domingo, 29 de julho de 2012

BRINCANDO DE SQUASH


O aumento no número de praticantes o Squash traz também um problema já comum a outros esportes. Tem pai que, na tentativa de realizar no filho algo não realizado consigo mesmo, acaba obrigando a criança a praticar esportes ou atividades com os quais não se identifica. Isso interfere no desenvolvimento motor natural e deixa a criançada cada vez mais frustrado, destruindo o que possa ser um futuro talento esportivo.  Em alguns casos a criança tem dom para o Squash e a cobrança precoce acaba prejudicando todo o processo de aprendizado.

Volta e meia aparece um pai ou uma mãe perguntando com quantos anos pode iniciar o filho no Squash. Minha resposta geralmente é por volta dos oito anos de idade, mas de forma lúdica, sem especialização dos movimentos. Crianças próximas dos 10 anos devem brincar explorar o mundo de forma abrangente, com movimentos gerais, vivenciando todo e qualquer tipo de atividade, sem muito compromisso e pressão. Sou a favor da prática de ginástica olímpica nesta primeira década de vida. A modalidade explora todos os tipos de movimento possível, dando uma coordenação motora e um desenvolvimento motor esplêndido para os infantis. Óbvio que isso se aplica também ao aprendizado do Squash, mas deve ficar bem claro para os pais que especialização precoce dos movimentos esportivos para a criança atrapalha seu desenvolvimento. De que adianta ter uma criança que faça um movimento de backhand perfeito para o Squash, mas que não tenha agilidade ou coordenação para se deslocar de forma rápida e qualificada para golpear a bola?? Ou ainda pior, muitas vezes a criança tem um dom natural e, com seus 10 ou 11 anos já consegue jogar de igual para igual com os adultos. Mas quando chega aos seus 14 ou 15 anos, idade boa pra deslanchar na modalidade, perde a vontade de praticar devido ao inicio precoce. Faça as contas: se uma criança começa no Squash com uma rotina de aulas aos seus 5 ou 6 anos, como será quando tiver 15 ou 16 anos? Ela passou 10 anos de sua vida jogando Squash, em uma rotina cansativa de atleta. Quando tiver a oportunidade de escolher o que quer, aumenta a chance de escolher outra coisa pra fazer, o que já vi acontecer inúmeras vezes.

Por tanto, ATENÇÃO pais que gostariam de ver seus filhos brilharem nas quadras de Squash: primeiramente desperte o interesse dele, inspire seu filho ou filha desde cedo, sem compromisso algum. Dê uma raquete para se familiarizarem, leve a em alguns campeonatos para brincarem com raquete e a bola, faça pegar gosto pela coisa. Mas a vontade tem que vir naturalmente - coisa fácil de acontecer, pois toda a criança se apaixona pelo Squash. Segunda dica: calma. Não ponha a carruagem na frente dos bois, só por que seu filho demonstrou interesse ou leva jeito para coisa. Não o enfie em uma quadra e faça-o praticar, apenas o deixe explorar. Se quiser colocá-lo para fazer aula ATENÇÃO para o tipo de aula. Se seu filho tem menos de 10 anos, observe se as aulas já não estão muito especializadas, com muitos movimentos específicos do squash. O professor deve trabalhar ensinando técnicas com brincadeiras e atividades que trabalhem saltos, deslocamentos, corridas, cambalhotas..., a criança deve brincar de Squash, para todas as habilidades motoras da fase sejam exploradas. E quando tiver com 15 ou 16 anos terá desenvolvido vontade e habilidade para jogar Squash.

Priorize um planejamento de ensino, tenha paciência, não exija resultados das crianças, não as pressione. O ensino é um processo que de movimentos gerais gradativamente para a especialização. Isso leva tempo e requer paciência. Se seu filho quiser ele será um bom jogador ao longo de 6 ou 7 anos, e não dali 1 ou 2 anos. Não torne seu filho ou filha um fenômeno aos 10 ou 11 anos de idade e um frustrado aos 15. Muito dialogo nesta fase é importantíssimo. Seja paciente e para enxergar a vontade do seu filho e não a sua.  

Fabio Milani  - Professor de Educação Física pela Universidade de Maringá. Pós Graduado em Atividade Física e Saúde pelo Centro Universitário de Maringá. Professor e Técnico da Equipe de Squash de Maringá e Londrina. Campeão paranaense 1ª classe de Squash - 2011

Um tablet menor, mais leve, mais barato


Será que o Nexus 7 é tudo isso mesmo?

