sábado, 31 de março de 2012

Relaxe e dance - Mr. Joe Satriani

Conforme prometido aos leitores do blog, vamos trazer clips de Joe Satriani por aqui. Apesar de Joe ter clássicos sucessos conhecidos, pouca gente associa o cara à música. Essa música, por exemplo, é super conhecida no Brasil. Já esteve no Brasil por diversas vezes, uma delas no Programa do Jô (clique aqui).

Ideal pra quando se precisa desvia a atenção por uns minutos de um trabalho estressante. Ponha os fones, afrouxe a gravata e se dê 5 minutos de direito. Summer Song. Com vocês, Mr. Joe Satriani.

terça-feira, 27 de março de 2012

Mitos do Squash


Existem vários mitos e folclores sobre o Squash - fuja deles e divirta-se!

O Squash é um dos esportes que mais cresce no mundo e forte candidato as Olimpíadas de 2020, mas ainda tromba com muitos mitos que atrapalham sua ascensão. Tem pouca informação e divulgação nas mídias de massa, dificilmente se escuta falar do Squash na televisão. Já vi passar campeonato de bolinha de gude em canais fechados da tv a cabo, mas nada do Squash. Um esporte que merece um pouco mais de atenção da mídia. Graças a essa falta de informação, quando sou questionado sobre o que eu faço e respondo que dou aulas de Squash, não raro escuto: "ah Squash, sei, aquele na água né...".

Existe um estigma de que é um esporte de muita complexidade, que agride o corpo (principalmente joelhos e a coluna) pelo impacto – ledo engano. As quadras oficiais de Squash possuem um sistema peculiar de absorção de impacto. A madeira por si só já amortece, mas além disso, essas quadras possuem um sistema de camadas de borracha por baixo dos tacos. Esse sistema ajuda proteger contra o impacto com o solo. A maioria das quadras possui este sistema, mas convém sempre conferir - observe alguém saltando no meio da quadra e é fácil notar se tem ou não o amortecimento. Sobre a complexidade do jogo, é o que eu sempre digo: o Squash é muito fácil de jogar. Acertar uma bola preta com uma raquete em uma parede de 5m x 6m e começar a correr atrás dela quando retorna pra você não parece ser algo de outro mundo. Já tentou entender as regras do baseball ou do futebol americano assistindo um único jogo?

Outra pergunta que escuto com frequência é sobre a disparidade dos braços. Por ser um esporte unilateral (que trabalha apenas com um braço), as pessoas tem medo de ficar com braços desiguais, ou desvios posturais. Isso é raro, só em casos extremos de atletas ou professores que treinam muitas horas por dia. E pode tranquilamente ser evitado com exercícios de compensação para o braço que não se usa. Se você é um aluno semanal, a diferença será quase imperceptível, em razão do pequeno peso da raquete e da bola. Ambos não oferecerão muita resistência aos músculos trabalhados no ato de golpear a bola. O maior risco do Squash talvez esteja em um iniciante acertar o parceiro com a bola ou a raquete - é verdade. Geralmente o resultado é a dor da pancada, mas pode ser grave se o local atingido forem, por exemplo, os olhos. Mas isto é assunto pra outro post. Apenas adiantando: use óculos protetores específicos para Squash e tá tudo certo. Não tem? Ok, mas certamente você tem uma furadeira em casa. Na maleta dela, repare um óculos de proteção gigante, todo transparente. Também serve!

Para finalizar, nunca inicie um exercício físico sem a parceria de um profissional especializado e nisso, o Squash não foge à regra. Vejo pessoas entrando em quadra sem aulas (tipo pelada de fim de semana) ou com profissionais desqualificados. Isso poderá causar "vícios" de execução da técnica limitando o seu jogo e prejudicando a sua aprendizagem no longo prazo. Sem orientação correta, o aluno faz os movimentos errados podendo lesionar articulações. Sem metodologia correta ministrada pelos professores, o aluno se posiciona e se desloca de forma errada em quadra, correndo o risco de ser atingido pela raquete do adversário. Quer um conselho “do bem”? Procure um professor e quebre os mitos que te venderam sobre o Squash. Venha se divertir e suar um pouco na quadra mais próxima de você. E não acredite em tudo o que te disserem sem ter, ao menos, tentado.

