sexta-feira, 29 de julho de 2011

"+1" - O que é bom, recomenda-se

+1: o botão de "curtir" do Google

Um dia, navegando na rede e observando a formatação do próprio blog, percebo o aparecimento de um ente novo: um quadrinho azul com um ”+1” dentro. Veja o símbolo ao lado. O que é isso? É uma nova funcionalidade oferecida pelo Google – ao clicar no “+1” ao lado de um post ou site o qual se interessou, a pessoa se torna recomendadora daquele link na pesquisa do Google. É mais um indicativo de interatividade e de atratividade de um determinado conteúdo, onde você está dando uma certificação sobre aquele site ou post para o Google – quanto mais certificações, mais aquele site ou conteúdo passa a ser mais interessante que outros. Não deixa de ser também uma bela pesquisa de mercado disfarçada de função. É similar ao botão “curtir” do Facebook, só que quando se trata de Google, a expectativa se multiplica e o buraco é mais embaixo. Quem tem blog pode disponibilizar o “+1” pra que seguidores possam compartilhar links. Na verdade, os blogs já estão oferecendo o “+1” em suas formatações. 
O Google está pra lançar em âmbito mundial sua nova rede social, que promete navegabilidade e algumas funcionalidades que hoje são o calcanhar de Aquiles do Facebook. Lançar uma funcionalidade como o “+1” nesse momento, me parece um movimento de pré-marketing bastante conveniente e bem pensado.  
Caso tenha interesse em acrescentar um botão de “+1” no seu blog, clique aqui
fontes: wikipedia, ferramentas de blog.com, gizmodo.com, arrobazona.com

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Hepatite C - Novo medicamento no Brasil

Foi aprovado recentemente pela ANVISA o Boceprevir (Merck Sharp & Dohme), um antiviral pra tratamento da Hepatite tipo C em terapia combinada tripla – deve ser administrado junto com o Peginterferon e a Ribavirina. 
O Boceprevir, conhecido lá fora como Victrelis@, aumenta em até três vezes a possibilidade do paciente adquirir a cura da Hepatite C. A aprovação da ANVISA foi baseada nos resultados de dois importantes estudos aprovados pelo FDA (agência americana), pela EMA (agência européia) e pelo CHMP (Comitê de Medicamentos de uso Humano da EMA):  O HCV SPRINT-2, com pacientes que nunca haviam contraído a doença e o HCV SPRINT-2,com pacientes que não tiveram boa resposta com outros tratamentos. Existem hoje no Brasil cerca de 3 milhões de pacientes portadores de Hepatite C dos quais grande parte desconhece que tenham a doença. A Hepatite C é uma doença silenciosa, onde o portador só a percebe quando está em estagio avançado, evoluindo para uma cirrose ou câncer de fígado.  
fonte: estadão.com, rcmpharma.com, Correio do Estado wesite e Dr. Drauzio Varella website

O mundo "entre aspas" 19

Maysa

"Algumas pessoas preferem ser medíocres. Outras, quando resolvem não ser, correm o risco de perder amigos," OSCAR WILDE

“A experiência nunca falha, apenas as nossas opiniões falham, ao esperar da experiência aquilo que ela não é capaz de oferecer.”  LEONARDO DA VINCI

“A felicidade passa perto de mim, mas nunca olha na minha cara.” Maysa

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Fábula da Motivação - sobre Cenouras e Burros