Nexus 7 versus Ipad
Apple já pensa num tablet menor

Tablets foram invenção da Apple e não é à toa que detém 68% deste novo mercado – até o aparecimento do Nexus 7, o tablet do Google - dias depois do lançamento, o brinquedo desapareceu das prateleiras nos Estados Unidos. O que ele tem: menor (tela de 7 polegadas), mais leve (pesa quase a metade do que pesa um Ipad) e mais barato (metade do preço). Perde apenas na capacidade de armazenamento (enquanto a Ipad vem nas versões 16, 32 e 64Gb, o Nexus 7 vem apenas com 8 e 16Gb). É do DNA da Apple ouvir a voz do mercado e mudar. E a voz do mercado é inclemente: o Nexus 7 agradou tanto que a Apple tirou da gaveta o projeto de lançar um tablet menor em breve. Quem ganha com a briga, claro, é o consumidor.

Hoje Apple e Google são as protagonistas que disputam a preferência do consumidor. Nos smartphones, Google tem 56% do mercado (com o programa Android) e Apple, 23% (Iphone). Já nos tablets a coisa inverte: 68% é Apple e 28%, Android. O parceiro do Google até então era a LG. No projeto Nexus a Asus entra só com a mão de obra. 

Segundo o presidente da Android, o brasileiro Hugo Barra, falatava um equipamento que combinasse tamanho, processador rápido e oferta de aplicativos – atributos do Nexus 7. Segundo ele, ao tentar usar um tablet de tela grande pra jogar ou ler na cama, “ele passa, em pouco tempo, a pesar como um tijolo”.

Agora uma curiosidade: uma seguradora americana, a Square Trade, quis saber qual o tablet mais resistente e fez o texte: derrubou os dois de uma altura equivalente a de um adulte em pé e depois os mergulhou na água. O Ipad tele a tela trincada e o áudio parou de funcionar, enquanto o Nexus 7 continuou funcionando normalmente, apesar da tele riscada e do banho (veja video abaixo).  Não existe ainda previsão de quando  Nexus 7 vai ser lançado no Brasil.

       
Fontes: Revista Veja, Terra tecnologia e techtudo.com 


quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Endoscopista tem seu Dia - 25 de julho


Mais de 100 anos entre os primeiros
endoscópios e a cápsula

Em 2010, foi instituído o dia 25 de julho como o dia do Endoscopista. A Endoscopia evoluiu absurdamente desde sua fase rígida (todo o século 19 até 1932). Antigamente, o bicho pegava, era uma coisa bárbara – o que existia era rudimentar demais e o uso de tubos rígidos, iluminados apenas com uma pequena chama (fogo nas entranhas mesmo), espéculo retal e outros horrores eram comuns. Os resultados eram bem limitados e os riscos, enormes. Hoje, a endoscopia é um exame super tranquilo, seguro e que ajuda no tratamento e prevenção de um sem número de doenças. A endoscopia hoje não é só diagnóstica, mas também terapêutica e uma forte aliada do médico e do paciente, pois muitas vezes evita cirurgias invasivas e arriscadas.

Há pouco mais de uma década, outro grande avanço da endoscopia contribuiu para a melhoria no diagnóstico e tratamento das doenças do aparelho digestivo. A pesquisa e a tecnologia transformou em realidade o que até há pouco tempo parecia ficção científica: a chegada da Cápsula Endoscópica. O seu aparecimento permitiu um diagnóstico mais preciso, mostrando-se fundamental para que o Endoscopista possa indicar o tratamento mais adequado. Esse breve histórico prova que a inovação não parou por aí.

Parabéns aos Endoscopistas por tanta contribuição à saúde.

fontes: site da SOBED, Given Imaging Website.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Mundo "entre aspas" 23


Pablo Neruda

“Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.” (PABLO NERUDA) 

Uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos melhores contra-argumentos: sinal do caráter forte. Também uma ocasional vontade de se ser estúpido. (Friedrich Nietzsche)

Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado. (Machado de Assis)

domingo, 22 de julho de 2012

Truvada e o HIV - aprovação pelo FDA e polêmica


Truvada - aprovado pelo FDA
para a prevenção do HIV

Quando gente famosa começou a morrer de AIDS lá pelo final dos anos 70, a doença ficou mundialmente conhecida e o medo foi lentamente mudando comportamentos. Eram tempos onde ter o vírus significava uma expectativa de vida de, no máximo, uns 5 meses – isso até surgirem os antirretrovirais. Daí pra frente tem sido uma batalha pela busca da cura e cujos resultados tem representado um avanço sem precedentes na história da medicina. A mais recente notícia foi a aprovação pelo FDA do Truvada (produzido pela Gilead Sciences e disponível nos EUA desde 2004) no tratamento preventivo do HIV nos Estados Unidos. Após 3 anos de estudos, ficou comprovada a capacidade do medicamento, já usado em soropositivos nos EUA, de reduzir em 73% o risco de contaminação por pessoas que não tenham o vírus. Um bom exemplo: casais em união estável onde um dos dois não seja soropositivo. A decisão tem dividido a opinião dos especialistas que temem por atitudes mais desregradas e descuidadas e ao uso indiscriminado do Truvada.

O medicamento não está disponível no Brasil, apenas por importação e a posição do Ministério daSaúde no reforça a cautela: Em seus site, o Ministério não o indica e marcou posição firme – segundo a nota, embora os estudos em ambiente científico tenham se mostrado eficazes, nada garante esses mesmos resultados “na vida real”, como estratégia de saúde pública aplicável. E, muito embora os resultados se mostrem eficazes no tratamento do HIV, pouco se sabe sobre profilaxia, principalmente no que diz respeito à efeitos adversos, adesão do paciente e resistência do vírus. Reforça a prioridade do Programa DST/AIDS à pratica de sexo seguro e ao uso de preservativos.     

Até o momento, o que existia pra conter o vírus era tomado após a pessoa já tê-lo contraído. O Truvada age impedindo a entrada do vírus nas células CD4, que perfazem a primeira linha de defesa do organismo. Ocorre que existem pelo menos 500 subtipos do vírus e cerca de 10% destas variantes se mostram resistentes ao remédio. Não fosse esse “detalhe”, a eficácia seria de 100% e não pouco mais de 70%.  O número de pessoas infectadas anualmente no mundo é de cerca de 2,5 milhões e no Brasil, mais de 30 mil (índice próximo aos casos de câncer de pulmão e cólon/reto registrados no país). Se por um lado, o avanço nos tratamentos nessa área é enorme, por outro lado, números mostram o tamanho da lição de casa quando o tema é prevenção. E não será o Truvada que, mesmo sendo um forte recurso na prevenção da disseminação do vírus, vai fazer qualquer tão esperado milagre.

fontes: INCA, Revista Veja, Gilead website, Agência de Notícias da AIDS, Site do Ministério da Saúde. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dia do Amigo - curiosidades

Enrique Ernesto Febbraro
idealizador do Dia do Amigo
Interessante dizer que o Dia do Amigo nasceu da iniciativa de um dentista argentino, que também é músico e professor, Enrique Ernesto Febbraro. O 20 de julho foi escolhido por ele por considerar a chegada do homem à lua uma possibilidade para fazer amigos em todo o universo.  Como sócio-fundador e membro ativo do Rotary Club, não economizou esforço pra tornar a data oficial na Argentina - levou 10 anos. Febbraro chegou a enviar mais de 4 mil cartas a diversos países em diversos idiomas pra defender seu pleito. Tanto empenho lhe valeu duas indicações ao Prêmio Nobel da Paz.

Graças à ambição exemplar desse dentista hermano, posso desejar aos meus amigos e amigas um forte abraço. Pra variar, celebrado com música – Paradise, com Coldplay.

(só não me mandem "beijo no coração", por favor. Não sei quem inventou isso, mas não dá...)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sobre Alzheimer


