quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Heart Attack Grill - Vale à Pena Morrer por Gosto

A palavra caloria tem tradução: Comida gorda. Mas caloria é bem mais que isso. Essa unidade de medida serve pra tudo que contenha energia, ainda que na nossa vida prática pensar na energia potencial dos alimentos seja a remessa mais imediata. Um grama de carboidratos tem quatro calorias, um grama de proteína tem quatro calorias e um grama de gordura tem nove calorias.
"Doctor" Joe Basso - sem meias palavras
Tentava contar a um amigo esses dias sobre um restaurante americano que resolveu sincerizar o Marketing de seus “produtos” - sanduiches super gordos e extra generosos em tudo o que a turma do politicamente saudável mais abomina. Na hora não saiu, mas fui pesquisar e achei. Heart Attack Grill, em Chandler, Arizona. Não tem meio termo - servem coisas do tipo oito mil calorias, sem alface nem gergelim. Tomatinhos-cereja nem pensar. O nome da “criança” é Bypass Burger ou, em bom português, Hamburger Ponte de Safena. As opções varia de acordo com o número de andares de bife e vão do simples ao quádruplo.E quem pesa mais de 160 quilos come o quanto quiser.
O Marketing da casa é claro: "Taste worth dying for", algo como "Vale à Pena Morrer por Gosto". Tanta franqueza vale uma legião de super fãs e, na piada, eles levam isso a sério. Oito mil calorias?! Alguém pode me dizer pra onde vai tudo isso? Enquanto você pensa, cuidado. Joe Basso, o fundador, não queria franquias com medo de não conseguir manter a "qualidade" dos serviços. Mas repensou. Já tem uma filial no Texas e em breve terá outra em Las Vegas. Cada um é o que come e sabe o que faz. Mas deve ser bom paca... 
Veja o clip.

fontes: Heart Attack Grill website, Revista Superinteressante, The Bobs Well Show website e Papo de Gordo website.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quimio - Porque o cabelo cai

Por que quimioterapia provoca queda de cabelos - A queda do cabelo durante o tratamento de câncer, por causa da quimioterapia, é o segundo impacto sentido pelo paciente no enfrentamento da doença, depois do diagnóstico, segundo a psicóloga Samantha Moreira, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira. "Significa perceber-se doente e perder a imagem corporal", afirma o oncologista João Paulo Lima, do Hospital de Câncer de Barretos. Esse efeito colateral abala mais as mulheres, que, sem os cabelos, podem sentir uma perda da feminilidade. Mas os homens também ressentem a perda de cabelo e barba. É o caso do bancário Leandro Ferreira, 26, que trata um câncer de testículo. Ao ver o cabelo cair em tufos e ficar cheio de falhas por causa da quimioterapia, ele preferiu raspar a cabeça para se antecipar ao efeito dos medicamentos.
"É dolorido, cheguei a chorar. Por mais que eu tivesse pouco cabelo, ele estava ali, e tirá-lo foi algo imposto, não foi uma opção minha." Uma dificuldade, conta Leandro, é enfrentar os olhares das pessoas na rua. "Acho que a careca de quem tem câncer é diferente. A pele fica mais fina. As pessoas olham, medem e pensam: 'Ele está com câncer'." Segundo Lima, o que mais preocupa os homens é a manutenção da independência e a impotência sexual.
João Marcelo Knabben, 26, faz tratamento contra um tumor que apareceu na língua e atingiu o olho esquerdo. Ele temia mais a náusea e a diarreia, também efeitos colaterais da químio, do que a queda dos cabelos. "Acho até que fiquei melhor com a cabeça raspada." A dermatologista do Inca (Instituto Nacional de Câncer) Fernanda Tolspoy afirma que a reação depende da vaidade de cada paciente. "Para muitos homens, a perda da barba que cultivam há anos é traumática."

POR QUE CAI - Os remédios usados contra câncer atacam as células que estão se dividindo mais rápido, característica das células do tumor. Mas as células que dão origem ao cabelo também se replicam em alta velocidade e, por isso mesmo, são mortas pelo tratamento por tabela. Na radioterapia, a queda dos cabelos é rara, mas a pele pode ficar envelhecida.

