quarta-feira, 31 de março de 2010

O Mundo "entre aspas" 4

"Tudo o que se pensa ou é afeto ou aversão."(Robert Musil )

"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. "(Soren Kierkegaard)

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do quer falar e acabar com a dúvida."(Abraham Lincoln )

segunda-feira, 29 de março de 2010

Como Se Não Houvesse Amanhã

Pouco antes de dormir, estava naquele fim de feira, zapeando a TV e de súbito, parei na notícia da qual não tinha me dado conta. Renato Manfredini Junior teria feito 50 anos no dia 27 de março. Em segundos, enquanto ouvia aquela enfurecida sequência de bateria de “Há Tempos” durante a matéria da Bandeirantes, minha época de Legionário passou pela minha cabeça. Não é exagero se disser que repetir e repetir Renato Russo moldou a forma como eu coloco a voz pra cantar. Me sinto bem cantando naquele tom, a respiração, as pausas. A música do Legião Urbana foi como uma fôrma e dalí, aprendi a gostar de todo o resto do que percebo na música. Cantei muito Renato Russo - tocava fielmente os arranjos simples, nada passava despercebido. E ainda hoje, ao ouvir no carro “Faroeste Caboclo” soa espantosamente moderno, atual e vigoroso. Uma vez, num dos seus shows, Renato sentenciou: "Quando eu era bem novo, queria mudar o mundo. Beleza, pensei melhor e me contentei em mudar o Brasil. Hoje, se eu conseguir melhorar a mim mesmo, já estou satisfeito". E mandou acordes de "Que País é Este" - O estádio veio abaixo e eu na época, óbvio que não entendi direito o significado daquele tesouro. Vadio? Sensato? Misterioso? Underground? Um artista se despindo em público? Não importa, passou. Obrigado Renato Manfredini Junior. Saúde a tudo o que você deixou por aqui.
fonte: wikipédia enciclopédia virtual

domingo, 28 de março de 2010

Domingo, 7horas - Tem Consumidor pra Tudo

Não gosto de supermercado. Adoro os produtos, as marcas, a diversidade de cores e usos. Mas não suporto o ato de ir até lá e ter que enfrentar aquilo tudo. Prefiro acessar a internet, escolher o que quero, pedir, pagar e esperar a entrega. Mas na cultura dos “secos e molhados”, ainda não me sinto confortável de fazer como faço com livros e eletrônicos. Não dá pra sentir a textura de um tomate pelo site. E tem aquela coisa de sair já, direto com as compras pra estocar. E se vier algo estragado, como eu devolvo? Complicado. É cultura. Ainda não encontrei uma explicação técnica, mas o site “SUPERMERCADOS VIRTUAIS” mostra um indício curioso: apenas 9 supermercados disponibilizam delivery. Não deve ser algo muito requisitado, a logística é complicada e, por isso, as opções são poucas.

Esses dias encontrei uma alternativa menos chata: domingo 7 horas da manhã, fui empurrar meu carrinho. Só alegria. Éramos eu e mais 16 pessoas (sim, eu contei e foi fácil) curtindo música ambiente, cumprimentando os caixas, escolhendo tudo com muita classe e tranqüilidade, absorvendo o sereno da manhã nas gôndolas. Sem criança correndo, sem carrinhos abandonados pelos corredores, nem filas no açougue. Os funcionários te atendem com a gentileza de quem acabou de acordar (literalmente). Ou nesses casos, com a agilidade de quem ainda tá no pique (a loja é 24 horas). Fui vendo minha lista: papel higiênico perfumado lavanda, aloé vera e jasmim...na boa? pra cheirar a quê?? E caro pra caramba. 6 paus um desinfetante de pia (também jasmim), mais caro que uma galinha bem gordinha (alimenta uma familia inteira) xampú é uma desgraça: contei 18 sub-tipos diferentes da mesma marca pra lavar um cabelo. Sempre pensei que só existissem oleosos e secos. Fora os condicionadores, ninguém merece. E assim foi.

Na hora de pagar, o prêmio: a Caixa lendo uma “Contigo” e tomando um café, enquanto eu esvaziava meu carrinho. "- Vai querer nota paulista?". Sempre, nota paulista, claro. Tudo bem se você não suporta acordar cedo no domingo. Da próxima vez que você estiver naquela quilométrica fila de um supermercado lotado, após o trabalho, moidinho (a) da silva, vai lembrar de mim.

fonte:Supermercados Virtuais website

sábado, 27 de março de 2010

Não Roube o Sonho do Seu Filho (a)

Se você não viu o filme 300, veja. É violento sim, muito. Mas veja, e se fixe nas mensagens, pois são muitas. Uma delas diz respeito a como a gente rouba de nossas crianças os sonhos e lhes damos em troca o mundo real. É forte a forma como Leônidas se torna homem no filme. Era um garotinho, mas acima de tudo era espartano e um espartano vira guerreiro como? Pelo sofrimento, pela privação, pela ansiedade, pelo abandono – pela sede de enfrentar a fera logo, sem chorar. Mas sede de quem? É só um garotinho.

Fazemos isso com nossos filhos. A criança nasce, brinca um pouquinho, passas os primeiros aniversários, já começa: toma curso de inglês, aula de música, basquete, espanhol também é importante. Hoje se fala também em desenvolver habilidades de liderança (tem pai que entra em êxtase “meu filho será um LÍDER!”). Quem sabe uma escola bilíngüe! Com tanta coisa numa cabecinha só, cadê o tempo pra criar laços de amizade, ler um bom livro, desenhar, sujar as mãos. Ser um suposto bom líder requer algo raro nos líderes de hoje: CRIATIVIDADE e CURIOSIDADE. Isso demanda um pouco de ociosidade e tempo. “Adultizar” a ferinha pra que??