Fabio Milani 
Professor de Educação Física pela Universidade de Maringá. Pós Graduado em Atividade Física e Saúde pelo Centro Universitário de Maringá. Professor e Técnico da Equipe de Squash de Maringá e Londrina. Campeão paranaense 1ª classe de Squash - 2011

sábado, 24 de março de 2012

Facebook - a luxúria e o dragão da maldade

O submundo tecnológico está cheio de mascarados na web, gente que se passa por outra pessoa pra conseguir informações ou apenas pra bagunçar seu perfil em redes sociais. Isso não é novo, desde que o Orkut surgiu, esse tipo de pirataria veio crescendo junto. Foi, aliás, o motivo de eu ter caído fora do Orkut anos atrás. Meu perfil tinha sido clonado, apareceram umas mensagens estranhas, bagunçaram tudo. Me senti abestalhado e ingênuo quando vi aquilo. "Puf", deletei o perfil e vida que segue. 
Então surge o Facebook com a promessas de mais filtros, mais privacidade, menos riscos. Pode até ser, mas isso não existe sem a atitude preventiva do usuário. É como na vida real, sexo sem camisinha não tem garantia alguma de nada. Nas redes, se aceitamos tudo quanto é amigo, estamos aceitando também o risco de spams e ataques virais. É o que nos diz uma pesquisa da empresa Barracuda Networks, especializada em segurança na web – eles identificaram um padrão na conduta dos perfis falsos. Veja os números:
·    Cerca de 97% são de mulheres. No mundo real, apenas 40% dos perfis são femininos.
·    60% dos perfis se revelam bissexuais enquanto que no mundo dos perfis verdadeiros essa média cai pra 6% (repito: DOS PERFIS, não das mulheres).
·    Um perfil falso também é pródigo em amigos. Enquanto um amigo de verdade tem média de 130 amigos, os falsos extrapolam os 700, quase sempre.
·    68% dizem ter curso superior, quando a média real é de 40% dos perfis.
·    43% desses falsos amigos nunca atualizam seus perfis.
·    A cada 4 fotos, o fake aparece marcado 136 vezes. No mundo real, a marcação é de uma para cada quatro fotos.
Caso queira ver o infográfico da pesquisa, acesse aqui. Pesquisa é uma amostra da realidade e ponto. Não tem como ficar analisando todo mundo que entra na minha rede. Mas é importante saber que, se você aceita todo mundo como eu (principalmente em função do Blog – awareness), corre muito mais risco do que pessoas de comportamento mais restritivo. Somos uma porta pra malwares e propagandas indesejadas. Cuidado com aquela gata de parar o trânsito, com curso superior, tem um monte de amigos, que curte uma relação bissexual, aparece marcada em um monte de fotos e cujo status nunca muda. A ameaça em forma de dragão da luxúria deseja morar no seu perfil. Vai aceitar?
fontes: código fonte website, estadao.com, barracuda labs website, wikipedia e tecmundo website 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jorge Ben Jor - sucesso aos 70 (ou 67)

Não é todo artista que pode se dar ao luxo de chegar aos 67 anos com um dilema: mesmo que o show tenha 3 horas de duração, o público vai acabar percebendo a falta de uma ou outra música. Jorge Ben Jor é assim. Tem tantos hits que um show nunca chega pra tocar tudo o que produziu em 50 anos de carreira. Jorge Duílio Lima Meneses queria jogar futebol, mas não deu. Enveredou pra música, tocando pandeiro e violão. Queria cantar como João Gilberto, mas talvez por apelo do seu DNA, também não deu. Misturava funk do Tim Maia, rock Jovem Guarda e a brasilidade tropicalista. Deu no que deu – é tido como o criador do Samba Rock. Tenha a idade que tiver, é difícil alguém que jamais tenha ouvido “Mais que nada”, “Fio Maravilha”, “País Tropical”, “Que Pena”, “Charles Anjo, 45”, "A Banda do Zé Pretinho"...a lista é muito grande pra um post. Passou por fases, mas nos anos 80 estava longe das rádios quando Washington Olivetto pediu que escrevesse uma música pra homenagear os 10 anos da agência dele, a W/ Brasil. Deu no que deu. Em 1990, o refrão mais ouvido era “Alô, alô, W Brasil!”.  Já foi gravado por Deus e todo mundo, de Maria Alcina a Black Eyed Peas. Até Tim Maia deu um "up" na carreira depois da citação em W/Brasil.
Bem Jor é diferente até pra fazer aniversário. Reza a lenda que faria 70 anos em 2012 (na web o que se vê são vários registros de que nasceu em 42), mas ninguém confirma, nem ele mesmo. Não importa. Ainda não fui a um show dele, mas não me preocupo. Pela vitalidade desse guerreiro da música, terei muitos anos ainda pra curtir. Salve, Jorge.
veja o clip:
fontes: wikipedia, estadao.com e porto gente.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2012