Por anos me pergunto se entendi bem esse negócio de motivação. Afinal quem engoliu quem? O mundo corporativo engoliu a motivação ou o contrário?  E essa palavrinha sempre vem junto com a tal da paixão. “Temos que motivar nosso time a cumprir desafios, realizar com garra para obter nossos resultados e tudo isso com paixão!” Pra não ser redundante nem piegas, me lembro claramente de algumas passagens: 
Convenção Nacional realizada em lugar paradisíaco. Mais de 700 pessoas chegando com colares havaianos, lindas garotas dançando axé, comida a valer, coquetéis de fruta, mar azul, sol de rachar. Tudo decorado, palco, iluminação, pirotecnia. O mestre de cerimônias era um ator famoso e tinha até um convidado especial pra falar de superar desafios – o maior jogador de basquete dos últimos tempos, querido por todos. Até uma montanha de bolas foi comprada pra ele autografar pra galera. A equipe de vendas estava com a adrenalina lá em cima. Flashes pra todo o lado. E nós, gerentes da turma, com a missão de manter a adrenalina da equipe em alta e olhos sempre brilhando. Tudo perfeito - sobe no palco o Presidente da empresa, seus diretores e o ator famoso. Tá lá toda a liderança da empresa reverenciando seus colaboradores, fizeram um filme cheio de gente se superando, suando, babando. O tema: futebol e Olimpíada, bem propícios. Uma grana federal investida, muito sacrifício pra estar ali com toda a equipe, alegria geral...até o anuncio das metas pro ano. Nos bastidores, a briga de um mês entre os diretores que concordavam com a meta super extrapolada e os que diziam que era loucura, estava no desfecho – “botou na apresentação pra matriz aquele número insano, agora temos que assumir com determinação”. Saiu gente chamuscada. A beleza do momento durou exatos 15 minutos e aquilo que era pra ser a famosa cenoura que vai na frente virou um nabo vindo por atrás. Na verdade, ficou difícil de saber quem é burro e quem é cenoura. Dali por diante, foram quatro dias de treinamento bizarro, onde as pessoas esqueceram o mar, o coquetel e as garotas dançando. Quase ninguém viu o mar, apenas 16 horas diárias de treinamento pra lançar os próximos quatro produtos, não deixar as vendas das marcas consolidadas caírem e preencher as planilhas do case de negócios. Aqueles cases quilométricos, como uma gincana onde o que sobra no final, além das noites mal dormidas, é suco de cérebro, o pó da equipe, só  a capa do Batman. Mas os olhos precisam continuar brilhando, olhos de sangue mirando o horizonte azul. O jogador de basquete disse: "vocês conseguem!" 

Tirando os clichês, quer saber o final dessa história? Passou um tempo, a liderança da casa já foi pra outra empresa, uns por opção, em cargos melhores. Outros, porque não concordaram com a bizarrice toda, foram demitidos ou se desgostaram. A Força de Vendas? Cada um foi pra um lado, os mais resilientes até foram ficando, outros foram promovidos por terem ajudado a tirar o sangue do pessoal com a tal “cenoura” e outros foram embora para o concorrente  – estão todos chegando em outro resort, pra uma convenção animal, com direito a meninas dançando, um jogador famosos falando de desafios, palco iluminado, tudo preparado...


domingo, 24 de julho de 2011

TOPBLOG 2011 - Peço o seu voto de Confiança!

Caros amigos,
Em 2010, o blog Se “Espirrar, Saúde!” ficou entre os 100 melhores blogs do Concurso “TOP BLOG 2010” - foram milhares de participantes. Para o concurso de 2011, peço seu voto. Em pouco mais de um ano e meio de existência, temos:
  • Mais de 400 artigos variados
  • 67 seguidores
  • Mais de 36 mil visitas
  • mais de 52 mil páginas visitadas.
  • Presença frequente em 20 comunidades do Linked in e Facebook
Agradeço a todos que têm nos apoiado e acompanhado. Convido a dar o seu voto de apoio! Juntos, estamos construindo um dos melhores blogs do Brasil. É só clicar no selo azul piscante, no lado direito do blog. Obrigado!

sábado, 23 de julho de 2011

Rio pra não chorar

Bueiro na Rua Visconde do Pirajá
Nem o terrorismo entenderia
Bombástica revelação: existiu de fato um plano da Al Qaeda pra um atentado no Brasil. Mais especificamente no Rio de Janeiro. Mas descobriu-se também que o plano foi logo abortado. Chegaram à conclusão que um atentado no Rio de Janeiro daria muito trabalho pra pouco impacto e ainda daria um trabalhão extra reivindicar a autoria – a imprensa iria culpar o tempo todo a CEG ou a Light.

Ok, pode ser que exista uma célula da rede terrorista instalada debaixo do solo carioca. Pode até ser e, se for por esse caminho, dá pra ir mais longe: Pode ter gente deles infiltrada nas prefeituras das cidades vitimadas pelo ocaso dos temporais na Serra do Rio de Janeiro. Seria um plano perfeito: ao invés de jogar bomba, deixa que a natureza suje as mãos (é fácil responsabilizar Alah)  "e nós roubamos o dinheiro pra recuperação das áreas atingidas. Ficamos com aquela merreca dos dez milhões e os infiéis morrem de todo o jeito". Impecável e perverso, tal qual as tais escolas de pilotagem de aviões nos Estados Unidos - vários Al Qaeda estariam vivendo na Serra do Rio. Uma parte fez concurso para as prefeituras, virou funcionário público de carreira. Outra parte se instalou na política local, pra dar as cartas e preparar o terreno pro "juízo final". Todo mundo em seus postos, era só esperar o dia dos desabamentos. Como as áreas de risco não eram segredo pra ninguém, não precisou esperar muito.  