Pára aí. Eu quero sim preparar meu filho para o mundo, mas não só porque o mundo é competitivo, mas, sobretudo porque o mundo é fascinante. E não tenho o direito de transferir pra ele o macaco das coisas que não conseguir realizar, isso é sacanagem.

Esse é meu esforço para ter um adulto infeliz e angustiado a menos na face da terra no futuro. Já terá valido muito à pena.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Perda de Peso - Mitos e Verdades 1

Sempre ouvi dizer que comer mais vezes em menores quantidade era sinônimo de perda de peso. Isso sempre me pareceu incoerente, mas é sempre uma das primeiras coisas que o médico diz pra gente quando nos manda a aprender a comer direito. Ou ERA isso e não é mais? Bem, segundo um estudo publicado em 2009 da "The Britishc Journal of Nutrition", que orientou homens e mulheres com dietas restritivas por 8 semanas, isso está por mudar radicalmente. Cada um comeu o mesmo volume calórico diário, com a sutil diferença: um grupo comeu em 3 vezes e o outro em dez. Após essas refeições, foi medida a perda de gordura, controle do apetite e checagem hormonal de cada um. Resultado diferencial: insignificante, ou seja, ambos perderam praticamente a mesma quantidade de calorias. E o estudo recomenda aquilo que todo mundo já sabe: para ter ainda mais perda calórica, é preciso adicionar exercícios. O fato é que não ficou nenhuma evidência sólida de que 6 refeições magras ao invés de 3 pratos de estivador podem acelerar o metabolismo e a perda calórica. Milagre não existe mesmo, voltemos à esteira e ao squash. Saúde!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Tocar é Compartilhar

O toque humano é algo único, não instintivo, energético, saudável, fraterno e no entanto não o levamos a sério. Quer ver? O cérebro humano interpreta o toque como uma forma de compartilhamento de energia. Isso faz com que tocar seja a forma mais eficiente de reconhecimento e demonstração de satisfação humana com o outro jamais estudada. O toque pode comunicar uma gama muito maior de emoçoes do que aprendemos e segue sendo, segundo Dacher Keltner, "nossos meios mais ricos de expressão emocional" através da vida.
Num artigo a sair no jornal "Emotion", Michael W. Kraus, Cassy Huang e Keltner, relatam que os bons times tendem a se tocar mais do que os piores. As equipes mais ligadas pelo toque eram os Boston Celtics e os Los Angeles Lakers, atualmente dois dos melhores da liga americana de basquete; no fim da lista estavam os medíocres Sacramento Kings e Charlotte Bobcats.
Tudo leva a crêr que o mesmo racional se aplica a pares do tipo romântico, dizem psicólogos. Christopher Oveis, de Harvard, conduziu entrevistas de cinco minutos com 69 casais, estimulando cada um deles a discutir períodos difíceis em seus relacionamentos. Foram classificadas a frequência e duração dos toques em cada um, sentados lado a lado e, segundo ele, casais que se tocavam mais, demonstravam maior satisfação em seus relacionamentos (faz todo o sentido – pense naquela ótima massagem nos ombros e pés). Dá pra perceber a importância disso?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pepsi diz que reduzirá açúcar, gordura e sal de seus produtos

A multinacional americana PepsiCo anunciou nesta segunda-feira (22) que pretende reduzir as quantidades de açúcar, gordura e sódio presentes em seus produtos como parte de uma iniciativa para melhorar a qualidade nutricional de suas bebidas e guloseimas.
"Acreditamos que a melhoria da saúde das pessoas de nosso planeta significará no futuro um maior êxito para a PepsiCo", disse Indra Nooyi, presidente da PepsiCo.
Entre as medidas para "promover melhores hábitos de saúde para as pessoas" está uma redução da quantidade de sódio de 25% até 2015 em produtos alimentícios, o corte de gordura saturada em 15% até 2020 e a redução de 25% do açúcar de suas bebidas até 2020.
A PepsiCo, que se apresenta como a segunda maior empresa de bebidas e produtos alimentícios, anunciou também que "eliminará a venda direta de bebidas açucaradas nas escolas primárias e secundária de todo o mundo até 2012".
O anúncio da multinacional coincide com uma campanha de grupos de pressão em favor do estabelecimento de um imposto sobre a indústria de refrigerantes com o argumento de que são responsáveis pelos problemas de obesidade nos Estados Unidos.
fonte na íntegra: folha online - 22/03/2010

sábado, 20 de março de 2010

MAZÁ!!!

Esses dias conheci um dicionário divertidíssimo na web: Dicionário Informal - trás palavras e expressões, puros regionalismos no idioma, bem explicados em sua essência. Mas alguns vão além e viram neologismos. Assim como o gaúcho é um”bicho” à parte, o “gauchês” é outro capítulo a parte. E eu posso falar confortavelmente, sem risco de ser mal interpretado, porque sou gaúcho. Por exemplo: o MAZÁ! É uma expressão que tem luz própria, olha só:

[de mas + ah] (interj., RS) usado geralmente no início de sentenças para congratular alguém por suas qualidades ou por algum grande feito; designa também admiração, contentamento ou espanto. Quando dito com o segundo "a" prolongado, no final de uma sentença ou sozinho na frase, indica regozijo ou júbilo muito intenso.

Exemplos práticos:
Mazá gaiteiro bom! Mazá tchê, ganhou o prêmio! Trouxe a cerveja, Mazáaaaa!
(se você ouvir esse, é quase um orgasmo).

