quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Palavras e Atitudes

“Que tuas palavras ilustrem teu comportamento e teu comportamento, tuas palavras.” (William Shakespeare). Estava eu catando, pesquisando sobre outro assunto e Sr. William estava lá, bastante provocativo. Não importa o que eu diga, não importa meu gosto, minhas opiniões, religião, minhas boas maneiras. Tudo isso falado MAS não praticado, pode esquecer - vira auto-ajuda.
O melhor legado que posso dar ao meu filho é o meu exemplo, é isso que vai ficar quando ele tiver que fazer a escolha entre uma boa e má atitude, uma decisão bem ou mal tomada na vida. Ele terá o livre arbítrio por companhia, como qualquer um de nós - mas até os animais irracionais tem livre arbítrio. O grande barato é que os meus erros podem ser bons professores, bons exemplos pra ele, desde que os meus “zeros” não se tornem muito pesados pra ele - com o perdão da palavra, aí seria sacanagem.  Esse tipo de reflexão não é nova aqui no blog, mas acredito que se trouxer esse tema da atitude e da palavra, boto meu grão de areia e talvez possa trazer mais gente pra esse lado.
É cansativo encontrar pessoas que despendem um tempo e uma energia enorme vendendo artifícios de si mesmo, 24 horas por dia posando pra foto, mas raramente são pessoas em quem se possa confiar (por acaso essa pessoa te lembrou alguém?). Tenho preferido pessoas mais simples. Traduzindo “simples” – pessoas que pensam simples, falam diretamente o que pensam e, de uma forma muito econômica (mas verdadeira), demonstram algum apreço. O problema é achá-las. Se você achou, mande o telefone que essas são caras.
p.s. - o outro assunto que estava pesquisando era justamente "auto-ajuda" - vai ficar pra próxima, nada é por acaso.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Torpedos no trânsito - pior que o álcool

Como bloquear o instinto de reagir ao primeiro toque de uma mensagem ou e-mail  entrando em seu celular? É incrível e até divertido ver a pessoa dar um pulo quando ouve aquele bendito toque – e procura, e se apalpa, vai na bolsa...o mundo vai se acabar se a criatura não ver a mensagem, se não responder. Se for no meio de uma reunião, é mais cômico ainda (a pessoa se nega a por no módulo "vibracall" e faz aquela cara de calamidade tipo “esqueci, desculpem, mas preciso atender”. Seria divertido se não fosse um ponto: as pessoas fazem isso dirigindo carros também e essas reações espasmódicas, mais que ridículas, podem matar. Tenho um amigo que confessou, um dia: se deu ao trabalho de decorar a posição das teclas do smartphone pra responder torpedos dirigindo - a coisa é muito séria.
Pesquisadores da universidade North Texas Health Science Center publicaram um estudo, mostrando que só nos EUA, desde 2001, cerca de 16 mil pessoas morreram em acidentes envolvendo o uso de celulares para responder mensagens. Haja modelo matemático pra co-relacionar isso, mas os caras fizeram. Em 2001, eram transmitidos cerca de 1 milhão de torpedos/mês. Esse número saltou para 110 milhões em 2008. O tema não é exatamente novo. Em 2008, a RAC Foundation, em parceria com o Laboratório de Pesquisas no Trânsito (Londres/Inglaterra), estudou 17 jovens respondendo torpedos em simuladores - detectaram que as reações dos motoristas foram 35% mais lentas, com queda de 91% da capacidade de manter o controle do carro - em outras palavras, concluíram que o estrago causado pelos torpedos no motorista é maior do que o álcool, quando o assunto é direção defensiva. Mas tente passar um torpedo dirigindo e não será nada difícil entender isso tudo. 
No Brasil nunca vi artigo que mencionasse alguma estatística sobre isso, mas dá pra imaginar como o fascínio por smartphones deve estar matando brasileiros no trânsito. Eu estou tranqüilo, não fui mordido por esse bicho – se entra um torpedo no meu celular, mesmo em estado de absoluto repouso, no aconchego da minha poltrona (do quarto, e não do carro), penso duas vezes se devo olhar ou não – as vezes, não olho. Será que o mundo vai realmente se acabar se eu deixar passar aquele torpedo que acabou de entrar? É bom pensar nisso ou, por causa de uma droga de torpedo que entrou atravessado enquanto se deslocava pra reunião, você pode não estar mais aqui pra saber...
Fonte: Reuters, G1 e Sinditran

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pessoal da TAM, quanto vale um cliente??

