quinta-feira, 29 de abril de 2010

"ANALOTÁFORA"

Metáfora - é o uso de uma palavra ou ação em sentido figurado (um tropo linguístico – em grego, quer dizer “desvio”), transferindo o significado de uma coisa ou idéia para outra imagem (em Semiótica, segundo Lígia Cabus Nascimento, é justamente a transferência de significado).
Analogia – É a relação de semelhança estabelecida entre objetos e idéias diferentes, bem como a investigação do porque destas semelhanças (Dicionário Priberam).
ANALOTÁFORA– é a relação de semelhança entre idéias diferentes, com o objetivo de estabelecer transferência de significado, vinculando uma coisa e seu significado próprio para outra imagem! (Neologismo - Daniel Souza).
Ok, lindos conceitos da vida viajandona, um "daikiri", o sumo da gênese criativa (me poupe...). Vejam o filme abaixo e não precisa dizer mais nada. Aflição, foi o que eu senti. No dia a dia, fazemos isso o tempo todo em pequenas atitudes. Tem dúvida? Então use a ANALOTÁFORA e, com um mínimo esforço, você vai ver. Grande amigo Paulo Guido Araujo, obrigado por fornecer o vídeo. Saúde!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sistemas de Saúde - Inovação é o Caminho

A revista Harvard Business Review de abril trouxe um tema quente e de difícil abordagem,vamos tentar "dissecá-lo":
Dilema dos atuais Sistemas de Saúde no mundo – como criar novos modelos, adaptáveis à realidade contemporânea de “LEI DO LIVRE MERCADO” e, ao mesmo tempo, conseguir melhorar a qualidade do atendimento, reduzindo custos que só fazem crescer? Missão Impossível? Que balança é essa? É a balança da vida moderna.
Não é segredo que existem alertas vermelhos pra que mudem os Sistemas de Saúde mundiais. Por essas e outras que a reforma da Saúde dos EUA tem dado alguma dor de cabeça ao Mister Obama.
Hoje, todo o enorme o conhecimento médico sobre como se comportam as doenças pode tranquilamente caber num HD de alguns terabites e ser organizado em procedimentos padronizados, servindo de apoio à decisão do médico. No entanto, as organizações de saúde parecem não acompanhar o avanço rápido da ciência –o conhecimento existe, mas está lá disperso em cabeças e falta rapidez para aplicar. Um indício disso é uma pesquisa do Rand Corporations, instituto de pesquisas americano,onde temos que um americano tem apenas “55% de chance de receber um atendimento médico dentro de padrões geralmente aceitos”.
Outro ponto sensível é sobre o tratamento multidisciplinar de pacientes complicados, normalmente acompanhados por vários especialistas em diversas clínicas. Não existe convergência de opiniões, uma rede de ação estratégica sobre a doença e suas co-relações. Resultado provável? Retrabalho, sobreposição de procedimentos e mais custos. O mesmo que se fez com doenças de abordagem mais simples, como o Sistema Minute Clinic, ainda não ocorreu nesses casos mais complexos. Mas o artigo cita atitudes isoladas de Organizações de Saúde americanas que adotaram um modelo onde o conhecimento médico está atrelado a protocolos, tais como o Virginia Mason Médical Center (os médicos são assalariados da empresa), Intermountain Healthcare, Utah (são parte assalariados, parte autônomos) e outros. O artigo cita 4 princípios que se bem observados, representariam um SALTO rumo à inovação:
Planeje o atendimento – Só a padronização de procedimentos clínicos consegue este feito. Os procedimentos clínicos da Intermountain são realizados por rígidos protocolos (diagnóstico, tipo de exames, local de tratamento, medicamentos, etc).
Contenha a Variabilidade – Só sair dos procedimentos clínicos padronizados em situações ambíguas, separando esse paciente complicado e tratando-o em ambulatório reservado.
Reorganize Recursos – Para reinventar, é preciso repensar infraestrutura, pessoas, TI, rever Silos de trabalho e processos. Isso vai garantir tomada de decisão e atendimento rápidos, mas não apressados.
Aprenda com a Prática Diária – O conhecimento flui da pesquisa para a prática e não o contrário. Médicos mais escolados precisam ajudar os que estão chegando para que se sintam mais a vontade em suas tarefas.
Longo caminho pela frente, tão longo, tão importante. Tenho curiosidade de rever este post dentro de uns 10 anos e compará-lo com a realidade por lá, ver o quanto avançamos ou não nisso... Vale àpena ler o artigo na íntegra, pois tráz nuances que a síntese deste texto não consegue mostrar.
Fonte: Harvard Business Review Magazine – abril/2010 (Richard M.J. Bohmer)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

DA FORÇA E DA LUZ - Por Joelmir Beting

"Aquecimento do clima e aquecimento do PIB elevam consumo de energia em quase 10%, em todo o país, desde janeiro. O governo informa que o consumo nacional de energia elétrica cresceu 9,6% no primeiro trimestre. Sem mistério. No mesmo período, além do calor acima da média, o crescimento econômico, em base anual, deve ter avançado ao redor de 8,5%. No consumo em expansão, o residencial foi de 8,2% e o comercial, de 8,4%. E o industrial, de 13%.Tudo em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, economia brasileira ainda com a cabeça coberta pela marolinha.
Para o ano todo, a expectativa é de um consumo 7% maior, no empate técnico com o PIB 2010, projetado nesta segunda-feira pelo mercado financeiro em 6%. Redondão."

