoe o falecido, mais que Ray Charles. Sim, pois Ray, desprovido do sentido da visão, embora maravilhoso, usava um instrumento peculiar que, quando a natureza nos agracia com ele, quando o interprete é um virtuose fica mais fácil de manejar do que, por exemplo, um órgão.

Hernesto Hill Olvera
E o astro a que se refere este post tocava órgão, era tão cego quanto Ray, mas seu órgão não faltava falar. Ele falava. Sem computadores, sem softwares, sem periféricos e sem qualquer outra coisa a não ser o fato de ser eletrônico. Ou seja, ele falava literalmente na unha. Só com a habilidade do organista ERNESTO HILL OLVERA. Era um Hammond B-3. Mas quem era este gênio?  Ernesto foi um músico mexicano nascido em Aquascalientes, em 22 de dezembro de 1936 que aos 7 meses de idade perdeu a visão. Aos 3 anos a família mudou-se para Guadalajara e aos 6 anos ingressou no Instituto de Capacitação para Meninos Cegos. Aos 12 graduou-se e aos 13 começou a estudar piano e já em restaurantes locais e na Cidade do México para onde já tinha se mudado em busca de oportunidades. Conta a lenda que um belo dia o restaurante onde trabalhava comprou um órgão, instrumento o qual nunca aprendera a tocar. Para tal teve que desenvolver sua própria técnica. Para chamar a atenção dos amigos desenvolveu uma técnica para articular seus nomes, que consiste em abrir gradualmente os registros do Hammond para articular as vogais, com cujo movimento criava as palavras dando a impressão de um órgão falante. E era com este padrão de bom gosto que se dançava, que se promovia uma festa de embalo, tomando no máximo Cuba Libre. Sem funk, sem punk, sem eletrônica e sem DJ’s. Entre uma e outra de Ernesto Hill Olvera, um Franck Sinatra, um Bing Crosby e..era isto que a casa oferecia.

Pra quem não conhece, veja se o mexicano era ou não era o cara, na sua interpretação de Vereda Tropical, de Gonzalo Curiel.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Black Friday - Cuidado com a versão tupiniquim


Gostamos de nomes. Uma novidade só ganha ares de novidade se vier batizada. O tal do BLACK FRIDAY existe desde 1961 nos Estados Unidos. No Dia de Ação de Graças, as lojas abrem sua temporada de compras pro Natal. Abrem as portas cedo e a “manada” ensandecida chega pra invadir e comprar. Os lojistas derrubam os preços e tudo é uma “pechincha”.

A despeito do que Casas Bahia e outras do ramo fazem há séculos no Brasil, liquidações “arrasa-quarteirão” ganharam o nome de Black Friday no Brasil também - em 2012, pelo terceiro ano consecutivo. Bem original. Importa-se o nome, mas a pilantragem é velha. Tem lojista jogando o preço lá encima pra baixar na sexta negra. A propaganda poderia ser “TUDO PELA METADE DO DOBRO!”

O detalhe é que a motivação de lá (EUA) não é exatamente a mesma daqui. O varejo americano quer provar que lojas físicas podem ser tão ou mais agressivas do que as virtuais, segundo analistas da Moody’s. E é também uma oportunidade de ouro pra dar um gás na combalida economia americana, toda a ajuda é bem vinda. No Brasil, a cultura da compra por internet versus o varejo físico, por exemplo, ainda não é exatamente um dilema. Por aqui, o oportunismo descarado e a falta de criatividade assumem ares de enfado. É uma pena que as velhas pilantragens sempre encontram quem passe recibo. Cuidado com o Black Friday...

Luis Fernando Veríssimo - fique um pouco mais, pode ser?