"Não insista, Senhor! É expressamente
proibido sentar
nas saídas de emergência!"
Não tenho andando muito de avião esses dias, muito menos de TAM. Peguei uma twittada do meu guru e amigo Prof. Cláudio Tomanini indo pra Fortaleza - a TAM está mesmo metendo descaradamente a mão no bolso do passageiro cobrando 40 paus de quem quiser esticar as pernas nas primeiras fileiras de poltronas ou perto da saída de emergência (inclusive aquelas que não reclinam - a propósito, deve ter um descontinho de uns 20 reais por essas aí, não??), como já fazem nos vôos internacionais (só que a 50 dólares). Diz a ANAC
“Art. 4º A cobrança de valores relativos a serviços opcionais ofertados pelo transportador, dissociáveis da prestação do serviço de transporte aéreo, poderá:  …III – ser feita à parte do bilhete de passagem.
Aguardem, em breve as poltronas do corredor, só que nos cinemas, também custarão um pouquinho a mais, afinal facilita a corrida da pipoca, a ida no banheiro e a esticada na perna. E quem disse que a existência de um corredor no cinema não pode ser chamada de "serviço opcional"? E o banheiro da minha casa, também vou passar a cobrar, afinal sou filho de Deus. Pessoal da TAM (ou LATAM agora - será que isso já é influência dessa fusão?), tomem juízo, respeitem o passageiro que o Comandante Rolim suou tanto pra conquistar. Não é saudosismo não, é só respeito...a AZUL tá crescendo à sombra dessa arrogância, firme e forte (e outras virão). Um dia vocês vão lembrar "que um dia existiu um alguém que só carinho pediu e você fez questão de não dar fez questão de negar". Atenção amigos do PROCON, será que não vale dar ao menos uma checada? Vai que o pessoal do jurídico da TAM deixou passar algum inciso no meio da papelada...Ninguém merece... 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Número de doentes de Alzheimer deve dobrar em 20 anos


O número de doentes de Alzheimer e outras demências similares irá dobrar nos próximos 20 anos, passando dos atuais 35,6 milhões para 65,7 milhões em 2030 em todo o mundo, segundo estudo divulgado pela ADI (Alzeimer"s Disease International). Ainda segundo a pesquisa, esse número deve triplicar em 40 anos, totalizando 115,4 milhões em 2050.

No Brasil, as mortes por Alzheimer passaram de 1.343 em 1999 para 7.882 em 2008, um aumento superior a 500%, segundo estudo da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). A demora no diagnóstico correto e o acesso aos remédios adequados dificultam o tratamento.
O custo do tratamento da doença de Alzheimer e demências deve representar 1% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial em 2010, que equivale a mais de 604 bilhões de dólares, diz o relatório da ADI.
Para atender a todos os doentes, os fundos dedicados ao Alzheimer teriam que se multiplicar por 15, financiamento comparável ao do tratamento de doenças cardiovasculares, e por 30, para se igualar ao financiamento para os que padecem de câncer, segundo especialistas.
A doença de Alzheimer e as outras similares afetam 0,5% da população mundial. O Alzheimer afeta a memória e é incurável e, a partir dos 65 anos, o risco de ter a doença duplica-se a cada cinco anos, chegando a 50% aos 85.
fonte: Saúdebusinessweb - matéria na integra