sábado, 24 de abril de 2010

Sobre Raquetes e Livros

Cheguei eufórico pra minha aula de Squash. Tinha ficado muito tempo sem jogar, entrei em quadra aquecido, mas 10 minutos atrasado. Encontro o professor Julio Berlin no seu posto:
– O blog está muito bom, tenho lido no final de semana.
Antecipei pra ele as novidades enquanto esquentava a bolinha:
– Obrigado! E você sabia que dia 28 de abril é o dia da Sogra? Escrevi sobre isso ontem. Professor, o Dia da Sogra existe, você acredita?
Devolvi a bolinha a ele, que me ouvia e me fixava aquele olhar professoral sereno enquanto trocávamos uma paralela. Era o olhar do matador:
- Pois ontem foi o Dia do Livro. Você não vai escrever sobre isso? Em 1616, neste mesmo dia, Cervantes e Shakespeare faleceram, um na Inglaterra e outro na Espanha, exatamente no mesmo dia e no mesmo ano”.
Não preciso dizer que fiquei a aula inteira, entre uma paralela e uma bola cruzada, tentando conectar Dom Quixote e seus Moinhos com a história do Squash ou coisa que o valha (e prometi ao Julio que ainda vou pensar nisso). Deve haver alguma saga escondida aí. Não me surpreende meu professor conhecer a historia de Cervantes, Dom Quixote ou o Dia do Livro, não me entenda mal, muito pelo contrário. O Julio é um expoente por excelência, ensinar é a vocação dele em quadra e sua sabedoria, de longe, não se restringe ao squash. Me surpreende é a chance do inusitado - não saí daquela aula do jeito que entrei, sempre entro sem a menor idéia de como vou sair da quadra e isso me transforma, me faz uma pessoa melhor a cada aula, cada jogo. Às vezes entro soberbo e saio derrotado. No fim das contas, aprender é como um copo que nunca enche.
Cervantes e Shakespeare morream juntos (ou quase: como o calendário Gregoriano só foi adotado na Inglaterra em 1751, Shakespeare teria morrido, na verdade, 10 dias depois de Miguel de Cervantes), inauguraram o Dia do Livro e nunca se conheceram pessoalmente (nada encontrei que comprove tal fato, se encontrar, desdigo). Mas me foram apresentados, lado a lado, dentro de uma quadra de Squash (e não na aula de Literatura ou no curso pré vestibular). Obrigado Julio. Quer forma mais privilegiada de passar pelo Dia do Livro?
E antes que eu me esqueça Julio, o cavalo de Dom Quixote se chama mesmo Rocinante (que quer dizer Cavalo Fraco, pangaré). Saúde ao Squash, a Shakespeare e Cervantes!
fontes:

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Minha Sogra é um doce. E a sua? É um saco?

Barulho de chuva no limpador de parabrisa. Duas opções: ou o cansaço me vence ou penso rápido em algo divertido pra não fazer bobagem - não quero mais multas pra coleção, preciso de AÇÃO. Pesquei no ar: porque a implicância histórica com as sogras? Ao chegar, pesquiso e não acredito no que leio: 28 de abril é o Dia da Sogra, coincidência ou não, táva lá. Além da data, diversas menções sobre ciúmes e falta de compreensão entre noras e sogras, nutrindo a cultura popular de tensão e até aversão. A meu ver, na maioria das vezes, essa tensão soa injustificada, porque empatia é um prato que se serve completo. Se a filha (ou filho) é “a metade da laranja” e o fruto não cai lá muito longe do pé, porque a sogra não haveria de ser uma pessoa do bem? Adoro a minha Sogra e meu Sogro, talvez por isso o tema me soe muito mais folclórico do que real.
Pensava numa sogra bahiana e ria sozinho: "Filha..........deixe pô a mão........não.....
E a sogra gaúcha? Como seria? Mas capaz que tu vais ficar de agarramento na minha sala! Espera teu pai saber! Claro que é tudo exagero da oposição.
Achei outra pérola, nem no nosso famoso Dicionário Informal estava: Penterofobia (do grego πεθερά = mãe; sogra; + Φοβία = medo) – MEDO DE SOGRA (não, você não leu errado, algum celerado inventou isso - a criatura desenvolve “una fobia por la SUEGRA”) - Me poupe. Mas tem mais: A arquidiosese da cidade de Udine (Friuli/Itália), optou pela linha didática – além do Curso de noivos, oferece um curso para Sogras. Sério, o curso existe e se chama "Famílias em diálogo, como ser pais eficientes com filhos que vivem a experiência de casal". O curso de 3 dias ensina basicamente a não meter o nariz na vida do casal e a como dar uma forcinha com os netos, sem estragá-los. Segundo o padre Giuseppe Faccin, organizador do curso, de 30 a 50% das relações desfeitas tem a ver com sogros e sogras, por isso o curso assume o papel tão importante na preparação dos noivos.
Ok, fica aqui uma sensação de vazio. Não consegui contar a mim mesmo e a você a razão histórica dessa implicância com as sogras. Mas não estou sozinho e tenho aliados de peso: o escritor gaúcho Juremir Machado da Silva reclama num de seus artigos a falta no mercado de um clássico da literatura: “História Universal da Sogra”. Não é que esteja em falta, é que não escreveram. Quem vai ser o genro abnegado? Saúde às sogras (às do bem, claro)!
Um amigo me mandou esse vídeo ontem. Quanta maldade....mas até que é divertido, mesmo as sogras vão gostar, tenho certeza. Se chama "acordando a sogra com carinho".
Fontes: JC Online website , Diário de Pernambuco, Espresso D’Oeste , Wikipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