O Carioca não tem outra saída senão rir de si mesmo. Há pouco começaram a aparecer adesivos sarcásticos nas tampas de alguns bueiros. Uma forma criativa e bem humorada de encarar a triste realidade: o passivo do Rio é enorme e todo dia depõe contra os cariocas. A conclusão é simples. Deixou a porta de casa, é cada um por si e ninguém por todos. Uma miséria humana difícil de entender e de engolir. O imprevisível é sempre o prato do dia. Nem o terrorismo ousaria afrontar um concorrente o qual não conseguiria entender.
fonte: O Estado de São Paulo  

terça-feira, 19 de julho de 2011

Vovó, turbulências e o Zorro brasileiro

Minha vó e eu nunca discordamos. Lembro de uma única vez em que me fuzilou com os olhos; encasquetei de dizer que o Zorro brasileiro era o Rubens De Falco. Veio um sonoro protesto: “- Nada a ver, credo meu filho!”, como se fosse uma heresia. E insisti no erro: “- Claro vó, vê se não é a pose do Guy Williams do tempo dos bondes...”. Bastou pra fechar a cara e o tempo. Tinha mexido na única hóstia sagrada daquela casa: falar do Rubens De Falco, a lenda da TV e do teatro. Pensava nisso e acho que pensei meio alto. Quando dei por mim, era ele meu opositor de poltrona na fila 23 daquele voo, a última poltrona. O Senhor De Falco me observava. Mas tinha algo errado. Era ele, mas não era exatamente ele. Rosto fechado, sombrio, me fez um gentil aceno de cabeça, mas não soava natural, suava. Isso mesmo. “Medo de avião”. E de novo acho que pensei alto. Ele me olhou e respondeu meio sem graça:

- Tenho sim. Ainda sou do tempo em que se pensava que se homem fosse pra voar, teria asas.
Retribui pra relaxar: - Mas na sua profissão o Senhor deve voar muito, não?
- Verdade, mas evito sempre que possível. Esses vôos de Porto Alegre pro Rio de Janeiro são angustiantes, principalmente os da noite. Já recusei alguns trabalhos por não achar que era um bom dia pra voar.

Cheguei a abrir a boca pra dizer "minha vó é sua fã", mas parei. Ator famoso é cheio de melindres, podia soar como ofensa. Nisso, a aeromoça tropeçou, soou o alerta de três toques (turbulência forte) e o avião estremeceu brutalmente, e mais um solavanco no vácuo. Muita gente gritou e uma mão forte agarrou a minha. Era o Senhor De Falco de novo. Tentei acalmá-lo: “- Posso assegurar que hoje não será o seu dia, fique tranquilo.” Num gestou instintivo, respondeu: “- E muito menos, penso eu, que será o seu dia, tão pouco.”  Coisa estranha. Estava parecendo aqueles textos de novela de época mesmo, o diálogo não evoluía.
Rubens de Falco e Guy Williams...
também tínhamos o nosso Zorro

Passado o susto, pulsação normal e a rotina no avião também recomeça. Vi, aos poucos, o Senhor Leôncio ir apagando na poltrona, sereno como num capítulo de A Escrava Isaura. Não tinha nada de tão épico assim. Pousamos e na escada do avião, nos apertamos as mãos. Confirmei: “- Viu? Não era mesmo o seu dia.”, ao que ouvi um sorridente “- Nem o seu, meu caro, nem o seu” e sumiu apressado pelo saguão do Santos Dumont.  

No táxi, o visual da Baia da Guanabara ia rápido e resolvi ligar pra minha vó. “- Vó, adivinha com quem voei hoje? Com o Zorro brasileiro!” Qual o quê! Fechou o tempo no telefone.  