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Todo mundo quer correr

Parque do Ibirapuera, do lado da Oca - São Paulo sempre tarda, mas nunca falha. Vem um grupo de umas 30 pessoas que passam meio correndo, meio caminhando. Fora o cara que puxa a turma, fácil de identificar por causa da camiseta da Runner, os demais não são exatamente o que se possa chamar de atletas. Cada um corre num trote, de um jeito. O estilo da corrida é a cara do praticante – uma passada mais burocrática, outras rapidinhas, sem muita paciência, tem aqueles que correm falando mais que pobre na chuva.
Assumir um esporte regular não é fácil, requer doação do praticante. De início, parece que tudo conspira contra. Mas correr é bem conveniente pra quem, por exemplo, não pode perder tempo catando quadra, academia, ou que não tenha rotina (caso dos viajantes). É só meter um tênis na mala, calção, camiseta e tá tudo certo – mais ou menos. O tênis precisa ser bem escolhido, porque coluna, joelhos e demais articulações são extremamente exigidos durante uma corrida (imagina quem está acima do peso). Ok, não precisa ser um Nuno Cobra pra imaginar isso. Pronadores, Supinadores e Neutros, seriam pra mim nomes de torcidas organizadas de rugby, mas longe disso. Pronadores são pessoas cuja pisada se dá com o calcanhar e, ato contínuo, se estende pela parte interna do pé até o dedão. Quem tem pé chato corre desta forma – precisa de um tênis que lhe dê equilíbrio (desgaste do tênis: mais pra dentro, desde o calcanhar até o dedão). Os Supinadores, ao contrário dos pronadores, pisam com a parte externa do pé, até o mindinho (desgaste do tênis: toda a borda externa) - precisam de um tênis que não seja duro e que amorteça bem o impacto. Os neutros correm nas nuvens, pois a passada começa externa e se estende pro centro, na planta do pé, super equilibrada (desgaste do tênis: no extremo do calcanhar e na planta do pé) - O padrão de tênis, neste caso, é o de amortecimento neutro.
E o pessoal da Oca dá-lhe corrida, todo mundo animado. Umas 10 voltas depois, chego na informação mais importante da revista: um tênis dura em torno de 400km de corrida. 400km? Ótimo, mas por acaso alguém pode me indicar um com hodômetro? O pessoal também força a amizade, vamos combinar. Boa corrida e saúde!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Obesidade e Asma - será que o trem tem jeito?

Não jogo e não curto futebol, nunca foi minha praia. Por isso, é batata – convenção de empresa, pinta uma partida, fico na arquibancada batendo papo com um, com outro. Numa dessas, um dos caras pediu para eu segurar o relógio dele e um frasco de remédio tirado do bolso, pra que ele pudesse entrar em campo. O remédio: uma budesonida. O dono: o Lima, mais ou menos uns 37 anos, 1:70 m, pesando uns 120 quilos, nitidamente um gordinho bem socado. Não deu 20 minutos de jogo, o Lima vem suando como um cavalo, ofegante, peito chiando, pedir a bombinha. Aquilo me deu um arrepio. Perguntei: “Lima, cê ta legal? Quer uma água, alguma coisa?”
“- Não, sô...tô custumado, todo sábado é isso, é minha asma. Esse trem não tem jeito não.”
Respondeu naquela típica mineiragem camarada. Ficou ali sentado uns 5 minutos pra se recompor, antes de voltar pro campo. Jogo monótono, fui pro quarto pesquisar e achei:  as pessoas normalmente acham que asma e obesidade não tem co-relação, assim como eu também achava – pois tem e isso não é novo. É de 2007 um trabalho do King`s College London relatando a análise de células pulmonares no asmático – a mesma célula produz proteínas causadoras de doença respiratória e proteínas que estimulam o aumento de apetite – combinação pra lá de perigosa. Sempre ouvi que asmáticos são sempre candidatos a gordos porque tendem a ser mais sedentários (a asma impõe alguns fatores limitantes, principalmente na infância). Um estudo como este também contraria um pouco esta lógica, o que faz supor que perda de peso pode significar redução do quadro de asma - mas isso é só fetiche, não posso afirmar isso (não sou médico, sou curioso). Não acredito que tenha esgotado todas as fontes de pesquisa na web, mas de fato ainda não consegui identificar se a pesquisa desse tema segue evoluindo (creio que sim). Prometo ao Lima continuar pesquisando e conversando com amigos médicos. Prefiro acreditar que “o trem tenha jeito sim”. Quer saber? Procure um médico.
fonte: folha online e Respiratory and Critical Care medicine wesite.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sobre xícaras, cafés e pessoas...