Ri muito lendo isso, é genial. Só quem presencia um gaúcho recebendo uma notícia boa pra entender o significado de um sonoro Mazáaaaaaaaaa!!!! Quer uma dica? Normalmente quando as pessoas encontram um gaúcho, o instinto natural pra criar empatia é um sonoro BAH, tchê!! O Bah é simpático mas não é moderno nem tão visceral. Experimente um MAZÁ!!, que é só para inciados. Você vai derreter o coração do quéra (essa está no Aurélio = vellho, indío velho). Saúde à gauchada.

Roberto Carlos - aos 69 anos, em Ritmo de Aventura

Não sobra muito que falar de quem trás na bagagem 50 anos de carreira, mais de 600 músicas compostas e vários recordes de venda de discos. Mas até um Rei se reinventa. Aos 69 anos, Roberto Carlos não precisaria mais provar nada. Mas tem por hábito surpreender de tempos em tempos, principalmente nesses últimos anos pós-TOC e pós-Maria Rita. Voltou a tocar violão em público, participou fortemente das comemorações dos 80 anos de Hebe Camargo em 2009 e a última: é garoto-propaganda da mega Campanha - “Nestlé em Ritmo de Prêmios” (19/01 a 16/04/2010). A Nestlé está sorteando 50 calhambeques modelo Chevy 1933 Coupy, restaurados pelo ex-piloto e empresário Emerson Fittipaldi, além de jóias, DVDs e no final, um grande prêmio de 1 milhão de reais. A Nestlé já patrocina RC desde 2003, mas há 17 anos que ele não participava de comerciais de televisão. A campanha foi realizada pela turma de outro ícone brasileiro, Washington Olivetto (agência W/, preciso dizer mais?) e faz parte do pacote de comemorações dos seus 50 anos de carreira. Roberto foi eleito um dos 100 cantores mais influentes em 2009. Juntar num mesmo projeto Roberto Carlos, Fitippaldi e Olivetto só podia dar nisso. Se sou fã de Roberto? Não sou o que se poderia chamar de fã, mas admiro seu magnetismo. Não sossego enquanto não ver um show dele um dia. Quem já viu, mesmo não sendo tiete, diz que é inesquecível. Vida longa e Saúde a Roberto Carlos! Veja comercial da campanha abaixo.

São Paulo - 6a feira, 19 de março - "Rascunho do Inferno"

19 de março, 2010. São Paulo bate novo recorde do qual os paulistanos não tem do que se orgulhar. 214km de engarrafamentos. Em 10 de julho de 2009, o record ainda não batido foi de impressionantes 290km. Os números assustam, mas mais assustador é estar lá - e eu estava - ao todo, 8hs naquela situação (de manhã cedo, 2hs para chegar e a tarde, 6 horas para sair). Os fatos conspiram, como num atentado terrorista, as bombas são deixadas em locais diferentes para explodirem em uníssono. Salve-se quem puder: o asfalto cedeu na Marginal Tietê (norte), um caminhão de ácido virou no Anel Viário Mário Covas (sul) e toma-lhe acidente envolvendo moto e caminhão na Av. Bandeirantes. Ah, e é sexta-feira ainda por cima. Com ou sem rodízio, parou a cidade. A claustrofóbica Sul América Trânsito deixa qualquer um zureta - tente ficar ouvindo por mais de 15 minutos - é o Armageddon (queria aprender a falar cadenciado daquele jeito, sem respirar, que locução!). Ok, tenho que reconhecer que o serviço que eles prestam impressiona e a idéia é absolutamente genial - A MPM Propaganda ganhou o Leão de Bronze em Cannes e o "Prêmio Colunistas" (Mídia Alternativa - ambos em 2007) por vincular o serviço dá rádio à Sul América Seguradora. Depois de ler a "Seleções", conferir os e-mails, trocar os CDs, mudar pro rádio e daí pro CD de novo, começa a ficar bem chato. Penso na Ford, anunciando que "você pode comprar seu carro por 1 real hoje e começar a pagar as parcelas só depois da Copa de 2010!". Pronto, é culpa da Ford. Imaginava meu carro com simpáticas cortininhas nos vidros e uma mesinha de feltro verde entre os bancos para uma mãozinha de pife. Na Rodovia Raposo Tavares (3 horas para cruzar 8km), o cara do meu lado curtia, em transe, um DVD do Oasis (sempre fui contra aparelho de DVD no painel - alí, tive inveja do sujeito). Quase pedi pra ele aumentar o volume para cantarmos juntos. Na psêudo-segurança daquele casulo climatizado, a paciência e a motivação têm uma sobrevida bastante duradoura. "Tem gente em situação bem pior", pensei. Mas a partir da 4a. hora, quando penso no posto com mictório que não vem, o corpo começa a trabalhar contra e o cérebro fagocita todo o otimismo. Na parada, umas 100 pessoas esperavam pacientemente ônibus que um dia viria. A vida parou pra mim, pra eles...só mesmo ouvindo Oasis.
fonte: onbranding website, Sul América Trânsito website e minha paciência....

quinta-feira, 18 de março de 2010

Estamos no centésimo post...e tudo bem.

Amigos que acompanham o “Se Espirrar, Saúde” me perguntaram sobre a guinada do blog ao longo destes meses. No início, disse que o assunto era sáude. Cadê? Eu não tinha pensado nisso de forma estruturada.
Tem muita gente forte, preparada ao extremo para falar de saúde sem plágio. Então resolvi compartilhar outras coisas. Também não tenho a pretenção de discutir o significado da Praça da Paz Celestial pro mundo ou se "Um Copo de Cólera" foi o melhor filme da carreira da Júlia Lemmertz (nos poupe...). Eis minha receita: pegue saúde em si, adicione música, um pouco de livros, junte numa tigela grande um pouco de comportamento, humor, fantasia, uma dose moderada de negócios, uma pitada de gestão de pessoas, amor e amigos para rechear. Bote quase que diariamente pra assar, senão não cresce. Está pronta a receita do Se Espirrar, Saúde – uma coletânea de atitudes geradoras de saúde (pensei nisso agora). Chamo de atitudes porque, em as assumindo como partes da vida, tudo vai se transformando, sem frescura. Meio confessional, mas é a pura verdade.