Cientistas criam técnica para detectar Alzheimer antes de sintomas

Um grupo de cientistas americanos desenvolveu uma técnica para detectar sinais do mal de Alzheimer 25 anos antes de a doença apresentar seus primeiros sintomas. A pesquisa é a porta de entrada para tipos de tratamentos precoces que podem se tornar a melhor chance da medicina para combater a enfermidade. Os cientistas, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, selecionaram para o estudo pacientes britânicos, americanos e australianos que possuem risco genético de desenvolver a doença. Dos 128 pacientes examinados, 50% têm chances de herdar uma das três mutações genéticas conhecidas pela ciência que provocam o mal de Alzheimer. O grupo também tem chance aumentada de começar a sofrer da doença a partir dos 30 ou 40 anos - muito mais cedo que a maioria dos pacientes de Alzheimer, que em geral desenvolvem o mal na casa dos 60 anos. Pacientes com tendência a Alzheimer possuíam níveis anormais de uma proteína no cérebro. 
Os pesquisadores analisaram os pais dos pacientes para descobrir com que idades eles haviam desenvolvido a doença. A partir disso começaram a tentar avaliar quanto tempo antes disso era possível detectar os primeiros sinais da enfermidade. Foram realizados exames de sangue, de líquor (fluído cerebrospinal), de imagens do cérebro e também avaliações de habilidades mentais nos pacientes. Os pesquisadores descobriram, então, que era possível detectar pequenas mudanças no cérebro de quem possuía alguma das mutações que no futuro levarão ao surgimento do Alzheimer. Eles sugerem que a primeira mudança, uma queda nos níveis da proteína conhecida como amiloide - componente-chave dos neurônios - no fluido cerebrospinal, pode ser detectada 25 anos antes do aparecimento dos sintomas da doença.
 
Por volta de 15 anos antes do aparecimento da doença, pacientes já apresentavam níveis anormais de placas b-amiloides. Além disso, imagens do cérebro revelaram encolhimento em algumas regiões do cérebro desses pacientes. Dez anos antes dos primeiros sintomas foram detectados problemas de memória e um processamento anormal da glicose no cérebro dos estudados. Em pacientes que não possuíam as mutações, não foram detectadas alterações nesses marcadores. Os resultados da pesquisa foram publicados no New Englando Journal of Medicine."Essa importante pesquisa mostra que mudanças-chaves no cérebro, relacionadas à transmissão genética da doença, acontecem décadas antes do aparecimento dos sintomas. Isso pode gerar grandes implicações para o diagnóstico e o tratamento no futuro", afirmou Clive Ballard, diretor de pesquisa da Sociedade de Alzheimer. "Os resultados de pacientes com Alzheimer herdado por fatores genéticos parecem similares às mudanças provocadas em casos não-genéticos, na forma comum da doença", disse Eric Karran, diretor de pesquisa da Sociedade Britânica do Alzheimer. "É provável que qualquer novo tratamento para Alzheimer deverá ser iniciado mais cedo para ter a melhor chance de sucesso". "A habilidade para detectar os primeiros estágios da doença de Alzheimer não só permite que as pessoas planejem e tenham acesso aos cuidados e tratamentos existentes mais cedo, mas também permitirá que novas drogas sejam testadas nas pessoas certas, na hora certa".

fonte: BBC Brasil (matéria na íntegra)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

13 de julho - Dia Mundial do Rock

Dia Mundial do Rock. Entre tantos "Ai se eu te pego.." e "É teeenso...", ou "Tcha, tcha, tchu, tchu...", alguma coisa tem que ser dita ao menos nesse dia. Não tenho a pretensão de dar uma de Nelson Mota dos pobres, fazer aqui uma super análise do Rock. Resolvi então saudar os responsáveis pelo início de tudo.
Bill Haley e Elvis - o começo de tudo

Rock and Roll significa mesmo "balançar e rolar" e fazia parte da gíria dos negros americanos desde o início do século 20 - analogia ao ato sexual. Com Bill Haley e Elvis Presley, a expressão virou um estilo que misturou country (música de branco) e os ritmos negros, como o blues e o "gospel". Quem deu fama ao nome foi o DJ Alan Freed, o avô dos DJs popstar e cujo programa de rádio foi o principal lançador de talentos, dando uma mãozinha na popularização do rock. Naquela época, um branco rebolando e cantando músicas de negro chocou absurdamente - algumas redes só mostravam Elvis da cintura pra cima. Outra curiosidade: tem uma corrente que defende que os Beatles acabaram com o Rock pra dançar e criaram o rock pra cultuar. Dali pra frente é difícil achar uma banda que não tenha os caras como uma das fortes referências - histórias do rock.  O rock foi tão transformador que gerou filhotes - e muitos. É o rock psicodélico, progressivo, hard rock, glam rock, folk rock, indie rock, heavy metal. O termo Rock ando Roll então acabou sendo sinônimo de rock básico, puro, som original. Sem mais blá, blá, blá. Duas bandas legais pra caramba abaixo - os vovôs do ZZ TP e o Chickenfoot - essa última com Joe Satriani na guitarra e Sammy Hagar, ex Van Halen, nos vocais. 