C.K. Prahalad (1941-2010) - Este homem inspirou a pensar o futuro

O Marketing e a Estratégia dos últimos 100 anos não teriam existido tal qual os conhecemos se não fosse a orientação quase espiritual de gente como Peter Drucker, Philip Kotler, Peter Senge (este, sob a perspectiva do aprendizado organizacional), pra citar apenas alguns. Pois essa semana o mundo dos mapas estratégicos perdeu outra super cabeça visionária – C. K. Prahalad. As iniciais são do nome quase impronunciável desse indiano, grife pesadíssima quando o tema é pensar o futuro das organizações e suas relações com o mercado. Considerado um dos 50 maiores pensadores e influenciadores do management no mundo, foi ele o primeiro a falar em as empresas olharem mais para suas competências essenciais do que apenas para seu portfólio de produtos, ou a necessidade de olhar as próximas práticas ao invés das melhores práticas (focando assim o futuro e não o “hoje” apenas).
Quem leu “Competindo pelo o Futuro” (C.K. Prahalad & Gery Humel) deve lembrar da sentença perturbadora: “Quando se trata de criar o futuro, um inocente de olhos bem abertos pode valer mais do que dez sofisticados planejadores de cenários”. Prahalad defendia que as empresas deveriam parar de tentar brigar pelo futuro nos mercados existentes e, a partir da definição clara das competências excenciais em seu DNA, criar seu próprio mercado pela via da inovação.
Palestrante renomado e professor na Universidade de Michigan morreu dia 19 de abril de 2010, aos 69 anos de uma virose cuja causa não foi identificada. Mas deixou um legado enorme para Executivos dispostos a sair da mesmice e criar sua própria onda para surfar (ao invés de se deixar tragar por tsunamis). Conhecer Prahalad e dedicar um tempo aos seus livros será sempre uma homenagem justa.
Fontes: HSM website, livro “Competindo pelo Futuro” (ed. Campus/1997), wikipedia, enciclopédia livre & Michigan in the News website

terça-feira, 20 de abril de 2010

Saúde sem Adesão? Claro que Não.

Se todo mundo tivesse remédio e tratamento de graça, as pessoas seriam mais saudáveis e se cuidariam mais? (Mas afinal, que perguntinha é essa?). Se depender do que defende o New England Wealthcare Institute, certamente que não. Adivinhe o que faz com que as pessoas não se cuidem adequadamente ou com que os tratamentos sejam ineficazes: preço do medicamento? Acessibilidade? Disponibilidade? Pasmem: A ADERÊNCIA (ou a falta dele) por parte dos pacientes com doenças crônicas é o vilão. Em outras palavras – AS PESSOAS PARAM OS TRATAMENTOS, OU NEM COMEÇAM. Isso mesmo.
Nos Estados Unidos estima-se que de um terço a metade dos pacientes não tomam os medicamentos prescritos por seus médicos, o que resulta em 100 bilhões de dólares a mais em gastos com internações hospitalares e cerca de 290 bilhões em desperdício de medicamentos por ano que poderiam ser evitados. Segundo a Organização Mundial da Saúde, dosagens prescritas erradamente, remédio errado para a doença errada, multiplicidade de medicamentos prescritos, causando confusão nas dosagens e no escalonamento das tomadas são os os motivos da não aderência mais comuns. Pacientes que consultam com vários médicos, tomam várias medicações, porém sem a coordenação multidisciplinar do seu tratamento, engrossam o côro dos que abandonam.
O estudo defende um ponto curioso, de caráter mais cultural - acesso fácil a medicamentos, através do pagamento compartilhado via planos de saúde contribui para a baixa adesão (ou seja, mexer no bolso, funciona). Várias alternativas educacionais são apontadas como formas de ganho em adesão, algumas soam meio absurdas (como remunerar a pessoa que tomar os remédios direitinho, me poupe), outras nem tanto (tais como: treinar times multidisciplinares, investir em educação do paciente, rever o sistema de reembolso, integrar e gerenciar um banco de dados coordenado sobre hábitos do paciente, etc...).
Vale a pena ler o estudo, pois se trata de um desafio e tanto para profissionais da área de Saúde – entender qual linha de comunicação adotar e quais caminhos seguir na luta contra a baixa adesão e respeito aos tratamentos propostos. Não é pouca coisa não.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sobre Vícios - a quem cabe a verdadeira Consciência