Agradeço a todos que nos têm acompanhado e adicionado seu “pitaco” no blog. Isso ajuda a transformar essa massa numa gostosa opção de cardápio! Deixe aqui um comentário. Desejo saber o que você está achando dessa nossa "coletânea de atitudes". Agradeço antecipadamente as sugestões e comentários. Saúde e seguimos adiante.

terça-feira, 16 de março de 2010

Vovó Viu a WEB

Escrevendo um mail, percebi dois olhos miúdos e atentos por cima dos meus ombros. Puta susto! Minha avó: "- Mandei uma carta pra Francisca em Maringá. Era pelo aniversário dela de 94 anos. Faz um mês, mas só recebeu agora." Recobrei o fôlego: “- É mesmo vó? É muito tempo pra uma carta, né?”

Um psiquiatra e teórico em psicosociologia chamado Erik Erikson defendia a existência do conflito entre a integridade e o desespero na 3ª idade. Segundo ele, a integridade diz respeito à satisfação de ver a vida em retrospecto e sentir-se realizado. Em contrapartida, existe também a sensação de muitas oportunidades perdidas, o desespero. Isso foi a primeira coisa que li quando pesquisei “inclusão digital do idoso” no Sr. Google. Mas minha pesquisa veio depois, sob o efeito da razão, passado o efeito daquele comentário resignado.

Cocei a cabeça: “- Vó, senta aqui comigo. Olha, tem uma carta que não precisa nem selo, nem envelope, nem papel de carta. A senhora pode mandar quantas quiser por dia que as respostas chegam rapidinho.” O olho dela brilhava. Crocheteira de mão cheia, faz caça-palavras como ninguém, nunca me enganou - uma mente pronta pro bote, bastava espanar a poeira.

Pesquisando um pouco mais, achei um estudo do CINTED que buscou saber porquê o idoso gostaria de aprender a usar o micro: “Acho importante saber para não pedir ajuda para ninguém”, “para pesquisar na internet e ter mais desenvoltura nos caixas dos bancos.” ou “para comunicação entre amigos e filhos". Precisa dizer mais?

Sem saber muito por onde começar, abri uma conta pra ela no hotmail. “- Vó, esse “rótmail” é como se fosse a agência do correio e esse nome cumpridão é como se fosse o endereço da tua casa, entende?” Ela entendia tudo atentamente. Informação tanta, como jamais sequer tinha sonhado encontrar em todos os caça-palavras do mundo. E fomos assim, tecla por tecla, um pouco por dia, por 3 dias. Para miúdos olhos cansados, um “zoom” na tela e o mundo crescia. Impossível descrever a expressão daquele rosto vivido descobrindo que tinha enviado “3 cartas” no mesmo dia, uma pra cada filha. “- Meu filho, vieram 3 respostas, tudo hoje!” Sim vó, a senhora nem imagina quantas podem vir. A vida exige de nós as perguntas (e não dá trégua nem para quem tem 84 anos). Vou estar sempre aqui pra te ajudar com elas. Saúde Sempre, Vó.

fontes: IG Educa website, blog da Shirley Queiroz, CINTED UFRGS website e wikipedia, enciclopédia livre.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Mundo "entre aspas" 3

"Somos aquilo que fizemos repetidamente."(Aristóteles - filósofo grego)

"Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil."(Aristóteles - filósofo grego)

"Os vivos são e serão sempre, cada vez mais, governados pelos mais vivos. "(Barão de Itararé)

domingo, 14 de março de 2010

Sibutramina - ANVISA eleva o tom sobre os cuidados com a substância

A Anvisa suspendeu a distribuição de lotes de produtos da Ledal Química do Brasil Ltda. que apresentaram sibutramina, medicamento controlado, utilizado para o tratamento de obesidade. A substância foi identificada em três produtos, classificados como "ALIMENTOS": Fibra Regi e Sliminus em cápsulas e Sliminus em comprimidos. A empresa vai ter 90 dias para se defender.

O momento é de alerta para a Sibutramina, depois que um estudo denominado Sibutramine Cardiovascular Outcomes (Scout) - este estudo demonstrou aumento do risco cardiovascular não fatal nos pacientes tratados. Em janiero de 2010, a Agência Européia de Medicamentos proibiu a conercialização da sibutramina por considerar que o risco de infoarto e derrame é bem maior que seu benefício contra a obesidade. o FDA solicitou que o Abbott (principal fabricante da sibutramina) redobre os cuidados e recomendações quanto aos riscos associados ao produto.

A Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) o remédio é recomendado para os seguintes casos: IMC igual ou superior a 30, IMC igual ou superior a 27,5, se acompanhado de outros fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, hiperglicemia e quando o tratamento convencional não obteve êxito. Ressalta que a droga é segura, desde que prescrita e monitorada por um médico especialista. Segundo a Abran, a sibutramina está no mercado brasileiro há 15 anos. O medicamento auxilia na redução de peso promovendo a aceleração do metabolismo, diminui a fome e aumenta a sensação de saciedade, satisfazendo o apetite com pouco alimento.