Luis Fernando, perdoe a intimidade. Não li nem um terço dos seus livros. Dos que li, normalmente nas férias, numa cadeira de praia ou coisa assim, adorei todos. Setenta livros publicados parece muito, mas nessas horas é pouco. Desejo apenas que fique mais tempo conosco. Sua autenticidade faz falta. Não te conheço pessoalmente, mas quem te conhece sabe. E estou confortável com a imagem que fiz de você ao longo dos anos. Fala pouco, trabalha muito e é um exemplo de simplicidade. A imprensa nunca exagerou, nem nos erros, nem nos acertos. Isso só dá certo ao longo dos anos pra pessoas com atitude. Está bem assim. No Brasil, entre nós, temos poucas pessoas públicas as quais podem mesmo servir de exemplo do bem. Infecção pra quê? Nada disso.

Lembro de uma entrevista sua sobre o lançamento de "As Cobras - Antologia Definitiva", em 2010. Rolava de rir com as respostas, simples, pra variar. O jornalista perguntava: "porque desenhar cobras?" Resposta: "porque é mais fácil, só tem pescoço...". Jornalista: "E porque parou com As Cobras nos anos 90?" Resposta: “Parei, como eu disse na época, porque estava fazendo coisas demais. E também porque não ficava bem um homem de sessenta anos ficar desenhando cobrinhas”. Nada mais Veríssimo...

As Cobras - simplicidade, pouco texto, muito significado
Ok, se por uma absurda issíssima suposição, o pior viesse a acontecer, duvido que você pare de trabalhar onde quer que esteja. Nossa cultura e nossas artes precisam de uns joelhaços, tem muita gente sem noção, "se achando". Você poderia ajudar essas pessoas em outra esfera, dar um puxões de orelha, ensinar como se trabalha pela cultura do país. Não duvido disso.

Mas, em minha modesta opinião,  ainda não é hora de entrar pra história, você tem que tocar sax ainda, em algum bar legal de Porto Alegre. Alguém lá encima certamente vai dizer "-pode entrar que a casa é sua", mas ainda não. Não entre nessa de "sentir uma imensa paz  e uma luz maravilhosa", é furada. Queria ter a chance de ao menos cumprimentá-lo um dia, te ouvir tocar. É famosa a sua cordialidade tímida pra com admiradores. Também sou tímido, vai dar certo. Não vá ainda, fique um pouco mais ou te damos um joelhaço...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

33o. Campeonato Brasileiro de Squash - vitórias do Presente e do Futuro

Manú e Rafael (2o e 1o lugar na
Profissional, respectivamente)

O cenário deste 33º Brasileiro de Squash (2012) foi a cidade de Fortaleza, Ceará – academia Greco Squash. 250 atletas de 16 estados estavam por lá dia 15 ao dia 18 de novembro, distribuídos em 18 categorias. E a boa notícia é que tivemos vitórias importantes, tanto de guerreiros do presente quanto do futuro, nossos Exterminadores do Squash. Rafael Alarcon ganhou pela oitava vez na categoria profissional. São 8 anos sem perder uma partida sequer do circuito brasileiro. A final foi com Manoel Pereira, segundo colocado: “Fiquei em segundo colocado, mas foi positivo senti que estou jogando melhor que antes, agora é analisar e se preparar para o próximo”. É isso aí Manú, postura de guerreiro sempre!

Na categoria sub 19 tivemos o Campineiro fera Kiki, Josimar Siva, como vencedor. Parabéns Kiki, por deixar sua marca nessa importante competição!

A grande expectativa era o retorno do nosso Vinícius Berbel às quadras e ao campeonato. E o Vinícius foi impecável, venceu na sub 13, trazendo pra sua cidade, Jundiaí/SP o título de Campeão Brasileiro da categoria. Parabéns ao Vinícius, ao Paulo (paizão) e ao Professor Julio Berlim (técnico). 