Coaching SIM, Exorcismo NÃO

Imagine poder entrevistar (e filmar) dez especialistas em gestão de pessoas, com a pergunta “quais são os principais desafios em gestão de pessoas hoje em dia?”. Agora misture os depoimentos numa ilha de edição, tipo um mosaico em vídeo. O resultado? Um desfile de coisas como “reter talentos”, “conhecimento”, “motivação” “treinamento”, “reconhecimento”,     “liderança” e “competências (esqueci alguma coisa? talvez).
Enquanto isso, o “x” da questão continua refém das mazelas diárias de uma empresa. A rotina se revela um tal de planejar o futuro e realizar o presente. Mas o “x” tá lá: afinal como as pessoas se tornam gerentes de outras pessoas? Ainda se promove gente porque trouxe bons resultados, bateu meta, tem motivação. Errado? Claro que não. Justo? Depende. E depende mesmo. Cresci ouvindo que um Gerente não nasce pronto. Tem que “ralar peito” no dia a dia, tentativa e erro, até entender seu papel. “O cara” tem que ser modelo pra equipe, ensinando o grupo a reproduzir os resultados que trazia pra empresa quando era Vendedor. Como se fosse uma questão de virar a chave e puf!, se fez um Gerente motivado, esforçado. A equipe é sua antiga equipe, então na camaradagem vai dar conta do recado, afinal tem experiência e resultados pra mostrar. Falo por mim, pois sou fruto dessa cultura – hoje enxergo as cabeçadas que dei nos primeiros cinco anos como Gerente. Lembro que, quando fui promovido, no jantar de comemoração, olhava aquela gente toda e pensava baixinho: “esses caras estão loucos, não estou pronto pra isso!”.
Só que na ponta existe um grupo de “novatos” inclementes. Gente bem menos afeita à escola do “aqui mando eu” e que muda de emprego como quem muda de camisa. Estão dispostos a seguir um líder que realmente desafie a equipe com propostas simples, planos de ação coerentes e metas claras. Que saiba reconhecer virtudes e ajude a superar defeitos, delegando responsabilidades. E que tenha maturidade pra enxergar os próprios defeitos como ferramentas risonhas de aprendizado pra si e para a equipe. Só que o nosso Gerente não se não se sente bem dessa forma, porque não pediu pra estar lá. Passou o ano fazendo curso de liderança disso e daquilo. Até um Coach contrataram pra ver se “endireitava”. Ele fazia tão bem aquilo que sabia fazer e hoje não consegue fazer com que a equipe repita os resultados que ele entregava. O desfecho a seguir é uma equipe com duas vagas – um bom vendedor desperdiçado e um péssimo gerente demitido.  

O artigo de Jaqueline Weigel (diretora da Weigel Coaching Associados - para ler, clique aqui) aborda o tema mostrando como o Coaching pode auxiliar na solução de um problema velho que só tem cara de novo. O profissional de Coaching pode ajudar a reparar erros como o caso acima, usando técnicas e ferramentas pra que o Gerente se descubra e assim encontre a melhor forma de influenciar sua equipe. Concordo com Jaqueline e digo mais: jamais confunda, por gentileza, o Coach com um Exorcista – tem empresa que contrata o Coach como último recurso, na bacia das almas, como se o cara já entrasse na sala de reuniões de crucifixo em punho, bradando “xô Incompetência, deixa o corpo desse Gerente que não te pertence!”.
Enquanto o problema “de raiz” continuar, seguiremos andando em círculos, buscando a salvação onde não há salvação e as empresas, perdendo dinheiro e gente. Já venceu o prazo para revermos a forma como escolhemos pessoas e as colocamos na fogueira. Você Gerente Sênior, pense nisso com carinho. Pense já e faça a coisa certa desde o início. Pare de confundir promoção com punição - os verbetes tem diferenças sutis na escrita mas bizarras na atitude - depois, não vai adiantar nada transferir o “mico” pro Coach
fonte: administradores.com