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Paixão por livros

Meu pai devorava livros. Eu era um pingo de gente e já achava o máximo ele lá, naquele momento supremo em que a solidão encontra o trono sagrado. Lembro do título de um dos primeiros que li: "A Vida do Elefante Basílio", de Érico Veríssimo. Esse certamente foi um dos primeiros – me amarrei na história maluca daquele elefantinho viajandão, uma mostra do que era capaz um dos monstros sagrados da nossa literatura. Depois veio “Sete Noites de Joãozinho” – muito triste, me fazia lembrar uma história antiga chamada “Marcelino Pão e Vinho”. Mas não desanimei. Um dia ganhei da querida vó postiça Rogéria a Série Taquara-Poca, de Francisco Marins. Uma saga sobre o interior do Brasil nos tempos do descobrimento. Essa coleção despertou meu interesse por história, mas não passou daí. No colégio, a pressão para ler clássicos da literatura brasileira era grande. Pressão mesmo, porque se algum professor conseguiu seduzir alunos pra leitura ao invés de impor, esse eu não conheci. Tive que ceder: Memórias de um Sargento de Milícias. Mas por pouco tempo – meu pai estava lá outra vez. Bati o olho em Papillon, O Destino do Poseidon, Tubarão, Os Sobreviventes dos Andes...nada adequados pra um garoto, mas a curiosidade de um menino não podia ser tolida. 

Um dia, fui pego com um livro embaixo do casaco, saindo da biblioteca do colégio. A Irmã Dirce me segurou pelo braço e, no pavor, o livro caiu. O Tempo e o Vento, também de Érico Veríssimo. Um professor de filosofia disse numa aula que “quem roubava livros não era ladrão, mas sedento do saber”, uma piada que resolvi testar. Claro que não contei isso pra Irmã Dirce, pelo bem do Professor. Como frequentador de carteirinha da biblioteca, tive direito a um trato: dois meses ajudando a organizar os livros no recreio e orientando colegas sobre onde encontrar um ou outro título e a Irmã Dirce esqueceria aquele dia. Aceitei no ato, não queria aquela mancha pra envergonhar meus pais.  

Meu pai e a Irmã Dirce, devo a eles o amor pelos livros. Um amor que procuro passar pro meu filho, como contribuição a uma geração feita de Pods, Pads e Tunes. E o livro do Érico Veríssimo? Ganheio o livro, mas tive que doar outro em troca para a biblioteca. Foi mais do que justo, foi transformador.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Memória a qualquer tempo

Um amigo uma vez me disse: “Se quiser ser presidente de empresa, comece por uma boa memória. Presidentes têm uma capacidade incomum pra lembrar de tudo e de todos”. A partir desse dia, percebi que nunca seria Presidente de coisa alguma. Sou hiperativo mentalmente e bastante disperso, memória não é meu forte. Lembro um rosto que não via há dez anos facilmente, mas o nome só lembro depois da terceira gafe com a mesma pessoa. Adquiri então o hábito de, após o aperto de mãos, fazer uma pergunta de checagem: “Seu nome mesmo...?” A pessoa responde e eu, gentilmente: “Ok, agora não esqueço mais” – esse é o sinal que combinei com meu cérebro pra que não mais esqueça o nome daquela pessoa, uma espécie de marcador - tem funcionado muitíssimo bem. Lembro com facilidade datas de lançamentos de filmes e músicas, nomes de atores, mas levei dois anos pra memorizar a placa do meu carro. Lembro fatos históricos, mas não raro bloqueio meus cartões de crédito por esquecer as senhas. Memória, memória. Tenho me esforçado pra mantê-la focada. Mas parece que até a tecnologia se tornou um risco iminente à memória. Um artigo de Gilberto Dimenstein relata o trabalho feito por pesquisadores de Harvard a respeito do efeito que causa sobre a memória o acesso fácil à informação. Segundo o estudo, existe uma clara tendência de irmos perdendo a capacidade de memorizar já que tudo está fácil – precisou de um dado mais complexo, é só passar a mão no celular ou no gadget mais próximo. Tudo com apenas um aplicativo simples. Isso deve mudar drasticamente a didática de ensino, ainda muito baseada na decoreba. O desdobramento dos fatos passa mesmo a ser mais importante do que decorar fatos e dados em si. Esse passa a ser, segundo o artigo, o ponto mais preocupante para educadores americanos: definir e separar o que é realmente relevante assimilar. 