Rolling Stones - 50 anos de satisfação (!?)

Rolling Stones em comemoração aos 50 anos, em Londres
Mentiria se dissesse que os Rolling Stones são minha banda preferida. Não são. Tenho dois CDs deles ganhados de aniversário e alguns vídeos baixados, muito pouca coisa. Não pagaria por um ingresso e mediaria todos os esforços pra sequer considerar a possibilidade de ver um show deles, por exemplo, na Praia de Copacabana, como aconteceu em 2006. Amigos meus se deram ao trabalho de sair de São Paulo só pra acampar lá, ver o show e voltar. Estrada, noite mal dormida, sem comida, sem banheiro descente, dormir na areia, espera e a ressaca (porque ninguém é de ferro). Admiro a pegada de um fã ferrenho, mas não combina comigo. Voltando aos velhinhos duros na queda, em 2012 os caras chegam aos 50 anos de carreira artística. No Livro Mick Jagger e os Rolling Stones, do alemão Willi Winkler, Jagger afirma sem meias palavras o seu conceito de longevidade: Os Stones é um grande negócio. Não tem como discordar. Aliás, não vou ficar aqui repetindo o que a imprensa diz sobre os 50 anos dos Stones, senão fica chato. Prefiro uma passagem desse livro, que recomendo, por ser uma colagem bem legal sobre a tragetória da banda.
Numa ocasião qualquer, durante a gravação de um disco, Mick Jagger e Keith Richards passam a noite compondo e bebendo num hotel de luxo. Pra variar, fazem isso como se fosse a última vez. No dia seguinte, dia de ensaio em estúdio. Mick Jagger, com a cabeça estourando e mau humorado, liga pro quarto de Charlie Watts aos berros: “- Onde está meu baterista? Onde está meu maldito baterista??”. Watts desliga o telefone, se arruma, coloca o terno, seus sapatos italianos, camisa de linho branca impecável. Desce pelo elevador e, ao encontrar Jagger, pega o cara pelo colarinho, dando-lhe um soco de esquerda e arremessando o magrelo encima de uma travessa de salmão: “- Nunca mais me chame de seu baterista, você que é meu maldito cantor!”. Lenda ou não, nada mais Rolling Stone. Cheers!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Museu da Pessoa - todo mundo é um acervo