Todo o cuidado é pouco - pela internet, até Orlistat (principio ativo do famoso XENICAL) associado à Sibutramina é possível comprar sem qualquer restrição. Se a utilização em alimentos virar moda...

fontes: FOLHA On line , Estadão.com e Dráuzio Varella website

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cinto de Segurança - 12 anos depois, o que aprendemos?

Em 1997, usar Cinto de Segurança virou lei e foi minha redenção. Sete anos antes, eu já usava – ouvia tudo que era gracinha dos amigos e tive que engrossar com uma namorada que, entrando no carro, tascou: “já aviso que eu não uso cinto” - teve que engolir: “aqui, tú usas ou vais de táxi”. Pós-sessão bate-boca e cara emburrada, botou o cinto (tempo depois, fiquei sem namorada, mas não por isso).
12 anos depois, por mais “pés de boi” que alguns “populares” sejam, nossos carros não são mais carroças. A internet tomou invadiu tudo, o youtube elegeu um presidente americano. Estamos em 2010 – e o que aconteceu com o cinto? Quase nada. Encontrei um texto publicado em janeiro de 2008 no portal da Rede Sarah que diz o seguinte:
“Apesar da ampla divulgação a respeito da importância da utilização do cinto de segurança nos últimos anos e do advento da obrigatoriedade de uso do cinto, estabelecida pelo novo Código Nacional de Trânsito em 1997, quase 2/3 dos pacientes (67,3%) admitidos pela Rede SARAH não usavam cinto de segurança na ocasião do acidente.”
E diz mais - 62,7% das vítimas tinham entre 15 e 39 anos e o uso ocorria nas pessoas com mais idade – ou seja, apesar da lei e de toda a publicidade em cima, cinto não virou cultura entre os mais jovens. 57% dos motoristas e 74% dos passageiros estavam sem cinto na hora do acidente. Outro dado infeliz: 41% do pessoal do banco da frente usava cinto, contra só 14% do pessoal do banco de trás. Seguimos achando que cinto no banco de trás é perfumaria. Só que uma pessoa arremessada contra o banco da frente pesa uma tonelada, numa porrada a 60km/h. (nada de novo aqui). Outros fatores foram mencionados neste pesquisa, tais como índices de proteção do cinto em colisão lateral, influência da velocidade, etc. Minha percepção é que paramos no tempo nesse assunto, mesmo 12 anos e muita tecnologia depois. Recebi o vídeo abaixo de um grande amigo (obrigado Zé Geraldo) - divido com vocês. É beleza que educa. Felizmente minha mulher usa cinto. Se não, iria de táxi.


fontes: Rede Sarah website e Por Vias Seguras web site (Associação Brasileira de Prevenção dos Acidentes de Trânsito)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pesquisa The Elite Costumer - radiografando a elite do consumo

No final de 2009, o IBOPE editou a The Elite Costumer, pesquisa que busca entender o perfil de consumo da elite latino-amerciana (camada TOP - 5% da população). Focada no gosto dos usuários de Internet, os pesquisados foram pessoas de 20 a 64 anos classes A, B e C e que tenham acessado a internet nos últimos 3 meses. Veja o que pensam:
85% dos usuários brasileiros acreditam na web como fonte de informação (no caso dos mexicanos, colombianos, argentinos esse índice ficou abaixo de 50%), 91% pesquisam na web antes de adquirir serviços e produtos, 70% são fiéis às marcas que gostam, 81% pagam mais por aquilo que valha à pena, 63% usam serviços de home banking, porém a taxa de uso desses serviços via celular é baixa (6% para homens e 4% para mulheres) e 50% dos brasileiros prentendem adquirir um smartphone nos próximos 12 meses.
Moral da história - as empresas e/ou profissionais que apostarem forte na web com o firme propósito de criar empatia com seu público e clientes premium, "o céu é o limite". Grande oportunidade. Tá esperando o que pra mudar completamente o contexto do seu site?
Fonte: IBOPE wesite e revista Venda Mais – março/2010.

segunda-feira, 8 de março de 2010

"Din-Don", embarque imediato...

O avião decolava e eu folheava a minha “Piauí”. Matéria do dia: Safari Sonoro em Congonhas.
Poluição sonora é neurótico demais. Sabe aquela sensação de irritação que se apresenta às vezes sem ter nem porque? Pois é só lembrar das chamadas de vôo - aquilo é estenuante, você só percebe quando salta da cadeira quase infartando com aquela voz estridente que grita de 15 em 15 segundos no saguão chamando seu vôo ou pior, seu nome.
Segundo a matéria, o Din-Don, normalmente seguido daquela voz, hoje funciona apenas nas 17 salas de embarque de Congonhas (o Infraero acabou com os anúncios no saguão há cerca de 1 ano) - no embarque, foram contabilizados 39 “din-dons” para chamar 14 vôos em 50 minutos – ninguém merece. E quem não saboreou a voz de Iris Lettieri nos aeroportos da vida, não sabe o que perdeu.
Deixei minha Piauí de lado e levantei, rumo ao banheiro da proa do avião. Fui advertido pelo comissário para que aguardasse o din-don pós decolagem pra só então tirar o cinto – só podia ser auto-sugestão (eu juro ter ouvido o dito sinal). Voltei rindo pra minha poltrona e pra minha “Piauí”.
Fonte: Revista Piauí/março 2010.