No final, a gente volta a um ponto primitivo: como o cérebro lida com o excesso de informação? Seleciona naturalmente e decodifica lembranças através de desenhos, imagens. Então, aquelas memórias que melhor forem  decodificadas, ficam e as demais são descartadas, ou seja, memória fotográfica (estudo realizado por Brice Kuhl, da Universidade de Yale, e relatado em artigo da Folha de São Paulo - Juliana Vines). Ou seja, por mais que a vida moderna nos cobre uma atitude multitarefa, é impossível e antinatural lembrar de tudo. Concatenar coisas e velocidade de raciocínio são as competências que precisamos ter apuradas em nossas crianças. O resto, deixemos pro memory card. Sobre lembrar de tudo, perdão, é quase impossível – veja artigo aqui no blog sobre Hipertimesia (clique aqui). 
fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Propagandista - profissão pra lá de Sustentável

Propagandista - pelo Sindusfarma, são mais de
200.000 profissionais existentes no Brasil

Propagandista. Você já deve ter visto um camarada (ou uma garota) com um pastão quadrado esperando no sofá do consultório do seu médico. Normalmente está com um celular e consultando o palmtop, ou Ipad, lendo um artigo. Essa pessoa é o PROPAGANDISTA. 

O Propagandista é um profissional contratado e treinado por laboratórios farmacêuticos pra comunicar sistematicamente a um grupo de médicos novidades terapêuticas as quais um laboratório desenvolve. Pode ser um medicamento novo, pode ser uma informação nova sobre um medicamento antigo, pode ser um novo teste diagnóstico, existe um sem número de possibilidades. Como em toda a profissão, existem Propagandistas preparados, outros nem tanto. Existem também os do bem e os do mal. Cabe ao médico que os recebe escolher aqueles cuja empresa (e a atitude pessoal) fornece algo de relevante para seus pacientes. E isso já está acontecendo há tempos. Muitas empresas travestem os profissionais de vendedores de produto, alusão equivocada e imediatista. Um comunicador hábil e legítimo, com conhecimento suficiente para ser consultor de seus médicos faz mais sentido no curto e longo prazo. E claro que a "pegada" comercial é importante, pra que tanto a empresa quanto seu medicamento possam ganhar a preferência de médicos e pacientes. Esse pessoal precisa estudar muito, pra não dizer bobagens. Tem que conhecer mais de medicamentos que o próprio médico, que conhece doenças. Por isso, os bons Propagandistas são sempre respeitados pela classe médica. Curso superior, pós-graduação e conhecimento de, ao menos, um idioma estrangeiro já não são luxos pra um Propagandista. Mas o requisito mais importante é ter respeito pelo seu próprio trabalho e por seus interlocutores - restante é consequência.

A despeito de toda a discussão e controvérsia sobre a atuação dos propagandistas junto a médicos e a relação limítrofe existente entre ambos, é pelo Propagandista que o médico pode ter acesso rápido aos medicamentos, que são lançados aos montes. Por trás de um Propagandista existe uma empresa – e como toda arquitetura de mercado, existem as empresas que mantém relações saudáveis com seus clientes, outras nem tanto – até aí nada de novo. Se formos por esse caminho, uma empresa que faz carros e estimula (ainda que dissimuladamente) que as pessoas ultrapassem os limites, também ameaça indiretamente a preservação da saúde e da vida. Por isso não acredito que essa atividade vá acabar um dia – é até ingênuo pensar desta forma. Assim como não entendo o profissional de saúde que repele o Propagandista (os bons, diga-se de passagem). E se um deles vir a ser seu paciente? Como toda a atividade que se crê sustentável, a Propaganda Médica vai se transformando e o Propagandista também – mais tecnologia, mais habilidade comunicacional, mais ética, mais foco em soluções saudáveis e produtivas...é assim com tudo, é assim com a vida. Por isso, todo o 14 de julho é dia do Propagandista no Brasil. Um forte abraço a todos os propagandistas.  

GOL e Webjet - parte II

Charge enviada pelo nosso companheiro, leitor assíduo do SeES! João Antônio Carvalho (um cara a quem eu admiraria mesmo se não fosse meu tio).
fonte: Jornal NH/RS

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sinergias entre Gol e Webjet devem somar R$ 100 milhões