Vinícius Berbel - Campeão Brasileiro da Sub 13
Vejam abaixo a lista de todos vencedores, que não é pequena...
Profissional Masculina - Rafael Alarcon
Profissional Feminina - Thaisa Serafini
Juvenil Sub 13 Masculina A - Vinícius Berbel
Juvenil Sub 15 Masculina A - Pedro Gomes
Juvenil Sub 15 Masculina B - Vinícius Cansini
Juvenil Sub 17 Masculina A- Marcelo Braga
Juvenil Sub 17 Masculina B - Gabriel Rossi
Juvenil Sub 19 Masculina A - Josemar Silva
Juvenil Sub 19 Masculina B - Luiz César Lima
Juvenil Sub 19 Feminina A - Renata Furletti
Master 19 Masculina A - Wagner Braga
Master 19 Masculina B - Fernando Soares
Master 19 Feminina A - Marina Diaz
Master 25 Masculina A - Erick Mesquita
Master 25 Masculina B - Igor Passos
Master 25 Masculina C - Gama Filho
Master 30 Masculina A - Saverio Christovam
Master 30 Masculina B - Alexandre Santos
Master 30 Masculina C - Marcos Piquet
Master 30 Feminina A - Edsônia Moreira
Master 35 Masculina A - William Freitas
Master 35 Masculina C - Alex Tabosa
Master 35 Masculina B - Mauro Martinho
Master 40 Masculina A - Vinícius Sávio
Master 40 Masculina B - Afrânio Câmara
Master 40 Masculina C - José Henrique Lopes
Master 40 Feminina A - Linamara Ferrigno
Master 45 Masculina A - Ricardo Ferreira
Master 45 Masculina C - Carlos Mário Ferreira
Master 45 Masculina B - Ubirajara Fernandes
Master 50 Masculina A - Ricardo Ramos
Master 50 Masculina C - Luiz Carlos Pinto
Master 50 Masculina B - Graciano Rossi
Master 60 Masculina A - Antônio Carlos Roldão  

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Violência em São Paulo - verdade e exagero


Relutei em meter a colher nesse tema, mas não me sofri. Certos assuntos na imprensa viram moda. Nesse momento, tá na moda tocar terror na população paulista (e brasileira) por causa da “onda de crimes” que assola São Paulo. O terror alimenta a imprensa, que alimenta a população, que alimenta o boato, que alimenta o terror. Essa semana o tom dado pela revista VEJA ao tema me chamou a atenção. A matéria puxa a brasa para o Governo de São Paulo, ok. Mas os fatos são os números. Mostram que São Paulo não tem mais crimes que qualquer mega cidade e apontam também que já foi pior. O colunista Reinaldo Azevedo trouxe a tona alguns destes números: 
Reinaldo Azevedo
os números da segurança em São Paulo falam por si
  • O estado de São Paulo apresentou em 2011 o menor índice de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) do país em 2011 (10,8 mortes por 100 mil habitantes - a média Brasil é de 23,6/100 mil habitantes).
  • Com este indicador, São Paulo ficou abaixo do Alagoas (76,3/ 100 mil), do Espírito Santo (45,6/100 mil), Bahia (33,2/100 mil) e Rio de Janeiro (25,8/100mil). 
  • Levando em conta o número do Rio de Janeiro, por exemplo (25,8/100 mil habitantes), Reinaldo menciona que a propabilidade de um morador do RJ ser vítima de algum crime considerado no índice CVLI é 138% maior que de um paulista.
  • Em 2000, o mapa da violência em São Paulo era de 42,2 mortos/100 mil habitantes e em 2010 foi de 13,9% (baixou 67%). 
Não sou especialista nem em segurança, nem em estatística, só um abusado. Mas respeito números que falam sozinhos. Não quero jamais tornar o fato menor do que o real, longe disso. Mas converso com amigos paulistanos sobre o assunto e as posições são parecidas: “-Vida normal. Sempre os mesmos cuidados ao sair a noite, durante o dia, mas a vida é normal.”