Dia Internacional da Mulher - Visão de Oportunidade AZUL

Diz o velho ditado que a "oportunidade" é cabeluda na frente e careca atrás - passou, não agarrou, perdeu.
No Dia Internacional da Mulher (08 de março), o comissário-chefe da Azul Linhas Aéreas arrancou suspiros da mulherada, em pleno vôo para Curitiba e não foi pela estampa diferenciada do moço. Pouco antes do pouso, abriu o microfono e tascou: "Em homenagem a esta data tão especial, a Azul presenteia as mulheres a bordo com uma passagem ida e volta para qualquer destino no Brasil". O vôo veio abaixo (figurativamente, claro). A Azul mais uma vez surpreende, pega todo mundo de calça na mão, vulnerável, querendo ser bem tratado. Não trabalho na Azul, meu segmento é bem outro, mas como cliente, não dá pra ficar indiferente a isso. Um forte abraço ao caríssimo Johannes Castellano, Diretor de Recursos Humanos da AZUL, pois o entusiasmo do comissário-chefe do vôo 4087 (Vítor) quando perguntei a ele se isso estava acontecendo em todos os vôos daquele dia foi impressionante.
Saúde às mulheres maravilhosas, à AZUL é à Inovação à toda prova.

domingo, 7 de março de 2010

Nem só de MP3 vive o Homem - Um "viva" aos bolachões.

Recebi esta pérola paterna que divido com vocês. Música é SAÚDE. Nat "King" Kole é música, logo...

"15/02/65 foi o aniversário da morte de NAT KING COLE - liguei meu velho AIKO 3 em 1 (todo original, um primor). Mandei ver um bolachão duplo lançado em 1986 pela EMI-ODEON, para rememorar os então 21 anos da morte do Nat (em 2010, 45 anos).

“Por fumar 3 maços/dia, o fenômeno da música romântica americana de 1950/60, pai da
Natalie Cole (6 de Fevereiro de 1950) morreu de câncer em 15/02/1965, 09 dias após o aniversário de 15 anos da filha” (citação no site “Paixão e Romance”).

E olha o que nem a capa de um singelo bolachão do NAT escapa da folclórica visão que muitos dos executivos americanos sempre tiveram (e alguns continuam tendo) do Brasil. A mesma miopia que sempre trata a selva amazônica nos filmes como se fosse a cidade de Juárez, no México.

Na contra-capa,
Ralph Gleason, da revista Down Beat afirmava sobre o disco: ”Entre outras coisas trata-se de um estilo...Ele sempre soa como Nat King Cole...há um aura de sinceridade em tudo que ele canta”. Só que entre clássicos do romantismo ianque (Love Letters de Vitor Young, Tenderly de J. Lowrence, Too Young, de Sylcia Dee), e do romântico latino da época (Quizás de Osvaldo Farrés, Aquellos Ojos Verdes, de Nilo Menendez, Perfídia de Alberto Domingues), defendendo as cores da música romântica brasileira dos anos 1950/1960, está uma “BRAZILIAN LOVE SONG”, que o coitado do Nat, inocentemente, cantou numa versão em inglês. E que nada mais era do que ANDORINHA PRETA, de Breno Ferreira, e cujo tema “Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola” é incansavelmente repetida pelo back vocal estilo Quatro Azes e Um Coringa. Mesmo tendo ao alcançe na época pérolas como TEREZA DA PRAIA, de Tom e Billy Blanco (1954), CHEGA DE SAUDADE, de Tom e Vinícius (1958) e EU SEI QUE VOU TE AMAR, de Tom e Vinícius (1959), foi a pobre da ANDORINHA a escolhida. Injusto com NAT “KING” KOLE e com a gente.
Será que algum brasileiro esperto, provavelmente para curtir uma com algum executivo (desafeto) da gravadora (bola nas costas), incluiu a Andorinha na coletânea? Aplicaram no Nat "King" Cole e no produtor americano. Se isso realmente aconteceu, não sei. Mas o fato é que perdemos um espaço irrecuperável naquele disco e ninguém viu, passou. Um brinde à NAT “KING” COLE!"
Luiz Souza Filho – Consultor de Negócios
(fontes complementares - Wikipédia, Enciclopédia Livre e Beatriz Kauffmann website)

sábado, 6 de março de 2010

Varejo Brasileiro - Uma visão do Passado e um Cenário Futuro (parte 2)

Nesta 2a. parte sobre tendências do Varejo, Lourival Stange nos fala de MUDANÇAS realizadas pelo Varejo para, aos poucos, ir recebendo um novo tipo de consumidor. Vamos ver?

"Em Varejo Brasileiro - Uma visão do Passado e um Cenário Futuro (parte 1)”, comentamos os dados do IBGE, bem como o que significam, tentando mostrar que o varejo tem sido, nos últimos 4 anos, o grande precursor do PIB Nacional.