A integração entre as operações da Gol e da Webjet podem gerar ganhos de sinergia de cerca de R$ 100 milhões em dois anos. A informação foi dada pelo vice-presidente de Finanças da Gol, Leonardo Pereira. De acordo com o presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior, a aquisição vai permitir que a Gol aumente o número de voos diretos entre as capitais, ampliando sua malha e a abrangência do programa de fidelidade Smiles. "Hoje, temos dificuldades de oferecer voos diretos partindo de São Paulo para algumas capitais", disse. A Webjet tem rotas cobiçadas atualmente, como a ponte aérea entre os aeroportos Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP) em horários comerciais.
Além disso, a companhia voa para cidades como Navegantes (SC), Ribeirão Preto (SP) e Foz do Iguaçu (PR). E tem presença importante no Nordeste, em capitais como Recife (PE), Natal (RN) e Maceió (AL). O executivo informou que a Gol deve trocar toda a frota da Webjet --que hoje possui 24 aeronaves-- entre 18 meses e 24 meses após a aprovação do negócio pelos órgãos reguladores. Os aviões da Webjet, Boeing 737-300, são de uma geração anterior aos da Gol, que hoje opera com Boeings 737-700 e 737-800. Segundo Oliveira Jr., o fato de todos os aviões terem a mesma marca vai facilitar o treinamento dos funcionários da companhia adquirida. Para renovar a frota, a Gol tem três opções, afirmou: a renovação de alguns contratos de leasing; a possibilidade de novos leasings operacionais; e ampliação dos pedidos da Gol para a Boeing. A última solução, porém, seria mais demorada. "Hoje, o prazo de entrega dos aviões da Boeing é 2016. Ou seja, isso não resolve nosso problema no curto prazo." Folha.com - matéria na integra

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um braço por uma Vida

James Franco como Aron Ralston
Num mato sem cachorro
James Franco é um ator franco, autêntico e que escolhe personagens densos e filmes autênticos pra atuar (ok, fora o Homem Aranha) - e trabalha muito. Tá estudando pra ser PHD em língua inglesa, que pena. 127 horas foi um filme aflitivo e autêntico – uma alpinista corta um braço pra salvar a vida. Quem, em sã consciência, cortaria o próprio braço pra se salvar? Ninguém. O personagem cortou por desespero mesmo. E não que não precisemos cortar um bracinho de vez em quando. Fica-se arrastando o morto a resolver antigas pendências. No filme, o personagem, preso numa pedra pelo braço direito, faz da angústia uma egotrip ao contrário. Desfia seus passos e atitudes até aquela pedra maldita. Descobre que, na verdade, aquela pedra sempre esteve ali esperando por ele (ups!). Lembrei do brasileiro Ranimiro Lotufo – foi modelo internacional e esportista radical. Um choque contra uma rede de alta tensão durante um vôo de parapente pôs fim a carreira de modelo. Qual nada – em toda palestra que dá, Ranimiro afirma que saiu da “experiência” um ser humano melhor e mais aberto pra vida, capaz de rir de si mesmo, dar valor ao que tem valor e de praticar esportes ainda mais radicais. Acredito nele - quem vê Ranimiro contando, acredita. Por ter apenas uma perna, os desafios se tornaram maiores, mas não menos sedutores. É o preço de encontrar a si mesmo? Pode ser, mas tomara que pra isso não seja necessário um braço ou uma perna...Veja o filme, vale à pena. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ringo Starr - sensacional ou farsa?

Dia 07 de julho é sempre aniversário de Ringo Starr. Nada mais justo mencionar uma antiga discussão. Em roda de beatlemaníacos, a mesma polêmica se repete: Ringo Starr era ou não era um baterista que valesse aquilo que come? Basta só dois beatlemaníacos e foi-se a noite. A contenda é divertida e quem não é do meio, fica só admirando. Toda entrevista que dá, o próprio Ringo diz a mesma coisa: “Fiz parte da maior banda do mundo, se não fosse bom, não teria ficado tanto tempo” – quem sou eu pra discordar. Pesquisando um pouco, se vê porquê. Ringo Starr mudou o jeito de se tocar bateria pra sempre – ele é canhoto, mas toca como destro, o que, segundo os entendidos, permite a ele tocar algumas frases de bateria que não são tão simples para os bateristas destros de fato. E foi dele a idéia de mudar a forma de pegar as baquetas: do mesmo jeito com as duas mãos (matched grip). Com isso, criou viradas bem diferentes, o que deu uma sonoridade peculiar à “cozinha” dos Beatles. Aquele mini “praticável” que deixa o baterista mais visível lá no fundo, elevando-o no palco também foi invenção de Ringo Starr. Além de tudo isso, o temperamento calmo fez dele um apaziguador dentre os outros Beatles. E depois que a banda acabou, fez uma carreira bem assentada não só como músico, mas como produtor e cineasta. Assim fica mais fácil ver beatlemaníscos discutindo? Nem pensar. Se tiver veredicto, o assunto se esgota e aí perde a graça. Então, segue a pergunta: “mas afinal, o Ringo foi ou não foi um bom baterista, aquele cretino?” 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Críticas e Polêmicas: Crítica. Cópias de artigos e os blogueiros sem caráter.