segunda-feira, 19 de março de 2012

Abril de 2012 - reajuste de preço dos remédios no Brasil

Medicamentos ficam até 5,85% mais caros no final deste mês
O brasileiro passará a pagar até 5,85% a mais na hora de comprar remédios no final deste mês. Isso porque, medida publicada pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) na edição desta segunda-feira (19) do DOU (Diário Oficial da União) autoriza o reajuste dos preços de medicamentos a partir de 31 de março de 2012. De acordo com o texto da Resolução, o aumento será baseado em um modelo de teto de preços calculado com base, entre outras coisas, em um fator de produtividade e no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Reajuste
Os fabricantes poderão realizar o reajuste de até 5,85% para as classes terapêuticas com participação de genéricos em faturamento igual ou superior a 20%. Já um reajuste de até 2,80% poderá ser aplicado para as classes terapêuticas com participação dos genéricos entre 15% e 20% no faturamento. Os medicamentos com participação de genéricos no faturamento abaixo de 15%, contudo, sofrerão reajuste negativo de 0,25%.
Regras
Ainda conforme a Resolução de número 2 da Cmed, as empresas produtoras deverão dar ampla publicidade aos preços de seus medicamentos, por meio de publicações especializadas de grande circulação. Além disso, as unidades de comércio varejista deverão manter à disposição dos consumidores e dos órgãos de defesa do consumidor as listas dos preços de medicamentos atualizadas, calculados conforme as regras publicadas pelo órgão.

fonte: info money (matéria na íntegra)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Timothy Gallwey e o Coaching

Às vezes o universo conspira. Queria falar de Coaching, mas tudo tem seu momento. E o Professor Fábio me deu a deixa que eu queria. Citando o “Jogo Interior do Tênis” em seu ótimo post Olhe, Respire e Bata! (clique aqui para ler) nos trouxe Gallway. Segundo este autor, as pessoas possuem enormes potencialidades que ficam escondidas. Basta que alguém (nesse caso, o Coach) as descubra e revele ao mundo. Fez fortuna percorrendo o mundo em palestras pra grandes empresas e como consultor da Apple e da Coca-Cola. Também escreveu livros com adaptações da prática esportiva para a vida corporativa (ski, golf e outros).
Timothy Gallway
A chave do sucesso - ensinar sem ensinar
Durante um período, Gallway parou de dar aulas na Universidade e foi "relaxar" dando aulas de tênis. Percebeu que, em determinadas situações, o hábito de encher o aluno com instruções atrapalhava. O rigor técnico às vezes travava o jogo. Percebeu então que os melhores jogadores enxergam a jogada e jogam. Resolveu mudar a tática – ensinar sem ensinar. Dar dicas, orientar o caminho de forma indireta, sem dar as soluções. Ao deixá-los em paz, os alunos começaram a aprender. E aprendiam cada vez mais rápido.”, diz Gallway em uma entrevista. “Batizei o desafio que esses alunos conseguiram vencer de jogo interno – um jogo em que o medo de perder, a dúvida, a falta de concentração e o estresse são os maiores oponentes. Vi milagres nas quadras com o novo método.”
Essa perspectiva reforça o entendimento sobre o trabalho de um Coach. Aliás a palavra Coach remonta o século XVIII, era o instrutor das crianças, mas o uso da expressão tendo como significado o treinador de atletas só apareceu no início do século XX. Muitas vezes, ao fazermos um balanço do nosso trabalho, é comum a sensação de que estamos andando em círculos. É possível canalizar atitudes de forma mais produtiva e realizadora. Isso bate diretamente na forma como nos relacionamos com projetos, chefes, colegas e todo o tipo de desafio imprevisto. O fato é que fazer mudanças na forma como nos comportamos ou reagimos ao ambiente podem ser grandes geradoras de sucesso e satisfação pessoal. Parece fácil, mas não é e nem todo mundo consegue fazer isso sem ajuda. Esse socorro pode vir do Coach, um profissional preparado para ajudar a identificar e desenvolver comportamentos que ajudem na realização dos objetivos de quem procura. O Coaching também ajuda a desmistificar a tendência que temos de assumir que uma atitude errada ou decisão mal tomada em nossa vida determina uma sucessão de desastres. É como se, após um fracasso, disséssemos a nós mesmos que dali pra frente “é ladeira abaixo, só pode dar errado”. De acordo com Gallway, colecionamos um número enorme de instruções baseadas no que pode dar errado – é o caminho mais curto para a auto-sabotagem.
Mas atenção na hora de procurar o seu Coach. A prática do Coaching é algo relativamente novo no Brasil. E como tudo que é novo, cheira a oportunidade. Aparecem candidatos a Coach de todos os lados, mas Gallway alerta sobre a escolha do Coach sério: Checar se o profissional integra a Federação Internacional de Coaches é uma opção, embora existam muitos coaches bons por aí que não sejam federados. Verificar as credenciais dele – onde estudou, que empresas ou pessoas já atendeu e quais cursos de especialização fez, também é um bom caminho.”
Fábio, obrigado pela "deixa". Graças a você, falaremos muito ainda de Coaching.