O texto abaixo foi um presente do meu amigo Mário França Neto, de Delaware (EUA).
Um grupo de ex-alunos, todos muito bem estabelecidos profissionalmente, se reuniu para visitar um antigo professor da universidade. Em pouco tempo, a conversa girava em torno de queixas de estresse no trabalho e na vida como um todo. Ao oferecer café aos seus convidados, o professor foi à cozinha e retornou com um grande bule e uma variedade de xícaras - de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas simples, outras caras, outras requintadas; dizendo a todos para se servirem. Quando todos os estudantes estavam de xícaras em punho, o professor disse:
- Se vocês repararem, pegaram todas as xícaras bonitas e caras, e deixaram as simples e baratas para trás. Uma vez que não é nada anormal que vocês queiram o melhor para si, isto é a fonte dos seus problemas e estresse. Vocês podem ter certeza de que a xícara em si não adiciona qualidade nenhuma ao café. Na maioria das vezes, são apenas mais caras e, algumas vezes, até ocultam o que estamos bebendo. O que todos vocês realmente queriam era o café, não as xícaras, mas escolheram, conscientemente, as melhores xícaras... E então ficaram todos de olho nas xícaras uns dos outros. 
Agora pensem nisso: 
A vida e as pessoas que amamos são o café. E os empregos, dinheiro e posição social são as xícaras. Elas são apenas ferramentas para sustentar e conter a vida. E o tipo de xícara que temos não define, nem altera a qualidade de vida que vivemos. Às vezes, ao nos concentrarmos apenas na xícara, deixamos de saborear o café, que é o que realmente importa. Saboreie seu café! Viva intensamente a sua vida...(Mário Neto).

domingo, 12 de setembro de 2010

Rápidas sobre Squash - Manoel Pereira no Costa Rica Open

Manoel Pereira, 3º Squash player do ranking brasileiro, esteve no Costa Rica Hailed As New PSA Tour Stopover, de 8 a 11 de setembro de 2010, em San Jose. Manoel chegou até as quartas de final (perdeu para o inglês Tom Peshley, o 109º do mundo pela PSA). Manoel deixou o tonreio em 128º, ganhando mais 10 posições no Ranking Mundial da PSA. O campeão foi o canadense Robin Clarke, o 80º do ranking. Conseguimos contato com Manoel no dia 10 de setembro, as 14:40hs, direto da Costa Rica: "Ontem eu perdi para o Inglês, mas fiz um bom jogo, o nível fora do Brasil é mais alto, mas estou sentindo melhora no meu jogo, é continuar treinando,  aperfeiçoar e com isso ganhar mais jogos e ter melhores resultados."
Manoel, parabéns por mais essa batalha e por ter galgado posições importantes para o Squash brasileiro.

"Se Espirrar, Saúde!" faz 1 ano hoje!

Um ano de "Se Espirrar, Saúde!"
Faz um ano exatamente, que o primeiro post do “Se Espirrar, Saúde!” foi publicado. Era pra falar de saúde, não rolou. Surgiram tantos temas ricos que a questão da saúde foi dando espaço pra Comportamento, Esporte, Crônicas. E não sou médico – então, falar de saúde de forma produtiva requer outras competências. A primeira lição que aprendi é que, com o passar do tempo, ao invés de conduzir um blog, ele é que acaba conduzindo a gente, e como! Nesse ano, aprendi que:
...é possível um bando de pessoas dançarem na praia ao som do U2, em protesto à reunião do clima.
...o Brasil só entendeu a importância de Zilda Arns no dia que a perdeu e que Mr. Prahalad deixou o mundo do Marketing mais órfão.
...julgar os vícios das pessoas não é humano, e sim ajudar na medida do possível.
...o esporte mais saudável e completo do mundo é o Squash e que pessoas como Rafael Alarcon (1º.do Brasil) e Manoel Pereira (3º do Brasil) são gladiadores gentis.
...a maior parte das coisas importantes foram feitas por pessoas absolutamente comuns.
...que "Uh! Tererê!" é a expressão abrasileirada do inglês WHOOMP! THERE IT IS!".
...que existe um celular que funciona com Coca Cola.
...que cantar “De Olhos Vermelhos, de pêlo branquinho...” pode dar cadeia (tudo bem, é exagero, mas a música tem dono).
...que a presença do ator Paulo José, de chinelos e revista em punho, ilumina qualquer ambiente.
...que existe uma vertente musical super criativa e engraçada chamada “mush up”.
Isso não expressa, nem de perto, todo o conteúdo das 260 matérias publicadas, entre notícias, crônicas, tirinhas, filmes, vídeo clips... Agradeço ao Alex Poubel por me preservar dos erros de português e ao Lourival Stange pelos Impactos Econômicos engraçadíssimos (vai ser o Jabôr da economia). Também agradeço aos diversos entrevistados, amigos blogueiros e leitores que passaram por aqui, dando opiniões, motivando, interagindo em mais de 9 mil visitas e 14 mil páginas vistas - algo pra contar pros netos. E a vida continua, queremos integrar mais blogueiros ao “Se Espirrar, Saúde!”, ou quem não é blogueiro, mas tem o desejo de publicar um só texto legal. E como todo o astro, precisa se renovar,  deve vir uma mudança radical de lay-out pela frente, aguardem! Rumo ao segundo ano! E Se “Espirrar, Saúde!”.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Remédios falsos – uma praga para ricos e pobres