Também não me considero um apaixonado por São Paulo, mas me compadeço da injustiça contra a cidade e o estado a reboque - um exagero. Existe sim um confronto entre o crime organizado e a Polícia, mas isso sempre houve. E nem sem compara ao que ocorria no passado, pós-invasão do Carandirú pela Polícia Militar, em 1992 (o presídio do Carandirú, em São Paulo, foi implodido em 2002 e um parque foi construído no local). O ocorrido na época teve um saldo oficial de 111 presidiários mortos. O evento teria sido o suposto motivador pra que bandidos se organizassem no chamado PCC (Primeiro Comando da Capital). Com o alegado motivo de combater a opressão, vingar os mortos e protestar contra as péssimas condições as quais vivem os detentos no sistema prisional brasileiro, o PCC passou a coordenar de tempos em tempos, ações intimidatórias, tais como alvejar policiais, delegacias ou incendiar ônibus. Com o passar dos anos, esse “poder” paralelo vem ficando cada vez menos coeso e atuante, na mesma proporção em que ações de inteligência por parte da policia vão se sofisticando. E nem a atitude do Governo de São Paulo de minimizar o fato nem a atitude da imprensa (ou de facções políticas) em tocar o terror na população ajudam de forma produtiva. O que dizer então de um Ministro da Justiça que diz o que pensa na hora errada? O Ministro José Eduardo Cardozo disse no dia 13 de novembro de 2012: “Nós temos um sistema prisional medieval. Se fosse para cumprir muitos anos em algumas prisões nossas, eu preferiria morrer.” Mas não é DELE a pasta que cuida do sistema prisional? E está assim desde quando?

Parabéns, Ministro. Uma declaração destas é tudo que uma população com receio dos bandidos e da sua própria polícia NÃO precisa.

p.s. - me recuso a comprar a VEJA, faz muito tempo que deixou de ser interessante. Mas para o Dr. Google tudo é possível e de graça...

fonte: Revista Veja, Blog Reinaldo Azevedo, Anuário brasileiro de segurança pública, Yvonne Maggie - G1


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Homens Gordos e os baixos níveis de testosterona


Estudo aponta para um sério risco adicional causado pela obesidade em homens jovens

Foi publicado ume estudo que aponta a diminuição dos níveis de testosterona em adolescentes homens como sendo um dos efeitos colaterais da obesidade. Quem conduziu o estudo foi o Professor Peresh Dandona, Diretor do Departamento de Diabetes e Metabolismo da Escola da Medicina da Universidade de Buffalo (New York, EUA). Ele estudou mais de 50 homens entre 14 e 20 anos dos quais metade deles classificados como obesos e a outra metade composta de jovens de peso normal. Comprovou que jovens muito obesos tem 50% mais chance de ter baixo nível de testosterona do que o grupo tido como sadio.

Professor Peresh Dandona estuda os riscos da obesidade a homens jovens
O estudo mostra que a questão da obesidade se torna ainda mais preocupante, pois estes jovens terão sua atividade sexual precocemente mais dificultada em função da doença. Mas o estudo não é conclusivo e serão necessários estudos complementares para melhor explicar essa relação – inclusive como a glândula pituitária pode ser estimulada para reverter níveis baixos de testosterona. 


Rápidas de Humor Intrépido - Ficção Científica


sábado, 10 de novembro de 2012

Medo de Avião - ajudando um amigo


Um grande amigo meu tem um pânico absurdo de voar em aviões e me pediu que dirigisse algumas palavras por escrito para que ele lesse e se sentisse mais calmo. Mandei esse mail pra ele. Será que ajudei?