fonte: Revista Isto É e Globo Blog

segunda-feira, 12 de março de 2012

OLHE, RESPIRE E BATA!

O squash é um jogo de calma e paciência. Para executar os movimentos, tão exaustivamente realizados ao longo de uma partida, é de exímia importância que você esteja com a "cabeça vazia", livre de quaisquer pensamentos. Isso é difícil? Diga “SIM!”, claro que é, exige esforço e disciplina. Quer um exemplo? Pare agora mesmo, tente ficar sem pensar em nada........................... Difícil não?

Seja qual for o esporte, é da função dos técnicos a preocupação com a execução perfeita dos movimentos, sua precisão. Mas tem um aspecto que não pode ficar de fora de um torneio, sob o risco de colocar por água abaixo todo o investimento em treinos de precisão e aperfeiçoamento. Estamos falando da parte psicológica do jogo. Acredito que, juntamente com o Tênis, o Squash seja um dos esportes onde se exija alto índice de concentração. Buscando este conhecimento, cheguei num livro (que aconselho a todos) que serviu de base para este post: "O Jogo Interior do Tênis" (Timothy Gallwey). Um livro fabuloso, onde ele aborda um lado pouco trabalhado pelos técnicos de diversas modalidades – concentração.

Para se alcançar um alto estágio de concentração Gallwey nos dá algumas dicas das quais ponho em destaque duas delas:

1.      Sua mente ficará “livre” quando conseguir "prendê-la" a algo que acontece aqui e agora. Algo que te "prenda" no presente. Assim como sua respiração. Parece uma informação inútil, mas a respiração durante o jogo também é de fundamental importância para o desempenho. É claro que você não joga sem respirar, caso contrário cairia no meio do 4ª ou 5ª ponto sem oxigênio. A respiração a que me refiro durante o jogo é aquela profunda, para oxigenar, para encher os pulmões de ar. Serve para manter a concentração a todo vapor. A cada “quique” da bola, sincronize com a sua respiração. Inspire na preparação da batida e expire logo após golpear a bola. Se concentre na respiração para manter o foco no jogo. Assim como a respiração nos intervalos dos pontos, ou quando o saque é seu ou é do seu adversário. Assim como a Hortência, a lenda do basquete brasileiro, fazia antes de cada arremesso livre. Tudo para manter o foco e a concentração.

Fábio Milani - " A cada quique da bola
concentr-se na sua respiração".
2.      Outra maneira de se prender no aqui e no agora é o olhar para a bola. Se concentrando apenas nela, se esqueça dos problemas e pensamentos do mundo lá fora. Tente enxergar os pingos amarelos dela, espere o tempo certo, sua fase ascendente e descendente. Isso fará com que não disperse ao longo do jogo, sua única preocupação deve ser o olhar para a bola. Conforme começar a colocar isso em prática a impressão é que a bola fica maior e mais lenta, tudo flui mais fácil, ou seja, você se mantém mais concentrado.