Quando o assunto é cocaína e heroína, a tolerância é sempre zero, ao contrário do que acontece com falsificação de medicamentos. Nesse terreno, leniência tem sido o nome do jogo. Quantos “spans” de um Viagra mais que suspeito a precinho de ocasião desfilam em sua caixa postal? Dá pra comprar de tudo que é jeito e largam dentro da tua casa. No mundo todo, a indústria farmacêutica pressiona pra que os governos sejam mais severos com os  "counterfeits". Até a igreja entrou na briga, via um comunicado do papa colocando a luta contra as falsificações como uma prioridade. E faz todo o sentido. A ordem do dia é investir em desenvolvimento tecnológico pré dificultar a vida dos criminosos - por uma simples questão: medicamento falso, diferente de um CD ou de um perfume, mata. 
Remédio falso é sinônimo de país pobre – ledo engano. Segundo John Clark, Vice President e CSO da Pfizer Global Security, no Canadá e os EUA, considerados países “seguros”, Viagra está no topo da lista das imitações vendidas a preço baixo. Falsificações de Lipitor®, Norvasc®, Zithromax® foram encontradas em 44 países, vendidos em redes de farmácias “confiáveis” (mais de 11 milhões de cápsulas e tabletes rastreados pela Pfizer). A coisa banalizou de uma forma, que um estudo financiado pela própria Pfizer mostra que metade dos consumidores europeus em 14 países têm habitualmente obtido medicamentos por canais “ilícitos”. Isso tudo movimenta um mercado de cerca de 12,8 bilhões de dólares.
Pra conter esse tsunami, da mesma forma como pressionam os governos pra que se posicionem, empresas inovadoras correm para desenvolver softwares e processos de rastreamento cada vez mais incríveis. A IBM lançou um chip identificador por radio freqüência (RFID), uma espécie de “detector de fakes”, a ser impresso na embalagem dos remédios. Abbott e 3M fizeram o mesmo. Em país pobre, cada um se defende como pode - Uma empresa africana chamada mPedigree (Gana) criou um jeito de usar o celular para detectar falsificações – um selo em alto relevo no topo da caixa é raspado pelo consumidor, que passa uma mensagem com o código impresso por baixo da raspagem para uma central - essa informa se o remédio é falso ou não.  A Nigéria, país vizinho que sofre com medicamentos falsos, gostou da coisa e vai implantar. 
O importante é dificultar – quanto mais caro e complexo for para um vigarista falsificar um remédio, mais ele vai ter que mudar seu “ramo” de negócios, diversificar – ainda que seja crime injustificável, falsificar sapatos, bolsas femininas e perfumes, não mata ninguém. Acabar, não acaba, minimiza - mas é com intolerância que se combate as pragas.
Fonte: The Economist – set/2010 & Wikipedia.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