Durante uma aula sobre DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), pensava o quanto esta doença é degradante, não importa sobre qual perspectiva. Um colega que assistia à mesma aula se virou e disparou:
“Um absurdo, como é que um fumante vê um negócio destes e não se conscientiza?”.
Fiquei ali parado, pensando, matutando. Peraí, como assim, “não se conscientiza”?
Não sou a favor da postura tipo “brigada antitabagista”, assim como não apoio qualquer tipo de patrulha. Fumar é cientificamente um vício, uma prisão onde o carcereiro é a própria pessoa com suas próprias motivações. Assim como beber demais, comer demais, transar ou jogar demais e toda a lista enorme de compulsões, normalmente relacionadas com algum distúrbio ou predisposição psicológica (ou até mesmo hereditária).
A atitude patrulheira denota, sobretudo, um grande desrespeito pela circunstância do outro. Segregar não é cristão, é desumano. Então prefiro por a mão na massa, ajudar de alguma forma (inclusive respeitando o desejo de não ser ajudado), do que segregar, pôr terra de cemitério sobre a pessoa. Se não gosto de cigarro, peço que não fume se estivermos em lugar fechado. Se não gosto de bebida, peço que pegue leve, que não passe do limite na minha festa, por exemplo. Se não posso ajudar, que minha incompetência não atrapalhe e que minha consciência não condene. Jura que nunca fez isso? Nunca segregou ninguém? Então lembre da frase "fulano está fumando demais, é um cigarro atrás do outro" que você mandou no cafezinho para um outro colega. É sim, isso é maledicência. Eu já fiz isso, não faço mais - certa vez me dei conta e espero um dia ser perdoado.
Está no àr a expressão da moda: “bulling” nas escolas, um ato cruel – sempre existiu só que não com este nome – uso óculos desde os quatro anos e só eu sei o que isso me custou até mais ou menos os dez. Aliás, é na espontaneidade da criança que a crueldade materializa seu lado mais perverso, mas isso pode ser assunto pra outros bate papos. E as patrulhas são o que? A evolução cronológica do “bulling”? Que droga! não podemos ceder esse ponto pra hipocrisia. Fica a pergunta sobre quem tem que se conscientizar do que...

Confiança no Emprego - Pesquisa ManPower

Economia em ritmo de crescimento alavanca empregos. Pois a consultoria ManPower fez uma pesquisa em 36 países, com 61.000 empregadores para saber o quanto estavam confiantes sobre o futuro da economia em seus países e as perspectivas de geração de Empregos a partir do trimestre abril, maio e junho de 2010. A pergunta feita aos empregadores é simples:
“Qual a sua previsão de variação no número total de funcionários em seu local de trabalho, comparando o trimestre atual (janeiro, fevereiro e março de 2010) com o seguinte (abril, maio e junho de 2010)?”
O Brasil aparece na cabeceira da pesquisa - 43% dos empresários brasileiros pesquisados acreditam que teremos grande oferta de empregos nos próximos meses. Por aqui, a região com melhores pespectivas é o estado do Paraná, com 44% e o Rio de Janeiro aparece como o mais conservador: 31%. Os setores mais otimistas são Administração Pública e Eduacação (48%) e Agricultura, Pesca e Mineração se mostram menos empolgados (23%).
Pelo mundo afora, os Espanhóis, Italianos e Irlandeses aparecem como os "nuvem preta" - são os mais pessimistas quanto às boas perspectivas macroeconômicas e, consequentemente, quanto às possibilidades de geração de emprego no curto e médio prazo.
A ManPower realiza essa pesquisa trimestralmente há 47 anos, sendo esta considerada uma das mais confiáveis pesquisas sobre espectativa de emprego no mundo.
fonte: Pesquisa de Expectativa de Empregos Manpower (abril 2010) e Você S/A (abril 2010)