Na químio, o cabelo pode cair de forma mais rápida ou gradual, em forma de tufos. Para evitar as falhas, muitos raspam o cabelo. "É uma forma de encarar a doença de frente, dizer: 'É isso, estou com câncer'", diz Tolspoy. Foi assim que Rosimeire Venturini, 44, que se trata de um câncer de mama, encarou a perda dos cabelos. "Você tem de tomar decisões, e é preciso ter coragem para assumir que tem câncer e dizer: 'É hora de lutar'." Ela conta que, no início do tratamento, deixou o cabelo bem curto. Ao se olhar no espelho, teve uma crise de choro. "Agora que voltou a crescer, pensei: 'Estou chegando à fase final do tratamento, estou vencendo'."

fontes: folha.com - matéria na íntegra

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Mundo "entre aspas" 22

Joseph Ross
"Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida". (Confusio).

"Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível". (Mahatma Gandhi)

"Leva tempo para alguém ser bem sucedido porque o êxito não é mais do que a recompensa natural pelo tempo gasto em fazer algo direito." (Joseph Ross - pensador americano)


terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Fim do Download tem nome - Streaming

Há cinco anos, depois de muito resistir, comecei a baixar músicas pela internet. Me senti moderno, "I've got the Power!" - "agora sim estou conectado com as tendências". Qual nada. Rapidinho, fiquei velho de novo e não demorou muito.
Existe um ambiente imaginário chamado “nuvem” em algum lugar um pouco acima da terra, que nos permite resgatar o que nos dá prazer a hora que quisermos. O tom etéreo da frase é exagerado, mas é assim que vamos ouvir música. Vamos não, porque já estamos atrasados. Isso já existe no cotidiano de muita gente – é o Streaming. No Streaming, um catálogo enorme de músicas fica disponível num servidor de internet, em núvem. Mediante uma assinatura mensal, você pode ouvir quais músicas quiser sem a necessidade de baixá-las. Creio que a Last FM, uma empresa inglesa, foi uma das pioneiras – você criava a lista e podia ouvi-las quando quisesse. Eles se auto intitulam "um site de recomendações musicais". De inicio, o acesso podia ser “free” para um pacote sem limite de músicas, mas com navegação restrita. Outro pacote mais robusto, era pago (3 euros) e com acesso ilimitado. O legal da Last é que se encontra muita música nova, bandas as quais não seria possivel ter acesso não fosse por eles.  Mas a Last FM, seguindo a tendência do mercado, vem restringindo gradativamente o acesso – desde fevereiro de 2011 o usuário que quiser acessar por smart phones, por exemplo, tem que criar uma conta Premium e pagar.
Existem montes desses serviços fora do Brasil e que ainda não operam por aqui. No Brasil, estamos ainda engatinhando e o potencial é enorme. A Terra Sonora foi a pioneira brazuca. Disponibiliza um catálogo de mais de 12 milhões de músicas a um custo de R$ 9,90/mês. Como a cultura de ouvir música sem ter o arquivo é uma coisa nova, você tem duas opções: 10 dowloads/mês ou ouvir ilimitado sem baixar. Achei o site um pouco confuso, até pra mostrar claramente quanto pagar pelo serviço. Muito poluído. E eu ainda gosto de ter a músiquinha só pra mim, esse negócio de ouvir direto, sem baixar, não me arrebatou. Nossa internet no Brasil é muito ruim, o que contribui pra essa resistência. Lembro que, mesmo tendo pago, me retirei da Last FM por não conseguir ouvir uma música que não tivesse uns cinco travamentos enquanto carregava (assim como  Youtube).
Segundo o Jornal O Estado de São Paulo, o Streaming já participa com 8% de tudo que foi faturado no mercado de música online no mundo e deve quintuplicar até 2015. A tendência é que ocorra o mesmo com videos. Está sendo considerada a segunda revolução digital depois do Napster e mais um passo pra minimizar os estragos feitos pela pirataria no negócio mundial da música. Tomara que dê certo.  
Veja o video abaixo!