“Prezado amigo,
Quero te tranquilizar quanto à tua vinda de avião. E pra isso, lanço mão de estatísticas com relação a sustos aéreos - apontam que qualquer ocorrência é muito rara. Ok, devo concordar que no Brasil temos sido acometidos por algumas catástrofes, como o vôo da TAM (2 vezes, um deles saindo de Porto Alegre), o Boeing da Gol (que achou um jatinho pelo caminho – coisa de barbeiro, culpa do jatinho). Apesar desses absurdos distorcerem as estatísticas brazucas, tudo isso não reflete a realidade do dia a dia, não mesmo. Voar ainda é o meio mais seguro. Isso porque tudo dentro de um avião é duplicado ou triplicado. É como se cada carro tivesse: 6 pares de pneus, 3 baterias, 6 pares de amortecedores, 3 direções, 12 luzes de freio...infelizmente, às vezes (pra não dizer raramente), o despreparo da tripulação é QUADRUPLICADO, infelizmente. Aí fica difícil (voo Rio/Paris, da Air France, 2009). E não é porque são mais ou menos capazes, não vai aí nenhum demérito, muito pelo contrário: é que ser humano é um bicho que falha, só isso. Nesses casos, nem a perfeição da máquina salva, SÓ DEUS (mas nesse dia, Deus - que é onipresente mas não é polvo - estava envolvido com a solução de algum conflito no Oriente Médio). Por isso, um conselho: REZE SEMPRE durante um voo. Mesmo num voo tranquilo, nunca se desperdiça uma reza. Faz bem a alma e aí fica tudo em paz.

Mas voltando as estatísticas, fique absolutamente TRANQUILO, veja: desde 1918, Na história da aviação mundial, ocorreram 17.369 acidentes – incluindo jatos a aeronaves convencionais, de vôos comercias a militares, de aviões de passageiros a de carga. Ao todo, 121.870 pessoas morreram e 93.624 ficaram feridas. Em apenas 5,95% dos casos o mau tempo foi considerado a causa principal do acidente. A maioria foi causada por erro humano: 67,57%. Falhas técnicas responderam por 20,72%. Os número mostram então que você deve sempre desconfiar do seu piloto – por regra, olhe torto pra ele quando entrar no avião e reze pro SANTO DELE (bem mais que pro seu).

De acordo com os registros da Fundação de Segurança de Voo, nos últimos anos, raios derrubaram aviões 15 vezes – e na maioria delas eram aeronaves de pequeno porte. A turbulência, outra possível causa do acidente, esteve envolvida em 73 acidentes – o último em 2005, com uma aeronave pequena; com um jato de passageiros, em 1998, um Boeing 707, um avião guerreiro, mas já bastante obsoleto. Tempestades derrubaram aviões 20 vezes – a última, um jato de passageiros da Tupolev, em 2006 (os Tupolev nunca foram lá muito confiáveis mesmo...). Já um Airbus nunca foi derrubado nem por raios, nem por turbulência, nem por tempestades, segundo apontam as estatísticas. Não achei dados sobre BOEINGs...será que estão escondendo d’agente?? Não creio. Mas um dado que achei curioso é o momento em que as falhas acontecem. Mas, repito, fique tranquilo. Pequenas falhas são sempre possíveis, ainda que remotas. Veja esse curioso quadro:

      
No caso do pouso, o mais comum é um trem de pouso preguiçoso ou coisa assim, coisa pouca. Esses dias mesmo, um mastodonte de um DC10 ficou encalhado no aeroporto de Campinas (São Paulo, Brasil), mas sem maiores conseqüências, apenas o fechamento da pista. Deu muita dor de cabeça a mais de 25 mil passageiros prejudicados pelo cancelamento de seus vôos, mas foi só.

Bem, pra te dar força, resolvi tocar no assunto abertamente, encarar o problema sem filtros, para você exorcizar o medo e vir TRANQUILO. Separei até uma fotos (ao lado) e um videoclipe do Belchior (abaixo) pra ajudar. Espero que você goste. Um forte abraço, aperte os cintos e...

Em caso de despressurização, máscaras individuais cairão automaticamente dos paineis acima de seus lugares. Neste momento, puxe a máscara mais próxima para liberar o oxigênio, aplique-a sobre o nariz e a boca, ajuste o elástico a volta da cabeça e respire normalmente. Passageiros viajando com crianças ou alguém que necessite de ajuda, lembramos que deverão colocar suas máscaras primeiro para em seguida auxiliá-los. Lembramos que o assento da sua poltrona é flutuante....