"Entendemos por concentração o ato de focalizar a atenção. Quando se permite à mente focalizar um único objeto, ela se acalma. Mantendo-se a mente no presente, ela se aquieta. CONCENTRAR SIGNIFICA MANTER A MENTE NO AQUI E NO AGORA." (Gallwey Pg. 94).

Difícil? Fácil? Pode ser um ou outro, depende da nossa predisposição em tentar. Então TENTE e depois você me diz o que percebeu, ok? Boas raquetadas.

Fabio Milani 
Professor de Educação Física pela Universidade de Maringá. Pós Graduado em Atividade Física e Saúde pelo Centro Universitário de Maringá. Professor e Técnico da Equipe de Squash de Maringá e Londrina. Campeão paranaense 1ª classe de Squash - 2011

sábado, 10 de março de 2012

Câncer de Próstata - Além do Horizonte

Dr. Howard Scher
MDV3100 - promissora alternativa
para o CA de Próstata
Uma nova droga para tratamento do Câncer de Próstata está em fase três de estudos e com resultados surpreendentes. O MDV3100, como é conhecido, vem sendo desenvolvido em regime de parceria pelas empresas Medivation e Astellas Pharma e faz parte do estudo clínico AFFIRM – os resultados deste estudo foram apresentados no último Genitourinary Cancers Symposium em São Francisco (fevereiro 2012).
O estudo foi interrompido em novembro de 2011 após a constatação de redução em 37% do risco de morte dos pacientes que tomaram a droga, comparado com o placebo. Na prática, isso representa um ganho de cinco meses na vida de um paciente em estágio avançado da doença e com histórico de falha terapêutica com o quimioterápico Docetaxel. Também houve inibição do crescimento da célula tumoral em mais de 50% dos pacientes em tratamento com quimioterapia. Os pacientes também toleraram muito bem o MDV3100, o que representa um ganho revolucionário nesse tipo de tratamento. Um dos grandes obstáculos para o paciente é resistir aos efeitos colaterais, situação comum no tratamento de qualquer tipo de câncer.
Segundo o Dr. Howard I. Scher, (M.D.) Chefe do Serviço de Oncologia Geniturinária do Memorial-Sloan Kattering Cancer e um dos principais investigadores do estudo AFFIRM,  “Estes resultados, combinados com a facilidade da dose única diária, fazem do MDV3100 uma promissora alternativa para homens com câncer de próstata que vem sendo tratados a base de hormônio e quimioterapia”.
O câncer de próstata é o segundo mais comum no Brasil e o sexto no mundo, o que representa 10% dos casos de câncer na população mundial. O curioso é que sua incidência é seis vezes maior em países desenvolvidos (certamente tem a ver com a evolução dos métodos para o diagnóstico) e três quartos dos casos em pacientes acima de 65 anos. Alimentação saudável, exercícios regulares e check ups anuais ajudam na prevenção. O fator genético tem papel importante na probabilidade de se ter a doença. Ter pai ou irmão com Câncer de Próstata, pode aumentar de três a dez vezes o risco de aparecimento, se comparado com a população em geral. O exame preventivo feito por toque retal é abominado pela maioria dos homens de mais de 45 anos, mas é o jeito. Inevitável. A vergonha e a o sentimento de “invasão” não são nada comparado com o benefício clínico que proporciona. Já pro médico!
fonte: reuters.com, site do INCA e FAQs Próstata

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mais um grande bloco farmacêutico no Brasil