fonte: O Estado de São Paulo on line, Last FM website e Terra Sonora website

domingo, 13 de novembro de 2011

Os três "Ps" da Psique

Psiquiatra, Psicanalista, Psicólogo,... O jornalista Guilherme Genestreti escreve um artigo sobre o entendimento de cada um destes “psis” de uma forma que considero didática.
Jacques Lacan
Psiquiatra - formado em medicina, ele pode prescrever medicamentos e os usa pra tratar transtornos mentais de caráter patológico. Ou seja, quando envolve doença. Psicólogo – trata de transtornos, normalmente de caráter exógeno (determinado por algum evento externo) e não receita medicamentos. O psicólogo age como um anti-vírus para o nosso software. Vai identificando e ajudando a limpar o HD. Psicanalista - faz o mesmo que o psicólogo só que pelo modelo freudiano. O que dizia Freud? Que nossa vida consciente é determinada por um outro “eu” inconsciente. Sabendo interpretar o que se passa nesse inconsciente, o psicanalista chega ao problema do paciente. Também focava o centro dos problemas na relação de conflito entre filhos e seus pais. O sujeito sempre tinha uma rusga mal resolvida com a mãe ou com o pai – considerando a estrutura tradicional das famílias, onde pai e mãe tinham papéis “definidos”. O Dr. Lacan, seguidor mais famoso de Freud, adicionou a linguística a essa visão. Segundo ele, o inconsciente se estrutura como uma linguagem – mais do que aquilo que o paciente diz, pra Lacan importa o “como” ele diz. Também modificou a noção de tempo de uma sessão. Se antes, o que determinava o fim do papo era o relógio, agora o que determina é a situação do paciente e a arbitrariedade do analista.

O Dr. Jorge Forbes, psiquiatra brasileiro que trouxe a psicanálise Lacaniana pro Brasil (e foi aluno de Lacan), defende que o modelo do complexo de Édipo já não é suficiente para explicar as contradições da vida moderna. Hoje o sujeito tem que se responsabilizar por suas opções e não buscar explicações para as suas angústias e decisões apenas em fatores externos. Segundo ele, "O analista põe as cartas na mesa e faz o paciente a se responsabilizar pelas suas decisões."
fonte: Dr. Jorge Forbes website e folha online

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Se Espirrar Saúde voltou, desculpe a nossa falha!

Sou inquieto. E se o assunto à o blog, mais ainda. Sempre estou fuçando nas configurações, buscando com gente escolada o que tem de novidade. Esse esforço de tentar manter o blog atual e interessante tem um preço. De vez enquanto, pego umas estradas "que ao findar, vai dar em nada". E fica pior quando a estrada não tem placas, as ruas são vazias e pouco iluminadas. Nem um cachorro, um andarilho pra dar uma dica. E você olha pra trás, a neblina te impede de voltar. Foi assim que me senti quando essa semana resolvi experimentar um aplicativo do blogger chamado "interactive views". Pareceu atraente,coisa nova. Só que o tal aplicativo é novo demais - ainda não existe no Brasil de "11/11/11' (brrrr...).  Travou a interface gráfica do blog, desespero total - o "Se Espirrar, Saúde!" estava fora do ar. Depois de muita busca (dois dias de briga como o Google), percebi que teria que trilhar o caminho sozinho, durasse o quanto durasse, custasse o que custasse. No fórum do Google, dois blogueiros desfiavam a mesma agonia. Com calma, fui navegando e descobri que o acesso às configurações do blog não estavam bloqueados. Foi a chance. Na parte de design, achei um botão dizendo "recuperar formato anterior ao "interactive views". Cliquei e foi como sair de dentro do mato para a civilização após três dias de agonia. O blog voltou a funcionar.

Então, amigos, quem achou estranho o "Se Espirrar, Saúde!" estar fora do àr, estamos de volta, desculpem. E. galera do Google, ATENÇÃO: está faltando orientação para conting|ências como esta. Só se fala de perda de senha e login. Alguns becos sem saida não são resolvidos só com fóruns de dúvidas e google groups.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Entre o Mito e o Homem, fico com o Tablet