Críticas e Polêmicas: Crítica. Cópias de artigos e os blogueiros sem caráter.
Não deixe de ler esse artigo que encontrei no blog Críticas e Polêmicas (é só clicar no título). Se eu fosse dizer algo sobre gente que pirateia artigos dos outros, não teria feito melhor. No "Se Espirrar, Saúde!", desde o primeiro artigo, sempre que o texto (na íntegra) ou mesmo o conteúdo faz alusão a terceiros (ainda que apenas por inspiração) a pessoa ou o veículo levam os créditos. Sempre recebemos elogios, mas no inicio achava estranho elogiarem, pois pra mim sempre foi normal dar crédito a quem tem crédito. Mas, com o tempo, fui descobrindo que no mundo dos blogs  não funciona bem assim. Como em tudo que é lugar, tem pirata sangue-suga. Parabéns ao blogueiro - manifestação simples, sincera e consistente.

domingo, 3 de julho de 2011

Você e Eu, juntos - Dave Matthews Band

Conheci Dave Matthews e sua banda num improvável janeiro de 1995. Uma época sem download e sem venda via web. Uma época de se perder entre prateleiras de CDs (aliás esses sim uma novidade na época), em lojas como uma HMV, que ocupava andares de prédios em tudo quanto era lugar. E só com discos e CDs, nada de periféricos, laptops, celulares e outras tralhas. De lá pra cá mudou tudo, mas Dave Matthews Band continua sendo a minha referência de que nem tudo está perdido, só diferente - é o motivo de ir.
Veja o clip.

sábado, 2 de julho de 2011

Morte ao PowerPoint - ou você ou ele, decida


Redes sociais e smartphones mandaram a gente falar e escrever diferente. A palavra instantânea agora tem cor, som, movimento, forma. E-mail vira meio de registro de documentos pura e simplesmente. Youtubes, Vimeos, My Spaces e companhia limitada mandaram mostrar diferente - na seara multimídia, o PowerPoint também envelheceu – agora, serve quase que só pra mandar e receber mulher pelada pros amigos ou aquelas correntes de auto-ajuda, com rosas e músicas da Enya (nada contra a Enya). Apresentações corporativas ficaram modorrentas, em reuniões intermináveis. Começa com um filminho motivacional tipo “garra, entusiasmo & motivação”, depois vem a fritação de slides. Tem vácuo tecnológico e postural nessas apresentações. Não apareceu ainda um novo modelo de comunicar mais afinado com o momento. Já que ainda não tem coisa melhor, então meto o pau em alguns cacoetes de PowerPoint
O “ppt” tem trocentos anos, mas tem gente que insiste em ser insuportável na hora de fazer uma apresentação – é um suicídio profissional. E é bem fácil criar uma apresentação que afugente todo mundo, vão algumas dicas: Encha os slides de conteúdo – faça um texto longo, coloque 10 informações, com letras de tamanhos diferentes. Faça uma lista interminável de itens, como num testamento. O pessoal vai adorar. Vire de costas ou de lado e fique lendo os slides. Dê umas gagejadas, pra assegurar a sensação de que você não sabe nada do que está lendo. Fundo preto ou azul é show pra dispersar ou fazer dormir. Fontes pequenas podem ajudar na tarefa de estressar a audiência. Coloque umas figuras, encha delas, é um bom dispersor. E também coloque aquelas frases que entram correndo, da direita pra esquerda e de baixo pra cima. Aquele som de chicotinho também é legal pra mexer com os nervos. Use o laser point com se estivesse tendo uma crise de Parkinson – aponte pro nada, fique girando o negócio e apontando pras pessoas. Isso é ótimo pra causar desconforto. Use e abuse do tempo - te deram trinta minutos. Enrole, mesmo que não tenha mais a dizer, mas não largue a latinha. Até invada um pouco o tempo dos outros, assim você aparece mais. 
Tá dado o recado. Boa sorte em suas próximas apresentações. Não esqueça que só o que os caras querem saber é se você vai cumprir suas metas e como, nada mais. Mas se você seguir as “dicas” acima, nem essa certeza vai te salvar.