domingo, 18 de abril de 2010

Medo de avião - United 861

Sempre voei muito e nunca tive medo. Mesmo durante o caos aéreo em 2007 – nos dias pós acidentes da TAM e da Gol, ficava observando as expressões das pessoas na fila do embarque – todo mundo se olhava, todos se estudando mutuamente e o silêncio era um cúmplice disfarçado. Naqueles dias, o avião decolava e vinha sempre o pensamento: se hoje for “aquele dia” ou daquele senhor de terno na 7C, ok - que seja rápido e sem sofrimento. Mas com o tempo, tudo foi voltando ao seu lugar, rotina, malas, agenda, horários, caos.
Essa semana conheci uma tensão nova pra mim em longos vôos noturnos. Um colega passou mal no vôo. Tontura, cinetose em alto grau, baixa de pressão arterial. Foi socorrido e atendido a 11.000 pés pelo diretor da minha empresa, que é médico (Ricardo, a sensação de ter um médico por perto numa hora dessas é tranqüilizadora). Mas o Zuca não conseguia ficar sentado, tudo rodava e tudo vinha abaixo. Segundo ele “Cara, pensei que dessa vez eu ia dessa pra melhor”. Ele precisou ficar deitado no chão da galey (na cauda, local onde fica a cozinha do avião) e, pasmem: com a cabeça e o tronco pra dentro de um dos banheiros e as pernas para fora. Um frio absurdo, só amenizado por 5 cobertores. Estava fraco, zonzo e assustado (é natural). Como quase não durmo em vôos noturnos, deixei de lado o filme da Sandra Bullock e fui pro lado dele, pro caso de precisar de alguma ajuda. “A Gula” de Luiz Fernando Veríssimo, me fez companhia. Quando a turbulência e o frio ficaram insuportáveis, perguntei à aeromoça se poderia sentar na poltroninha da tripulação, de frente para o banheiro – “Não senhor, aqui sento eu, o FAA não permite que passageiros usem”. Então vou sentar no chão – ela deu de ombros e foi servir alguém. Já tive duas experiências com tripulantes da United e nas duas vezes, não foram exatamente modelo de polidez. Mas o ápice foi a chefe de cabine, pedindo que eu sentasse imediatamente, pois “tanto o meu colega estendido no banheiro quanto a mim sentado no chão ao seu lado por mais de 3 horas representavam risco e eram contra o regulamento do FAA”. Não quis aumentar a tensão, mas protestei que “a falta de um plano B adequado por parte da United para passageiros que passam mal em um vôo lotado era algo que certamente o FAA também não gostaria de saber”. Mas não dá pra discutir normas e procedimentos numa situação destas.
Dez horas depois, meu colega saiu do avião direto para o ambulatório do aeroporto de Guarulhos e dali, para o hospital. Crise de labintite? Não se sabe ao certo, o importante é que o Zuquinha está bem.
Belchior tinha razão. Posso dizer que agora tenho medo de avião e esse medo adquiriu contornos mais modestos – agora não penso “e se cair?” e sim “e seu passar mal?”. Um absurdo, dona United, um absurdo. Para vôos noturnos, tenha sempre um antiemético a mão e Saúde Sempre!
Caros, esses dias têm sido ótimos e turbulentos. Estive em viagem longa e de difícil acesso ao "Se Espirrar, Saúde!" Sinto imensamente não ter sido mais frequente, provocar, insidiar, desafiar e ser correspondido - fez falta. Mas voltei, podem crer, pra continuar e irmos em frente. Essa viagem com certeza trouxe boas inspirações e aspirações - vocês vão perceber isso nos próximos dias! Saúde, Daniel

terça-feira, 13 de abril de 2010

"Mão Santa Coisa Nenhuma - Mão Treinada"

Por duas vezes na vida vi o Oscar Schmidt o “Mão Santa” em ação, só que dando palestra. Não tive o privilégio de assistir em quadra e me arrependo por isso - morei no RJ justamente nos bons anos do Oscar no Flamengo. Me pergunto onde estava minha cabeça de ter deixado passar isso, mas passou.
Sobre a vida do Oscar e suas realizações, a internet está abarrotada de tudo, seria chover no molhado, não vou me ater aqui. Como fez no basquete, Oscar faz bonito com o microfone e no domínio da audiência – imagino o que é ter que domar 500, 1000 pessoas gritando “Oscaar, cadê você, eu vim aqui só pra te ver” enquanto você tenta evoluir num tema, conduzir um raciocínio, ainda que seja falar de sua própria história. Não que tudo o que ele fez pelo basquete mundial, pelo Brasil e por ele mesmo, não fosse suficiente para fazer parar o último suspiro de quem esteve lá. Contar uma história é um dom, prender as pessoas é outro – muitos palestrantes fazem isso com o pé nas costas. Mas em quantos casos a história faz o palestrante? E Oscar conta tudo com uma espontaneidade quase infantil, chora vendo os vídeos que narra pela enézima vez, esbraveja, xinga e se recompõe, possuído por um enorme senso de humor e propriedade. É autêntico em cada referência que faz da sua trajetória. Mesmo quando fala de pais, filhos e esposa, não recorre ao chororô melodramático, mas as pessoas choram, porque é autêntico.
"Lutei, treinei, fui e sou bom pra caramba. Posso não ter sido o melhor jogador de basquete do mundo, mas certamente fui o que mais treinei pra isso, assim como estou me preparando para ser o melhor palestrante em atividade".
A afirmativa do próprio Oscar poderia soar arrogante se não fosse um detalhe: O CARA está coberto de razão e de paixão. Saúde ao Oscar Daniel Bezerra Schmidt hoje e Sempre.

O Mundo "entre aspas" 5


"A perseverança não é uma longa corrida; ela é muitas corridas curtas, uma depois da outra."(Charles W. Elliot)

"A satisfação reside no esforço, não no resultado obtido. O esforço total é a plena vitória."(Gandhi)

"A maior parte das coisas importantes no mundo foram realizadas por pessoas comuns, com sonhos comuns, que continuaram tentando quando parecia não haver esperança de modo algum."(Dale Carnegie)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Silvio Santos já dizia - Quem quer dinheiro?