Assim, podemos afirmar que o motor do crescimento do varejo serão as classes C e D, entrantes recentes no cenário do consumo e que representam importantíssima fatia dos gastos das famílias Brasileiras, na verdade a maior parte. A classe C, alta consumidora não só de alimentos, mas de produtos duráveis, também é campeã no uso de celulares, de viagens de turismo e do crédito fácil (mas ainda caro), especialmente com cartões de crédito, através de produtos especialmente desenvolvidos para este público.
O varejo, hoje atento a este fenômeno, cria formatos de lojas e modelos de negócios para esse público. Construtoras e incorporadoras estão desenvolvendo empreendimentos focados na classe C. Os bancos, também atentos, criam linhas de crédito, especialmente a Caixa Federal, que bate recordes na cessão de crédito imobiliário e será seguida pelos outros bancos. O varejo da construção civil, que cresceu como rabo de cavalo em 2009 (-5,9% sobre 2008) crescerá em 2010, levando com ele o varejo de móveis e eletrodomésticos, com crescimento pífio em 2009 (2,1% sobre 2008).
Quem consome está mais atento à qualidade, ao atendimento e ás facilidades de compra, inclusive a eletrônica, de largo crescimento em 2009 e que deverá bater recordes em 2010. Aqui incluímos o uso de celulares para compras, autorizando eletronicamente o débito. Mídias indoor auxiliarão na compra é já é possível interagir eletronicamente com o consumidor em uma gôndola. O varejo de luxo (que caiu em pompa, mas não em circunstância) repaginou seus templos apontando para o descolado, que harmoniza Louis Vuitton com Hering. O luxo, mais democrático, foca produtos e formatos de loja especialmente para classe B, ávido por parecer sem poder ser, mas feliz com o mimetismo possível. O mesmo ocorre com veículos, novos, semi-novos e usados, que ajudarão no congestionamento das grandes cidades. E o governo desinveste no setor de transporte público e sistemas viários, mesmo em pré-temporada de Copa do Mundo e Olimpíada Carioca, onde o varejo vai crescer, a renda aumentar, o dinheiro fluir e os preços subirem como orelha de burro.
Este comportamento de compra permeia camadas sociais que, jamais na história deste país (o criador desta frase tem menos culpa por isto do que alardeia por aí), puderam comprar nada além de comida. Hoje as classes C e D consomem acima de suas posses, auxiliados pelo crédito, que ameaça romper a barreira dos 50% do PIB em 2010. E o calote cai em todos os tipos de crédito (mesmo com R$ 1,4 trilhões de reais em crédito em 2009). Os juros, baixas historicamente, mas altíssimas se comparadas às outras nações em desenvolvimento, voltaram a crescer em Jan/10, impulsionadas pelo comunicado do BACEN sobre o depósito compulsório e pela elevação da taxa Selic em abril, ao redor de 0,25 pontos percentuais. Mas isso não afeta o consumo, que buscará prestações que caibam no bolso.
Em resumo, teremos o consumo das famílias novamente puxando o PIB Brasileiro, emprego e renda relativamente em expansão, crédito abundante para pessoa física, mas juros em crescimento, e uma tendência de exigir qualidade, atendimento, serviços e algum tipo de luxo, por todas as classes sociais, nos levarão, ao fim de 2010, a comemorar números preciosos para a economia e varejo, mesmo em tempo de eleição e alguma incerteza política. Resta-nos saber se teremos, também, investimento no varejo da educação (pública), coisa que implica, no longo prazo, em sólido e sustentável crescimento econômico."

SE ESPIRRAR, pode ser RINITE!

Se você normalmente tem crises de espirros e sente o nariz “fechar” quando brinca muito tempo com um gato, cuidado. Provavelmente você está tendo uma crise de Renite Alérgica.
A Rinite é uma resposta defensiva exagerada do organismo a uma substância estranha (alergeno). Primeiro o nariz fecha, vem a coceira (no céu da boca, nariz e olhos) e a coriza. Isso ocorre porque o nariz, em sendo o primeiro a proteger o organismo contra substâncias agressoras que queiram chegar nos nossos pulmões pegando um carona no àr que respiramos. Com a evolução do quadro, a pessoa pode apresentar outras complicações: Otite (inflamação do ouvido), Sinusites (inflamação das cavidades da face), Roncos (em estado moderado a grave, a pessoa dorme muito mal) e Asma (inflamação das vias aéreas). Estima-se que cerca de 20% dos brasileiros têm Rinite, mas muita gente não sabe.
Segundo o Dr. João de Mello Jr., muitas substâncias podem causar Rinite Alérgica, porém no Brasil, o alergeno mais importante é a poeira doméstica (especialmente nas grandes cidades). Pêlos de cães e gatos, escamação de pele humana, ácaros (que se alimentam desta escamação), restos de baratas e/ou outros insetos, fungos e outras imundices compôem a poeira doméstica (não é pra menos...). Substâncias irritantes tais como fumaça, perfumes fortes, produtos de limpeza e outros, também podem complicar a vida do Rinitoso. O pólen é outro agente provocador de renite - na região Sul do Brasil, a polenização da primavera faz suas vítimas.
Rinite não mata nem é contagiosa, mas não tem cura, encomoda bastante e é absolutamente tratável. A melhor forma é evitar contato com o que desencadeia a crise, especialmente os àcaros, o que não é facil, pois eles estão em tudo (carpetes, travesseiros, sofás, ursos de pelúcia, etc.). A alternativa a isso passa pelo aconselhamento médico para tratamento com medicamentos especifícos e/ou vascinas anti-alérgicas. Converse com seu médico, vale à pena.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tercerizando a Vida

Olhe pra essa listinha acima: dá pra ter uma idéia do monte de serviços super especializados ao alcance da mão (tá bom, também nunca me ligou um personal shopper, mas que existe, existe)? Posso terceirizar tudo, meus horários, meu silêncio, a vida, o movimento, a atitude, até o riso. Também terceirizo um Encantador de Cães, assim não preciso cuidar do meu cachorro, nem ter uma relação real com ele, tudo fake. Até os meus valores eu já posso terceirizar de cara, assim não preciso explicar se tenho valores ou não (afinal isso nem é tão importante, é convenção da sociedade...) – não tô exagerando não, a gente faz isso sem perceber: quando eu espero que a escola dos meus filhos dê a educação que eu não posso (ou não quero) dar, estamos falando de que afinal? Já pensou se toda incerteza pudesse ser, de cara terceirizada? Eu poderia ter mais tempo. Ah...mais tempo. Múscica pros ouvidos. Inflando meu dia com terceiros, eu esvazio minhas responsabilidades. Já pensou? Mesmo? Eu também. E me senti vazio. Terceirizei minha capacidade de pensar. Saio de fininho antes que meu sono seja terceirizado. Saúde. (na tabela acima, o "referências do google" diz respeito ao número de referências encontradas e expressas em milhões).

quinta-feira, 4 de março de 2010

JOHNNY ALF - só agora o Brasil o redescobre??