Ganhei um livro do meu amigo Dr. Ricardo Tedeschi“De onde vim, aonde cheguei”, escrito pelo Sr. Orlindo Tedeschi, avô do Ricardo. Com mais de 90 anos, muito trabalho e dedicação à família, Seu Orlindo achou que deveria deixar tudo em livro. E o fêz. Faleceu aos 94, deixando um legado. Lendo o livro, ganha sentido pra mim o fato de que histórias de pessoas comuns, célebres ou não, são partes da uma memória coletiva. E não tem forma mais autêntica de passar o bastão adiante do que essa – contar histórias. Vendo o orgulho com que Ricardo me confiou um exemplar do livro do Seu Orlindo, disso eu não tenho dúvida.
Não conseguia dormir, me peguei pensando então no meu avô. Por parte de pai. A família do meu pai sempre me pareceu pequena, as pessoas não cultivaram o hábito do convívio, assim não criaram redes, os primos se perderam. As gerações que vieram tiveram cada vez menos filhos. Então o caminho natural é o desaparecimento. Não é um assunto lá muito relaxante pra conciliar o sono, mas aquilo me perturbou. Sempre soube que meu avô era uma pessoa da qual todos gostavam, mas por mais que meu pai se esforce, ter saído cedo de casa e meu avô ter morrido novo teve um preço - as histórias sobre ele são realmente poucas. E ainda por cima, os poucos que gostaram dele foram morrendo. A mistureba de gente e as sucessivas gerações vão ficando só com as fotos, ninguém pra contar os detalhes, pra por legenda nas fotos. Lembrei de um erro de interpretação, fruto da minha imaginação infantil: por muito tempo achei que o pai do meu avô era maquinista de trem. Qual nada - consertava máquinas de costura, acho. Não que o oficio não seja igualmente nobre, mas digamos que pra uma criança, um tanto menos glamouroso. Já pensou se um erro destes se perpetua? Comecei a suar. A memória do meu avô se vai com o fim da família? Não pode. Aquilo me incomodou de tal maneira que uma tristeza se abateu, espécie de culpa. Levantei e fui pra internet. Lembro que tinha lido alguma coisa sobre a preservação da história das pessoas e não custou muito, coisa de 20 minutos, pra eu encontrar algo que me desse alivio: uma matéria de jornal sobre o Museu da Pessoa. Engraçado isso, mas alguém um dia encasquetou que bastava ser uma pessoa para ser acervo. Achei a pessoa: Karen Worcman, historiadora, fundadora e diretora do Museu da Pessoa. Então existe mesmo um museu que coleciona gente.
Karen Worcman
"Toda pessoa é, na verdade, um acervo pra sociedade"
 Segundo Karen, ainda na faculdade, após ter entrevistado mais de 90 pessoas para um trabalho sobre a chegada dos judeus ao Brasil, teve o insight. A pessoa morre, mas o seu “Eu” verdadeiro fica – era o que dizia uma das velhinhas entrevistadas, aliviada por ter contado a sua história. Karen, começou então a trabalhar. Juntou a função social da história com o valor que cada história de vida continha e fundou o Museu. Começou com acervos em fita cassete, vídeos. Hoje, após mais de 20 mil histórias coletadas, a web é o caminho natural de interação. Atualmente com mais de 30 pessoas engajadas, além do site, o Museu tem uma sede na Vila Madalena, São Paulo. Para sobreviver, vendem projetos de memória para empresas privadas (por exemplo, Vale e Votorantim), recebem patrocínios tanto de empresas públicas quanto privadas, além do apoio financeiro do Ministério da Cultura.  
Qualquer um pode procurar o Museu da Pessoa pra contar sua história e imortalizá-la. Pode mandar o material pro site, ir até o museu ou mesmo participar das “Cabines itinerantes” – um pesquisador, vez por outra, monta um bureau numa praça ou mercado e se põe a ouvir histórias. Lendo mais a respeito, soube que iniciativas como esta também surgiram em Portugual, no Canadá e nos EUA. Mas todas após o Museu começado por Karen Worcman. Ainda não contei a história do meu avô. Mas no momento certo, já sei por onde começar - Museu da Pessoa. Obrigado, Karen.
Para conhecer o Museu da Pessoa, clique aqui.
fonte: site do Museu da Pessoa e Veja Online.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

HORMÔNIOS FEMININOS - A Revolução chamada Modulação Hormonal Bioidêntica

by Dr. Victor Sorrentino

A palavra hormônios para mulheres costuma remeter a sentimentos variáveis principalmente dependendo de suas idades. Tradicionalmente as jovens em geral estão sempre em busca da pílula anticoncepcional perfeita (para seu corpo), enquanto que as de meia idade e acima já entram na preocupação com a tão temida e até pouco tempo atrás, sem solução, menopausa. Mas hoje com a crescente procura por academias e quantidade cada vez maior de mulheres com corpos esculpidos, existe também uma preocupação quanto ao que fazer para conseguir obter o melhor do metabolismo hormonal individual. Neste ponto as questões são: como algumas mulheres conseguem verdadeiramente esculpir seus corpos através “dos mesmos esforços” que outras, as quais parecem não obter resultados efetivos quando falamos na relação gordura/músculos?

Bom, muitas são as questões e para todas hoje temos respostas. Culpar unicamente a genética, o que antes tínhamos como regra na medicina e infelizmente ainda é de forma obsoleta aceito e ensinado nas universidades, já foi completamente desmistificado e por isso avançamos no sentido de ter respostas e opções reais de tratamento. Hormônios são de fato o alicerce para uma gama imensa de funções endógenas e saber otimizá-los faz TODA diferença na vida de qualquer indivíduo, não só nas mulheres. E é sobre isto que vou escrever hoje para vocês. Um assunto mais voltado ao público feminino, mas que é muito válido para homens também, que convivem com filhas, mães, avós e principalmente companheiras e esposas: A revolução da modulação hormonal! Para acessar a matéria na íntrega, clique aqui.