A simples mentalização do dinheiro é capaz de diminuir dor e sofrimento. A mera proximidade ou a expectativa de ganho financeiro produz um efeito de força e realização, faz a pessoa querer trabalhar sozinha, torna a pessoa até menos gregária. Cria uma pseudo-autosuficiência e torna os indivíduos mais focados e menos dispersos – em resumo, se torna uma fonte de força que mobiliza para um objetivo.
É o que defende a Professora Associada de Marketing Kathleen Vohs (Carlson School Management - Minessota/EUA) em um estudo realizado com voluntários. A Professora Vohs, especialista em estudar as consequências psicológicas do dinheiro, analisou dois grupos onde um contava cédulas verdadeiras e outro contava papel em tiras. Depois, as mesmas pessoas foram convidadas a mergulhar as mãos em água quente. As pessoas que contavam dinheiro real tecnicamente sentiram menos dor em comparação às que contavam tiras de papel.
Mas afinal, pra que estudar isso? Qual a utilidade de se ter exercícios como estes, de amor ou ódio ao ter ou não ter dinheiro?
PENSE no seguinte cenário. Você é gerente de atendimento de uma companhia aérea. O aeroporto onde está a sua base está um caos, um vôo internacional está 12 horas atrasado e tem um bando de passageiros quase arrancando pedaços dos balcões para atacar quem ousar colocar a cabeça pra fora do guichê sem uma solução para o armageddon. Alguns poucos passageiros gritam que querem ser ressarcidos financeiramente nas passagens e a companhia pensa em provável emissão de vouchers de hotel para que esperem o próximo vôo. O que fazer? Qual solução atenderia de fato a estas pessoas? Se, nessa hora, o estudo acima for levado em conta, dê-lhes DINHEIRO e saberá a resposta. O peso psicológico do vil metal tende a ser muito mais positivo do que lindos vouchers de hotel.
É claro que o dinheiro sozinho não é solução pra tudo. Ele não opera milagres, mas esse tipo de estudo permite ver claramente a hora certa de usar o dinheiro para aliviar tensões e crises. No final das contas, é a observação e uso da pirâmide de Maslow sob uma abordagem diferente, porém com o mesmo objetivo. As pessoa mudam quando estão melhores financeiramente. E que mudança é esta? O que pode haver de interessante nisso e quais os aprendizados? Pesquisando a web, a Professora Vohs tem desenvolvido vários outros estudos sobre esta abordagem - vou pesquisar mais e trago pra pensarmos juntos.
Ontem, hoje e sempre, parece que o faro de Silvio Santos estava certo. Quem quer dinheiro?? Saúde, alguém quer?

terça-feira, 6 de abril de 2010

"Uh, Tererê!" e Manteiga Aviação (!?)

Tanto fiz, tanto fiz, que achei mais uma expressão brasileira tão usada e tão estranha. "Uh! Tererê!" Estava procurando na verdade outros termos, mas o Dicionário Informal é um mundo impressionante. Tropecei nisso. Uh! Tererê!
Segundo um Sr. chamado Steagall-Condé, do Paraná (vou mencionar o autor, para não apanhar depois, afinal dai a Cesar o que é de Cesar), Uh! Tererê!, quer dizer:
“Corruptela de cariocas ignorantes, vindo do original em inglês "WHOOMP! THERE IT IS!", grito-de-guerra mais comum no basketball e que depois, também foi adotado pelas torcidas de american football. Literalmente, significaria algo como: "AH!, É ISSO AÍ!" "-Uh! tererê! Uh!, Thererê!, Uh!, Tererê!"( Whoomp! There it is!).
Com licença, mas....porque “Cariocas Ignorantes”? Subo no tamanco toda vez que tentam jogar a criatividade e a competência rítmica do brazuca na vala da ignorância. A gente brinca com a fonética, desconstruímos e desequilibramos métricas e rimas com uma enorme cara de pau semântica - aliás o brasileiro é bicho semântico por natureza. Nosso idioma é dificílimo e ainda conseguimos criar, dar um olé em cima dele. Ignorante o quê? Vai tentar explicar pra um americano o que significa uma sinédoque (agora, ferrou...), por exemplo: "A única Aviação que dá certo no país é a da manteiga" (será que todo mundo conhece a maravilhosa manteiga Aviação??). Duplo sentido é com a gente mesmo...inventamos isso.
Me diga, Sr. Condé, um único exemplo de um povo que consiga criar um grito de guerra apenas a partir do som de um, sei lá, pretenso “anglicismo”, dando a ele a sonoridade de um expressão indígena?? Eu achava que “Uh! Tererê!" Era um índio poderoso, morto por Bandeirantes desbravadores. Cheguei a suspeitar que fosse parte de uma lenda de Monteiro Lobato (Pedrinho e Narizinho nas Terras do "Uh! Tererê!"). Que povo faz isso no mundo? Um sonoro "Uh! Tererê!" Pra Você!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O SUPER HIV – Muito Mais Resistente