GAVISCON - Reckitt Benckiser lança antiácido no Brasil

SBP, “terrível contra os insetos”, o limpador Veja Multiuso, o odorisador  Bom Ar certamente são marcas que estão na maioria das despensas do brasileiro. Estas marcas são cases de sucesso da Reckitt Benckiser, líder mundial em produtos de limpeza, higiene pessoal e cuidados com a saúde. Em 2009, a empresa faturou no mundo 7,7 bilhões de libras. Pois a partir de outubro de 2010, o Gaviscon, medicamento pra azia, dá o pontapé inicial da Reckitt Benckiser no mercado farmacêutico brasileiro. A estratégia de comunicação considera um balance entre abordagem científica (médicos) e abordagem de marca (consumidores).  A marca já é comercializada em mais de 40 países.  Veja abaixo entrevista com Flávio Kakimoto, Diretor da Reckitt Benckiser para assuntos regulatórios. Fonte: Saúdebusiness Web

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Você sabe o que é "Mush Up"? Ouça Myjonus Brothers Cover Band (RS/Brasil)

Myjonus em ação
Eron Dalmolin - jornalista, locutor, ator, pai de um dos personagens mais conhecidos do rádio gaúcho: Papaéu, um Mister Bean tupiniquim, com sotaque de gringo que fala, pensa e ironiza sobre quase tudo (nRio Grande do Sul, gringo significa pessoa de forte descendência italiana, com sotaque carregado). Há uns dois meses atrás, conversando com o Eron, soube que ele também cantava.  Faz “Mush Up” com a banda Myjonus Brothers. "Mush Up" é o mesmo que utilizar duas ou mais músicas de terceiros e, como se fosse um “patchwork”, criar uma terceira música. O resultado é surpreendente, engraçado e sofisticado. Desse bate-papo com o Eron, surgiram algumas pérolas que divido com vocês:
SeES! - Quem é Eron Dalmolin? Um homem em busca do âmago do ser. Em busca do elo perdido.
SeES! - Como surgiu a idéia da banda? Quem começou tudo? A idéia foi minha. Há um amigo que diz que todo radialista é um músico frustrado. Pode ser, mas acho que no meu caso o que motivou foram as mulheres e o dinheiro. As mulheres porque não há nada como o “efeito palco”, com as bandas. Até os roadies se dão bem. Então a música virou minha terapia, inclusive sexual. Os outros estão nessa por dinheiro.
SeES! - De onde saem idéias tão sofisticadamente piradas e musicalmente provocantes? Para corrigir uma injustiça com a dita “música brega”, dos anos 70, que sempre foi relegada a segundo plano pela crítica. Afinal, o que é MPB? Odair José era brega e Ivete Sangalo é chique? O que piorou? A música ou o gosto da classe média? Nossa vingança é transformar pérolas “bregas” em rock n’roll visceral, para revelar sua essência.
SeES! - Quem é a usina de criação e como é o processo de criação? Como sou um cantor limitado, escolho as músicas que consigo cantar (e decorar as letras) e passo a idéia de banda e/ou música clássica do rock que gostaria de fazer a mistura. O Diasper (guitarrista) estuda o caso e faz a adaptação e a gente ensaia ao violão. Depois a banda se reúne em estúdio e cria as convenções.
SeES! - Por quais motivos as pessoas contratam o Myjonus? Pra dar risada.
SeES! - O que cada um da banda faz  da vida além de “myjonear”? O Diasper Lucho vive da música. É professor de cordas na Escola Thalentos, em Porto Alegre.  Paulo Inchauspe é radialista, locutor da Rádio Pop Rock, de Canoas. Pancho e eu também somos radialistas, da Rádio Ipanema, de Porto Alegre.
SeES! - Em que lugar você sonha cantar com o Mijonus?? Num navio da Royal Caribbean.
SeES! - Qual foi o evento mais improvável onde o Mijonus já se apresentou? Num piquete da Expointer, feira agropastoril em Esteio/RS. Os gaúchos trajados à rigor ficaram apavorados.
SeES! - Pra quem você jamais se apresentaria (nem pagando muito) e porque? No carnaval baiano. Porque não pagariam muito.
SeES! - Pra contratar o Mijonius, vocês tocam em qualquer paragem ou tem limite de território? Tudo se ajeita.
No Youtube, o Myjonus mostra algumas das performances, como esta. Se Espirrar, Saúde, Eron! 