Dr. Victor Sorrentino - Médico, Pós-Graduado em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Santa Casa do RJ; Membro da World Society Interdisciplinary Anti-aging Medicine; Membro da "The International Hormone Society"; Membro da American Academy of Anti-Aging Medicine. Sócio-proprietário da Clínica Sorrentino de Cirurgia Plástica.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mude o mundo em 18 minutos

Por Luiz de Souza

Bill Gates fala na Conferência TED de 2010
Desde que o mundo é mundo tem gente querendo mudá-lo. Mas pouca gente efetivamente o consegue.  Trata-se hoje, mais do que nunca, de uma causa bastante popular entre empresas e pessoas bem sucedidas. Só que no passado não era algo intencional. Churchill, em 10 de maio de 1940 usou 5 minutos e 11 segundos para convencer os ingleses a resistir aos nazistas “...sangue, suor e lagrimas..”. E este discurso mudou o mundo. Roosevelt só precisou de 6 segundos em 1933 para, na pós-depressão, começar o melhor governo da história dos EUA com a frase “não há nada a temer além do próprio medo”. Martin Luther King, em 1963 usou 17 minutos para virar o jogo mundial contra o racismo, com o célebre discurso “I have a dream”. E com estes e outros brevíssimos speeches ficou provado que conceitualmente, em menos de 18 minutos é possível mudar o mundo.  Hoje, as tentativas de mudar o mundo se tratam de um verdadeiro determinismo coletivo. Ao ponto de envolver marcas famosas como Rolex, Tiffany, Gucci, Audi, Coca-Cola, Shell e IBM, no patrocínio de eventos dirigidos especificamente à causa. E a menina dos olhos dos mudadores de mundo no século XXI atende pelo nome de TED, verdadeiro fenômeno da comunicação nos dias de hoje. Evento anual que nasceu com o nome objetivo, simples e direto de Tecnologia, Entretenimento e Design, é realizado em San Francisco mas extravasou para outros auditórios mundo a fora e, o que melhor para todos os mortais, está na rede. São mais de 1.200 palestras, proferidas em no máximo 18 minutos sem cortes pelos autores das mudanças do mundo que contam suas estórias pessoais e suas idéias originais que fizeram a diferença, traduzidas por voluntários para o português-brasileiro. Entre os palestrantes estão Bill Gates, James Cameron (do Avatar e Titanic), Graic Venter (DNA humano), Bill Clinton, Al Gore, Hans Rosling (médico sueco), Larry Page, Tim Barners-Lee (pai da WWW) e centenas de outros. E o TED é sucesso com mais de 700 milhões de acessos diretos a seus vídeos de 18 minutos, que podem ser baixados, usados e publicados por outros sites gratuitamente. Atribua-se também este sucesso à credibilidade das apresentações. É como se, ao em vez de ler um livro sobre o descobrimento do Brasil a gente pudesse assistir uma palestra de Pedro Álvares Cabral.  Outro fator desta verdadeira explosão de aceitação dos seminários (ingressos sempre esgotados nas dezenas edições ao vivo pelo mundo) também na rede, é a proposta inovadora num momento em que a informação, embora produzida e disponibilizada em larga escala, é dispersa, replementar e muitas vezes contraditória. O formato do TED possibilita que os interessados possam digerir facilmente os conhecimentos disponibilizados nas palestras, consumindo as idéias nos mesmos 18 minutos que se leva para comer um Big Mac com Coca Cola. Ou seja, é um fast-food do conhecimento prático de como mudar o mundo.

E fiquemos tranqüilos, pois não é nada enjoativo. As regras impostas aos palestrantes convidados incluem a proibição de fazer auto-elogios, de falar sobre o óbvio, fazer propaganda política, religiosa e de seus produtos. Por isto, no TED a basic proposition é só se ouvir o inédito. O proprietário desta belezinha de difundir idéias e gerar discussões around-the-world é Chris Anderson, um paquistanês de 55 anos – homônimo do editor-chefe da Wired - que em 2001 comprou o negócio deficitário em estado pré-falimentar do arquiteto Richard Wurman. Na época tratava-se de um evento anão, mas muito prestigiado n’um circulo quase fechado do design e tecnologia. Chris implementou o formato vigente e tornou-se em si mesmo um case a ser apresentado. Não sei se já o fez. Vale à pena marcar este encontro, na hora que você tiver tempo na sua agenda, para conviver 18 minutos com estas cabeças coroadas do turn-around global do fim do século XX e início do XXI. É um menu irresistível de prêmios Nobel, Oscar, Pulitzer, Pritzker, etc. Veja abaixo a conferência de Bill Clinton em 2007, sobre a ajuda humanitária à Ruanda. E bom proveito.