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Brasil é Bronze no XXII Panamericano de Squash

Seleção Brasileira de Squash ficou em terceiro lugar em competição que foi realizada em Ambato, no Equador


Equipe Brasileira em Ambato, Equador

Manoel Pereira (Ribeirão Preto, São Paulo/Brasil) ganhou medalha de bronze com a equipe da Seleção Brasileira de Squash durante os jogos do 22º Campeonato PanAmericano de Squash, que foi realizado de 19 à 29 de outubro, na cidade de Ambato (Equador). A equipe Brasileira de Squash é formada pelos atletas Manoel Pereira, Vinicius Rodrigues, Junior Christovam e Ronivaldo Duarte.

Para Manoel, participar de um evento esportivo de tamanho porte é fundamental para o seu crescimento profissional. “Fiquei muito feliz em poder defender o Brasil no squash mais uma vez. A conquista desse titulo é muito importante. Com esse resultado o Brasil finaliza como cabeça de chave para o próximo ano”, comenta.

No dia 20 de outubro, os participantes do torneio tiveram a oportunidade de participar de evento comemorativo ao World Squash Day

fonte: Manoel Pereira e Virtual Squash

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Câncer de próstata - um vilão mascarado pelo preconceito


A falta de cuidado com a prevenção do Câncer de Próstata tem nome - preconceito e ignorância 

Preconceito e falta de informação são a combinação que mascara o Câncer de Próstata no Brasil. Uma doença cuja incidência é de 62,5 casos para cada 100 mil brasileiros tem que ser observada com olhos mais atentos. Quer saber o tamanho do problema em números? A Sociedade Brasileira de Urologia realizou uma pesquisa com 1061 homens de 10 capitais brasileiras, na faixa entre 40 e 70 anos. 76% dos entrevistados reconhece a importância do exame de toque na prevenção da doença, mas só 32% já haviam realizado o exame. E o toque é o exame capaz de detectar com imensa precisão a existência ou não do Câncer de Próstata. Mas o cara não faz, porque tem medinho ou vergonha do que a galera do serviço ou da cerveja possa dizer da famosa “dedada”. “Aqui, só sai, nada entra.” Quem já não ouviu essa pérola em mesa de amigos? Resignação pode matar...

E é preconceito mesmo, porque a pesquisa também aponta que 77% apontam que quem não faz o exame é por preconceito, mas só 8% admitem tê-lo. É belo e bonito fazer campanha pregando para que as mulheres façam o exame preventivo do Câncer de Mama - 52 casos pra cada 100 mulheres em 2012, segundo pesquisa do INCA. Mas, quando o assunto é a fragilidade masculina, entra em cena o politicamente correto, essa praga nossa do dia a dia. Há quem defenda que faz o PSA (o exame de sangue) e que isso já seria prevenção. O PSA é um marcador tumoral detectável no sangue. Seus níveis apontam para a presença ou não do Câncer de Próstata. Porém segundo os especialistas, o protocolo mais seguro é a conjugação dos dois exames – PSA e toque. Os dois exames juntos são o pacote seguro para a ação preventiva.

E ignorância pode parecer agressivo, mas deixando o pejorativo de lado, é isso mesmo. Quanto mais escolarizado o camarada, mais ele sabe sobre a doença (o que não quer dizer que mova sequer um dedo pela prevenção). Os dados mostram que 79% dos entrevistados com nível universitário já foram a um urologista enquanto apenas 46% do pessoal que tem até o ensino fundamental já procurou o médico. O desconhecimento completo sobre a doença e qualquer tipo de exame é maior nas classes C e D (38%), enquanto que nas classes A e B apenas 5% nunca ouviram falar.

Jogue o machismo de lado e sê dê essa chance. Homem que é homem enfrenta isso e faz o exame. Ou vai ficar com essa de “aqui tudo saí, nada entra...”? Depois, vai ser tarde demais pra bancar de machão. 

fontes: Portal do INCA, Portal da Saúde, Wikipedia, Instituto Oncoguia