No inicio dos anos 80, o HIV, foi identificado como um vírus cuja doença atingia a integridade do sistema imunológico. A única droga eficaz era o AZT, mas apenas diminuia os efeitos progressivos da doença. A partir de 1995, surge o coquetel que muda o panorama da AIDS, antes tida como doença letal pura e simples - passa a ser vista como uma doença crônica controlável. Embora sem muito alarde, o HIV continua presente, matando 2 milhões de pessoas/ano no mundo, quer sejam hetero ou homosexuais.
Pois recentemente foi identificada uma nova mutação do HIV, muito mais resistente aos esquemas terapêuticos (esquema tríplice: nucleosídeos, não-nucleosídeos e inibidores da protease) – o Super-HIV ou XDR, como é chamado no meio científico (XDR = extreme drug resistent). E tem encontrado uma porta aberta, um ponto frágil na rotina dos pacientes: o relaxamento no tratamento. Segundo o Dr. Adauto Castelo em entrevista ao Dr. Dráuzio Varella, o paciente toma os remédios de manhã, esquece os da noite. Viaja e esquece. Volta, toma um dia e pula outros. Assim, sub-concentrações de remédio no organismo são terreno fértil pra que um grupo de vírus vá se tornando forte e insensível à droga. E o portador do vírus, ao infectar alguém, passa adiante o Super-HIV, não o HIV normal.
O Professor Robert Smith? (o ponto de interrogação faz parte do nome dele sim), pesquisador da Universidade de Ottawa, Canadá, tem se debruçado sobre o tema e relata que se o paciente fizer o tratamento de forma disciplinada, as chances do Super HIV aparcer são muito remotas.
O que reforça mais ainda um aprendizado sobre o HIV que não é novo – vem desde as primeiras campanhas sobre a doença – manter-se saudável, ter disciplina no tratamento médico e usar camisinha continuam sendo as melhores atitudes na briga contra a AIDS. Saúde, Sempre.
Fontes: Robert Smith? website , Dr. Dráuzio Varella website e Revista Galileu – março/2010

domingo, 4 de abril de 2010

Daizi Zheng

Vale à pena dar uma perambulada no site do designer Daizi Zheng, tem coisas interessantes. O estúdio criou uma coleção de produtos ricos em fibra, com forte apelo para pessoas que se alimentam mal no dia a dia: snacks de cenoura em embalagens que imitam carteiras de cigarros, por exemplo. Fora uma ou outra excentricidade, o conceito é interessante. (para visitar o site, clique no link em azul acima).

NOKIA "green" Phone - será que ainda vamos ter um?

Baterias (o dispositivo que armazena energia, não as musicais, claro) são um dos infernos do mundo moderno, isso todo mundo já sabe há séculos. Ninguém sabe o que fazer com elas, enterrar não resolve. E não importa o quão menores vão ficando, pois o volume vai aumentando. Mas surgiu uma idéia que me parece genial e ela é PRÁTICA – a “bio-bateria” do desingner Daizi Zheng. Desafiado pela Nokia, seu estúdio em Londres desenvolveu o Nokia “green” Phone, que pode ser alimentado até com COCA-COLA (veja imagens ao lado). Na verdade a bio-bateria extrai energia limpa de bebidas doces usando enzimas catalizadoras.

Segundo Daizi, a bateria duraria 3 a 4 vezes mais que as de íon lítio por nós conhecidas, além de ser completamente bio-degradável, liberando ao final apenas água e oxigênio do reservatório. Será que funciona com bebidas docemente alcoólicas? Cá entre nós, se o reservatório for um pouquinho maior, o que vai ter de gente mandando ver de canudinho no pré-pago.
Prepare-se para recarregar seu celular em vending machines!

fontes: Daizi Zheng website, revista Galileu março/2010, Fuel Cell works website

sábado, 3 de abril de 2010

Rápidas de Páscoa 1 - Chocolate dá Espinhas?

Não. Mesmo não sendo médico, fico confortável em dar esse "não": Não há o que comprove que chocolates causem espinhas, pode pesquisar à vontade. Ao longo dos anos tenho conversado com Dermatologistas e, vez por outra, vasculhado a Internet a cata de novidades, mas nada mudou muito. O que se sabe é que a espinha é uma inflamação causada pelo aumento de produção de sebo, o que entope o canal da secreção que desemboca na superfície da pele (e forma o famoso cravo que, inflamado, evolui para espinha). As causas podem ser hormonais (por isso a pre-disposição maior na adolecência), genéticas, emocionais ou medicamentosas.
Normalmente o chocolate é associado à espinhas por talvez a garotada se entupir deles tentando compensar um estado de ansiedade ou tensão momentâneos. É uma hipótese, visto que tentar explicar alguma coisa nessa fase significa um verdadeiro triatlon educacional pra qualquer pai preocupado.
Não quero fugir do tema, mas sobre a Acne, importante reforçar que é uma doença e como tal, deve ser acompanhada e tratada por um Dermatologista, sempre.

Rápidas de Páscoa 2- Ovos e Coelhos: de onde vieram?