Está em negociação a criação de uma segunda joint venture envolvendo os laboratórios nacionais Biolab, Cristália, Eurofarma e Libbs, com apoio financeiro do BNDES. O governo já está apoiando a criação da BioBrasil, empresa formada a partir da joint venture entre as farmacêuticas brasileiras Aché, EMS, União Química e a companhia Hypermarcas, conforme antecipou o Valor.
Os oito laboratórios chegaram a negociar uma joint venture única meses atrás, mas as negociações não foram levadas adiante. A BioBrasil está em fase mais adiantada. Essa nova farmacêutica, voltada para a produção de medicamentos biológicos, deverá ter aporte de capital de R$ 400 milhões e ter uma fábrica própria, cujo local ainda está em discussão. Os Estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Bahia estão no páreo.
Já a companhia que deverá ser formada por Biolab, Cristália Eurofarma e Libbs em está em fase inicial, afirmou ao Valor uma fonte que participa das negociações. "Ainda não temos uma nome para a nova empresa, que também apostará em biológicos e biossimilares. Estamos em fase negocial", disse. O aporte de capital dessa segunda superfarmacêutica ficará entre R$ 400 milhões a R$ 500 milhões. O BNDES deverá ser apenas financiador, afirmou essa fonte. Na BioBrasil, o BNDES estuda entrar como acionista, com uma participação entre 20% e 25%. O banco não comenta ambas operações.
Segundo essa mesma fonte, esse bloco decidiu se dividir porque não havia afinidades com as quatro empresas que decidiram criar a BioBrasil. "Temos uma vocação mais para pesquisa. Cristália e Eurofarma já possuem unidade de biotecnologia no país", afirmou. Biolab e Eurofarma já tinham juntado forças para a criação da Incrementha, empresa de pesquisa em inovação, em 2007. Neste ano, Cristália e Eurofarma formaram joint venture com a MSD (Merck &Co) na Supera RX.
Biolab, que faz parte do segundo bloco, e a União Química, que está no primeiro, também têm razões particulares para não estreitar laços. O controlador da União Química, Fernando de Castro Lima, negocia a compra da participação de seus irmãos, Cleiton e Paulo de Castro Marques, controladores da Biolab, na companhia. Fernando também é sócio da Biolab. Os três irmãos têm participação cruzada nos laboratórios União Química e Biolab. Cleiton e Paulo são controladores da Biolab.
Em 2006, a Eurofarma deu início a acordos com o governo cubano na área de biotecnologia. O laboratório foi o primeiro a lançar no mercado nacional anticorpo monoclonal (linfócito clonado, utilizado no combate a doenças degenerativas). Executivos da companhia participaram da última viagem da presidente Dilma Rousseff à Cuba, onde parcerias em biotecnologia foram discutidas.
O governo brasileiro tem incentivado a união entre as farmacêuticas para estimular a competir com as grandes multinacionais. O déficit na área da saúde gira em torno de US$ 11 milhões, dos quais 10% são com medicamentos biológicos.
Procurados, os executivos da Eurofarma, Biolab, Cristália e Libbs não foram encontrados para comentar o assunto. (MS)
fonte: Valor Econômico, matéria na íntegra

terça-feira, 6 de março de 2012

Esteiras - seja um hamster saudável

Passo pela área de serviço e vejo o trambolho me olhando. Cabide caro, ali parado, me desafiando. Seu silêncio me incomoda, é minha resignação. Já comecei e parei de correr em esteira ergométrica um sem- número de vezes. Subo nela e a sensação me abate: um hamster gordinho acelerado, em sua rodinha de gaiola. A gente muda mesmo com os anos e vejo que minha cegueira pro óbvio me custou três mil reais. DVD, som, ventilador, paisagem, tudo arquétipo, assim como a eterna esteira.

Mas a lá de casa já viu dias melhores. Não tenho paciência pra correr na rua, o esforço é maior, a direção do vento nem sempre ajuda. Não pretendo que meu corpo domine a biomecânica. Por isso não me interesso por saber se a relação entre a força da perna e a transferência dessa força para o vôo vão me dar mais desempenho e menos esforço, tô fora. E desde guri criei certa prevenção aos cachorros da vizinhança. É certo que se alguém esqueceu a tramela do portão aberta, minha perna está em risco. Eu sei, soa meio paranóico, mas dá mais trabalho tentar mudar isso do que pular na esteira vendo um DVD do Paul McCartney. E também vem a sensação de que peso menos e não é só impressão – quem entende do assunto diz que o impacto é reduzido em até 20%, se comparado com a rua. Passo os olhos na distância, velocidade, calorias, pulsação, sempre nessa mesma ordem anti-horária, controlo tudo. Já pensei em colocar um espelho na minha frente. Esteiras com espelho dão a sensação de disciplina - a gente fica se olhando, vê a passada, se a perna está arqueada ou se corre  curvado, corrige a postura. Mas cansa ficar se olhando tanto também. Meu Narciso Vigoréxico isso, então não tem espelho (ver artigo sobre a Vigorexia, clique aqui). Sempre me perguntei se gasta-se a mesma quantidade de calorias correndo na rua ou na esteira, mas a ciência do esporte não é muito clara com relação a isso e faltam estudos a respeito. O certo é que, tanto na rua quanto na esteira, um bom tênis pode prevenir lesões e garantir uma corrida menos desgastante (leia sobre o tênis certo aqui).
Gostar não gosto, mas preciso correr. O Squash exige pernas fortes e um bom condicionamento cardiovascular. Então a esteira é algo mais realista. Você pensa diferente? Que bom, não importa. Apenas calce seus tênis e boa corrida, seja na rua ou na esteira. Boa corrida.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Mulheres no Squash