"Moisés, te apresento Steve.
Ele vai dar uma melhroradinha nas suas táboas da lei"
Por três ou quatro vezes, fui questionado se não ia escrever nada sobre o finado Steve Jobs. Tenho agido de forma meio reticente quanto a escrever algo sobre ele. Tem coisa demais circulando sobre o Sr. Apple, então seria mais um artigo, só mais um. E sempre vão dizer coisas sobre ele, pra sempre. Mas também por um motivo simples: admiro os feitos de Steve Jobs, as histórias de criatividade e ousadia. O cidadão trabalhou uma vida inteira pra rentabilizar uma empresa quase falida e criar coisas que as pessoas nem sabiam que precisavam. Mas parou aí. Não entendo essa coisa mítica em torno de um homem com virtudes e defeitos como todo mundo. Mente genial e tudo o mais, buscava a paz no budismo, mas quando pisava no escritório humilhava qualquer cabeça menos brilhante que a dele próprio. Muita gente faz isso, parece ser o paradoxo dos que se acham mesmo geniais - não é uma crítica, é um fato já pesquisado. Nada mais humano.

Sempre tive dificuldade de ter gurus, sempre desconfiei deles. Nunca acreditei que o guru, naquele seu momento de solidão, fazendo aquilo que só ele podia fazer, fosse mais sublime e soberbo que eu ou o Seu Jonas, da farmácia aqui da esquina. A maioria deles tem um passado de sofrimento e várias contradições, mas quem não tem, além de suas próprias mazelas, no mínimo, um primo ou parente próximo com histórias parecidas? Talvez eu tenha crescido torto nesse sentido. Mesmo adolecente e amante de música, não me rasgava por nenhum astro pop. Curtia, admirava, mas não acamparia uma hora sequer em frente a um estádio pra garantir um espaço perto da cerca. Jamais. Minha cama e meu conforto em primeiríssimo lugar. 

Descanse em paz, Sr. Jobs. Obrigado pelo meu Iphone, mas minha cama, meu conforto e a minha paz em primeiro lugar. Sem jamais subjulgar o próximo.   

Cientista holandês premiado admite fraude em pesquisa

Psicólogo teria inventado dados e manipulado resultados de trabalhos. Revista Science publicou nota de preocupação sobre estudos.

Diederik Stapel
Dados forjados
Após ser alvo de uma investigação, o psicólogo Diederik Stapel, um dos mais proeminentes e premiados pesquisadores da Universidade de Tilburg, na Holanda, admitiu ter forjado dados em suas pesquisas. "Cometi erros, mas eu estava e estou honestamente preocupado com o campo da psicologia social. Lamento a dor que causei a outros”, disse o cientista em nota divulgada em holandês. Em abril deste ano, Stapel teve uma pesquisa publicada na respeitada revista Science, sobre o impacto da bagunça em um ambiente no estereótipo das pessoas. Embora não existam ainda provas de que esse trabalho em particular tenha tipo manipulação de resultados, o editor-chefe da publicação divulgou uma nota expressando “preocupação” sobre as conclusões divulgadas.
“O relatório inicial [da Universidade de Tilburg] (...) indica que a extensão da fraude de Stapel é grande. No aguardo de mais detalhes das descobertas do comitê de Tilburg, a Science publica esta Expressão Editorial de Preocupação para alertar nossos leitores de que sérias preocupações foram levantadas sobre a validade das descobertas desse trabalho”, diz a nota.
Segundo o líder das investigações contra Stapel, Pim Levelt, há pelo menos 30 trabalhos que certamente têm resultados falsos, e mais são esperados. Os erros foram detectados quando três alunos de Stapel detectaram irregularidades em dados publicados. Eles avisaram o chefe do departamento, que começou a investigação. Stapel foi suspenso da universidade e colaborou com as investigações inicialmente. Depois se disse “fisicamente e emocionalmente incapaz de continuar”. Os resultados finais da investigação ainda devem ser divulgados, mas o comitê ressalta que o cientista agiu sozinho e que seus coautores não sabiam do que estava acontecendo.
fontes: G1 Ciência e Saúde (matéria na íntegra)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fórmula Um e Empatia - tudo a ver