Decorar ovos é uma tradição que veio da Ucrânia cerca de 4.000 a.c (pysanka - foto). O ovo simboliza nascimento para os cristãos e judeu (estes, por não reconhecerem Cristo, festejam a Páscoa uma semana depois). O nome Páscoa foi uma evolução de “Eostre”(nome da Deusa da Primavera) que evoluiu para “Easter” (Leste em inglês).
Em algumas tribos européias, as pessoas colocavam os ovos decorados em cestas que mais pareciam ninhos de pássaros, em homenagem a esta deusa, que tinha como animal sagrado...o Coelho. Pois colonizadores alemães do século 18 levaram para os EUA a idéia do coelho da Páscoa que distribui ovos. O resto é história – finalmente as coisas se encaixam.
fontes: Novo Milênio website e wikipédia, enciclopédia livre

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cuidado com o "Coelhinho"

Estamos na Páscoa. Para os cristãos, Cristo ressuscitou, pra criançada, caçar ovos debaixo de coisas. Pros pais, dia de não fazer nada, dia da preguiça, feriado do bacalhau mas cuidado. Se der aquela vontade de sair por aí entoando a plenos pulmões “De Olhos Vermelhos, de Pêlo branquinho...”, você pode ter que morrer numa nota preta. Pra quem não sabe, a música “Coelhinho”, não pertence ao cancioneiro popular, tem dono. A professora Duhília Madeira, carioca, assistente de regência do Maestro Villa Lobos, compôs a música em 1944. Falecida em 2003, a professora deixou um tesouro para os descendentes, uma vez que uma composição só cai no domínio público 70 anos após a morte do compositor.

Direitos autorais no Brasil são mesmo obra de ficção. Lembrei de um filme do Hugh Grant, “About a boy” (2002) sobre um cara que não trabalhava e levava uma vida de playboy, à custa de uma única música de Natal deixada pelo pai, um sucesso estrondoso, algo como "Coelhinho" da Professora Duhília. Desde os anos 80, não têm sido poucas as situações em que a família Madeira têm batalhado pelo recebimento dos royalties de “Coelhinho”. Um exemplo? A Globo lançou em 2002 Xuxa Só para Baixinhos – o disco (que vinha até com DVD) arrebentou, ganhou Grammy Latino e tudo mais - lá estava "Coelhinho" e nada sobre a Profa. Duhília. Uma ação e um acordo entre a família e a Som Livre garantiram o tratamento da professora (vítima de dois derrames) em seus últimos anos de vida.
Christina Madeira, filha da professora Duhília, planeja varrer a internet na busca de usos indevidos. Pensei no potencial do Youtube, me deu uma coceira. Fui lá fazer as contas, usando as seguintes tags: “coelhinho” (2510) + “de olhos vermelhos e pelo branquinho” (43) + “páscoa” (5360) + “apresentação de páscoa” (770) = 8683 menções a tudo onde possa haver “Coelhinho” (pesquisinha básica, com tags mínimos e sem o mínimo de critério).

Fiquei inspirado:
“De ternos Armani, de bolso cheinho, andando de Porche, sou Mr. Coelhinho...” - Christina Madeira, parabéns. Boa Páscoa! Saúde.

Fonte: revista Piauí/jan 2010, wikipédia, enciclopédia livre, IMDB website e Youtube

quinta-feira, 1 de abril de 2010

2012 - O Mundo Não Vai Acabar. Não Mesmo.

Você já viu 2012? Não vou dizer para não perder tempo, porque quando peguei na locadora não criei grandes expectativas. Mas pra quem já fez Independence Day, aquele com Bill Pullman na pele do Presidente Americano piloto e canastrão, desta vez o diretor Roland Emmerich jogou bem baixo. O filme é uma sucessão de cenas aonde o fim do mundo vem em forma de um Nintendo Wii gigantesco e John Cusack corre de um lado pra outro. Desvia de prédios caindo, crateras abrindo, decola com aviões sendo perseguidos por rachaduras gigantescas, esses absurdos. Cusack, sempre atrasado, dava um bom coelho em Alice, com Johnny Depp. Seria perfeito.
E, claro, o epicentro é sempre Los Angeles, depois Las Vegas, Washington e assim vai. O desabamento do Cristo no RJ e a cena da queda da Capela Cistina até convencem, mas realismo não é o forte do filme mesmo. A trama, inverossímil, se enrosca na busca de um lugar nas arcas super tecnológicas construídas para abrigar ricos que pagaram 1 bilhão de euros pra fugir do cataclismo e reabitar a terra. Mas...pagar pra quem e porque? O mundo não vai se acabar? O filme é cheio de clichês baratos e cansativos (pai fracassado vira herói e recupera família, gangster rico com namorada burra e amante que morre no final, presidente americano com crise de consciência que quer salvar o mundo e muitos outros). Girafas e elefantes voando de helicóptero, a Rainha-mãe embarcando na arca (juro que pensei ter visto um membro da família Sarney correndo para embarcar, decerto para perpetuar a raça).

Um Dia Depois do Amanhã, Guerra dos Mundos e até Armageddon, filmes realizados entre 5 e 10 anos, dão um banho. Parece que sobre ETs e o fim do mundo não existe muito mais o que dizer, apesar de ter um monte de gente disposta a pagar pra ver – segundo o IMDB, 2012 ficou em 30º. lugar na lista dos 100 filmes mais vistos da história do cinema (a frente de coisas muito boas como Matrix Reloaded, Crônicas de Nárnia e ET, o Extra-Terrestre. Vai entender. Mas estou tranqüilo. Sem qualquer pretensão séria, era pra ser boa diversão - não foi. Se depender de Emmerich, o mundo não vai definitivamente acabar.
fontes: IMDB website, Omelete website, wikipedia - enciclopédia livre