Falo com gente do meio e vejo um fato: tem pouca mulher no Squash.

Até se vê meninas em quadras que são um anexo das academias de musculação e fitness, mas poderia ter bem mais. Nas academias só pra Squash o público feminino é minúsculo comparado ao público masculino. E um fato curioso: mencionar que tonifica pernas e glúteos deveria ser o suficiente para provocar um corre-corre rumo às quadras, mas isso não acontece. Comecei então a observar o ambiente das academias de Squash e escutar a mulherada que quer jogar – acho que descobri o porquê de não haver tantas mulheres em quadra.

Homem no meio de muita mulher se sente “o rei do pedaço”. Para as mulheres é um pouco diferente. Se elas chegam num ambiente tomado por homens, a maioria fica intimidada e com motivo. Nós homens afastamos as mulheres do Squash. É nossa culpa. Quando aparece uma corajosa para jogar no meio dos "cuecas" temos duas situações: Se for bonita pra maioria, será como “uma ovelha no meio das raposas”. Sobram olhares, surgem cantadas, deixando-as desconcertadas. E se a beleza não for consenso, daí ela tá perdida mesmo, vai ser jogada para escanteio. O pessoal se fecha nas "panelinhas" e ela vai pro fim da fila, sem jogar. Por isso as poucas guerreiras preferem fazer aulas em horários de baixo movimento e diversas vezes eu escuto pedidos de alunas para colocar cortinas nos vidros (pasmem). Não querem olho comprido nem passar pela vergonha de fazer feio no jogo. Mas também não treinam jogando com outras pessoas. Outra situação comum: mulheres que se acham incapazes de jogar Squash... sem ter nem tentado. Por experiência, posso assegurar que acontece com muitas mulheres. Coisas do tipo “não tenho coordenação!” são as afirmações mais comuns. E quando consigo convencê-las depois de muito esforço, percebem que podem e se saem muito bem. Se amarram principalmente por sentirem aquelas tão desejadas dorzinhas musculares. Sensação de dever cumprido. Nos torneios, vemos categorias femininas com poucas inscritas e são sempre as mesmas em quadra - mas este assunto fica pra num próximo post. Professores e proprietários das academias de Squash: invistam no público feminino. Tragam para experimentar o esporte e, mais a frente, trave outra "batalha" para elas participarem de torneios. Quem convive com as mulheres sabe muito bem que a grande maioria foge de competições. Façam ações voltadas para elas, repito, dêem espaço. Que tal uns cafés da manhã com Squash em um sábado de manhã só de Meninas Super Poderosas?

Fábio Milani: "O mundo mudou
também no Squash -
dêem mais espaço às mulheres."
O correto é que devemos repensar-nos e me refiro a nós homens - é cruel e pouco inteligente a atitude de não dar espaço a elas. Precisamos da presença e da competitividade feminina, é estimulante. Um ambiente misto fica mais agradável e dinâmico. Então meninas, vocês que ainda não experimentaram o Squash, por gentileza, venham! Esta é a minha singela solicitação às mulheres. E parabéns às que jogam Squash, só pelo fato de jogarem já são campeãs, pois sei bem o que vocês passam com a nem sempre dissimulada atitude masculina.

Fabio Milani 
Professor de Educação Física pela Universidade de Maringá. Pós Graduado em Atividade Física e Saúde pelo Centro Universitário de Maringá. Professor e Técnico da Equipe de Squash de Maringá e Londrina. Campeão paranaense 1ª classe de Squash - 2011