Vettel e Schumaker - a pose já denuncia
Em 2011, teve gente que já não via uma corrida de fórmula um desde o tempo de Ayrton Senna e que voltou a levantar os olhos pra televisão. Isso tem um porquê: Sebastian Vettel. Com 24 anos, se tornou o mais novo bicampeão mundial da modalidade. Michael Schumaker foi 7 vezes campeão do mundo e não lembro desse alemão ter despertado tanto apreço mundo afora. Lembro que, sempre que vencia, Schumaker parecia rir dos mortais, quando ria. Sempre com aquele meio risinho no canto da boca, enfadado: “Ah... venci de novo, que coisa, não?”
A diferença entre os dois alemães tem um nome: empatia. Por mais que vencesse, Schumaker nunca conseguiu passar carisma. Dava raiva. Vettel, ao contrário, é simpático e também  empático. Agradece ao público, é educado com jornalistas, maduro com a situação. Mostra a tranquilidade dos malacos, coisa de quem sabe o que faz, só que sem aquela pose. A atitude é sempre humilde e serena. Não se vangloria e segue trabalhando, o que também não é comum na geração ‘Y”.
A empatia faz milagres. Nas pistas, nas empresas, nas familias. Nem Senna era tão empático, muito menos com 24 anos. Nesse ritmo, Schumaker perde o posto e não só na simpatia, mas na competência. E parece que não vai demorar muito. Sou do time que não acompanha Fórmula 1, mas não precisa. Vettel já tem a minha simpatia.

fonte: dicionário informal e folha online

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Halloween - Saci vs Jack

31 de outubro – eu e a TV frente a frente, coisa rara. E a campanhia toca. Parecia que toda a criançada da quadra tinha resolvido fazer protesto na minha porta. Não era protesto. Tinha uns três “Pânicos”, “dois diabos, três dráculas, um Zorro (?!) e apenas uma bruxa (curioso, normalmente tem mais). “Gostosuras ou Travessuras?”. Sempre ouvi isso em desenhos animados. Foi a senha proferida assim que abri a porta. E não saíram dali até que eu enchesse as mãos deles de balas.
Nunca entendi esse negócio de Dia das Bruxas no Brasil. O Halloween é comemorado nos países de origem inglesa. A festa veio pros EUA com os irlandeses celtas. Era a festa de Samhain, para marcar o final do verão e o Dia de todos os Santos (1 de novembro). O termo Halloween foi adaptado, vem de Hallow Evening (Dia Sagrado). A Igreja execrava a festa, taxando de pagã e coisa de Bruxas, daí a relação direta.  E a abóbora iluminada não era abóbora. Os Irlandeses escavavam um nabo. Reza a lenda que um homem chamado Jack, pão duro de carteirinha, foi proibido de entra no céu. Também o diabo não o queria no inferno, forçando o coitado a ficar vagando no escuro. Ele implorou por uma luz e o diabo lhe deu um pedaço de carvão incandescente. Pra proteger a sua “lanterna”, Jack colocou o carvão dentro de um nabo. Por isso ficou conhecido como “Jack The Lantern”. Nos EUA haviam nabos de menos e abóboras demais. Os imigrantes irlandeses não se fizeram de rogados. Usaram abóboras mesmo.
Continuei pesquisando pra achar quem foi o culpado de trazer isso pro Brasil. Achei: o crescimento dos Cursos de Inglês somado à proliferação das tranqueiras chinesas, deu no que deu. Nessa data as lojas ficam lotadas de mascaras, foices e outros badulaques. Mas o que já era estranho, sempre pode piorar. Um projeto de lei antigo foi desengavetado pelo Ministro Aldo Rebello querendo instituir no Brasil o “Dia do Saci”. O Saci-Pererê é um personagem surgido no Sul do Brasil, um negrinho de uma perna só e piléo vermelho. Vivia atasanando a vida dos outros com suas brincadeiras. Ficou famoso desde que começou a frequentar as histórias de Monteiro Lobato. Voltando ao projeto de lei, é de 2003 e um dos autores é Angela Guadagnin (aquela da dancinha da Pizza, lembra? veja abaixo). Pensava que o legado deixado por ela era só a dancinha? Mas Dia do Saci? Tentei não rir, não dá. Fico imaginando meus próximos 31 de outubro. Vou abrir a porta pra uns 15 “Sacizes” à caráter (só que com perna) pedindo pé de moleque, milho verde e curau. Me poupe...
Fontes: blog sobreisso, lexiophiles website, folha online, youtube
Angela Guadagnin
Co-autora do Projeto Pelo Dia do Saci