sábado, 4 de setembro de 2010

Comercial do Vectra - o Squash como apelo

Bom demais que o Squash começa a aparecer em comerciais de TV. Isso aumenta a curiosidade sobre o esporte e posiciona o Squash, conforme o produto vendido. Neste caso, um produto TOP, o Chevrolet Vectra. No comercial de lançamento do Hyundai IX35 no Brasil (que inclusive está no ar no momento), o Squash também aparece, mas ainda não temos esse no Youtube. Quem sabe em breve? Esse do Vectra, é muito original e divertido e tem um final surpreendente, muito legal.

Mitômanos e Mentirosos

A gente mente o tempo todo, somos uns cascateiros de plantão. Mentimos pra nós, pros outros, é uma válvula de escape. Tem estudo sério sobre o papel social da mentira no cotidiano – a “mentirinha branca” é tida como um apaziguador social, aquela que existe para evitar conflitos. A desculpa pra não jantar com algum chato, o clássico “diz que eu não estou”,  o elogio contido pra amiga ligeiramente acima do peso (gorda mesmo), poupar o outro de uma notícia ruim, essas coisas. Gerald Jellison, Psicólogo e Professor da Universidade do Sul da Califórnia, garante que tomamos contato com cerca de 200 mentiras por dia (já pensou se o nariz crescesse de verdade?), mas este dado desconsidera a sazonalidade dos períodos eleitorais – porque esse índice dobra nessas épocas (novidade...). Na roda da ascensão social, contar os fatos conforme a conveniência ou omitir outros, simplesmente funciona.  Mas entre isso e a doença, vai aí uma distância (pelo menos, é o que se espera).
Augusto Nunes, jornalista da Revista Veja, contou um fato curioso passado com o Presidente Lula em 2002. Questionado se falar inglês era importante, não teve dúvida, tascou uma cascata sobre ter abandonado um almoço na Folha:
“Eles achavam que Bill Clinton não tinha obrigação de falar português. Era eu, o subalterno, o país colonizado, que tinha que falar inglês. Teve uma hora que eu me senti chateado e levantei da mesa”.
Em 2009, o jornalista americano Jason Blair foi desmascarado depois de ter fraudado reportagens por quatro anos no jornal The New York Times. Blair inventava fatos, personagens, lugares e as histórias mais pitorescas, cheias de detalhes. Lula fez escola.
Mentir pode ser uma doença psíquica
Falando da doença, a Mitomania é um distúrbio psíquico, primo-irmão da psicopatia. O mitômano mente compulsivamente, não admite uma mentira e quando demonstra algum constrangimento, caso seja desmascarado, está interpretando um papel, ou seja continua no transe daquela mentira – lendo isso, me dou conta de já ter dado de cara com alguns desses por aí. Brincando, brincando, mas a coisa é bem séria.
O fato é que a mentira elevada à décima potência sai caro e não me sai da cabeça aquele dado das 200 mentiras que dobram no período eleitoral. No Brasil, manter o congresso nacional "funcionando", por exemplo, nos custa seis bilhões de reais/ano (será que se mente muito por lá?). É o segundo congresso mais caro do mundo, perde só pros EUA. Queria que fosse mas, infelizmente, não é mentira.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Rápidas - O Livre Arbítrio

O consultor Washington Sório (www.washingtonsorio.com.br), resgatou esses dias uma fábula que particularmente adoro e não lia há muito tempo (Washington, obrigado!):
"Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas. Ele disse: "- A batalha é entre os dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego. O outro é Bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé".  O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: "- Qual lobo vence?" O velho índio respondeu: "- Aquele que você alimenta!"
Fui bisbilhotar o que se diz sobre livre-arbítrio. Schopenhauer diz que, sendo o homem dotado de necessidades, só isso já é antagônico ao livre-arbítrio. Hobbes defendia que o homem é escravo da sua vontade, por isso não é livre - outro antagonismo, mais filosofia. Ponto para a sabedoria simples do velho índio.