Hoje, 04 de março de 2010, o câncer de próstata calou o piano mais intrigante da MPB.
Pois, inspirado pelo meu grande amigo Zeca Petersen, eu ví um show do mestre Johnny Alf, tive esse privilégio - no Bar do Tom, ao lado do Plataforma, Rio de Janeiro, numa noite de 1997 - um som inclassificável. Era bossa, jazz, samba, era Johnny Alf. Eu e a Brisa, Ilusão a Toa, Rapaz de Bem... - paralisado estava, paralisado fiquei. Aquele senhor negro, tímido, na época já com quase 70 anos, um rabinho de cavalo elegante e óculos de aros grossos, era o autor absoluto daquelas maravilhas. Estava ali, naquele restaurante modesto, mandando aquelas preciosidades, sorriso humilde, aceitando as palmas. Tanta genialidade não cabia naquele restaurante de umas 40 mesas, não mais que isso.
Dá pra dizer que ele inventou o Cool na música brasileira, letras sérias, sussurradas, bem menos açucaradas do que os dramalhões tipo Orlando Silva (pós-anos 40). Eram harmonias complexas do jazz, mas com um balanço que denunciava a origem brazuca. “Tom Jobim dizia que antes mesmo de lançar a Bossa Nova, tinha respeito por Johnny Alf ” – palavras de Pery Ribeiro, um dos melhores interpretes que a MPB já teve.
Johnny Alf foi um inovador e, aos 80 anos, morando numa clínica de repouso em Santo André/SP, morre após 3 anos lutando contra um câncer – sozinho e quase anônimo. Eu, um brasileiro no meio de muitos, sinto remorso. Não é apenas com Wilson Simonal que o Brasil tem e vai ter pra sempre uma grande dívida. Infelizmente o Sr. Alfredo José da Silva, natural do Rio de Janeiro, engrossou a lista. Johnny, Saúde à sua obra que essa geração MP3 não conheceu. (Veja a discografia de Johnny Alf)

fonte: Folha Online , Sombras.com website e Jornal Cruzeiro do Sul, Piracicaba - 04/03/2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

Consumo regular de analgésicos leva a perda auditiva

Um estudo norte-americano que acompanhou 26 mil homens por 18 anos mostra que o uso regular de aspirina, acetaminofen (substância ativa de analgésicos como o Tylenol) e anti-inflamatórios não esteroides (como o ibuprofeno) aumenta o risco de perda auditiva, especialmente nos homens com menos de 60 anos. Os autores apontam que o consumo regular (duas ou mais vezes por semana) de acetaminofen aumenta em 99% o risco de deficiência auditiva em homens com menos de 50 anos e em 38% em homens entre 50 e 59. A partir dos 60 anos, o risco cai para 16%.

"A relação entre o acetaminofen e a perda auditiva nunca havia sido estudada", disse à Folha Sharon Curhan, do Brigham and Women's Hospital, a principal autora do estudo.

Entre os que usam regularmente aspirina, o risco de perda auditiva foi 33% maior para homens abaixo dos 59 anos. Não foi observado aumento de risco nos participantes com mais de 60 anos. O uso regular de aspirina, que diminui o risco de formação de coágulos, é indicado na prevenção de doenças cardiovasculares. Quanto aos anti-inflamatórios não esteroides, o risco foi 61% maior para homens abaixo dos 50 anos, 32% maior para a faixa entre 50 e 59 anos e 16% para os com 60 anos ou mais.

"Os efeitos ototóxicos (que agridem o aparelho auditivo) de altas doses de aspirina estão bem documentados e há suspeitas de que altas doses de anti-inflamatórios não esteroides causem danos auditivos. Nós investigamos o uso regular de doses moderadas desses analgésicos. É o maior estudo prospectivo mostrando essa relação", diz Curhan.

Os pesquisadores fizeram ajustes para fatores que pudessem distorcer os resultados, como alcoolismo, tabagismo, doenças cardiovasculares, hipertensão e uso de outros tipos de medicamento com efeitos comprovados na audição. O trabalho, que acaba de ser publicado na edição de março do "American Journal of Medicine", foi realizado por pesquisadores das universidades Harvard e Vanderbilt, do Brigham and Women's Hospital e da Massachusetts Eye and Ear Infirmary, em Boston.

A perda auditiva é considerada a desordem sensorial mais comum nos EUA. Estima-se que afete 10% da população geral e pelo menos metade da população com mais de 65 anos. "Não temos números precisos no Brasil, mas provavelmente a situação aqui é igual ou maior. Os distúrbios auditivos são um problema de saúde pública", afirma o otorrinolaringologista Marcelo Ribeiro de Toledo Piza, diretor da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia.

"A deficiência auditiva afeta a capacidade de comunicação, reduz a autonomia e pode levar ao isolamento social e à depressão", completa Curhan.

fonte (matéria na íntegra): Folha Online (Iara Biderman - 3/03/2010)

Pão de Açucar avança rumo às farmácias

A turma do empresário Abilio Diniz está prospectando Redes de Farmácias para aquisição. O motivo: a classe "C" segue crescendo e comprando mais medicamentos e produtos de higiene e beleza. Tudo indica que em breve uma das grandes redes varejistas deva passar para o controle do Grupo Pão de Açucar, que hoje possui algumas pequenas lojas localizadas em seus supermercados.

Em 2009, o Grupo adquiriu o controle de duas potências do comércio de eltrônicos e eletrodomésticos: Ponto Frio e Casas Bahia. Sem considerar essas duas aquisições, em 2009 Pão de Açucar e Extra (subsidiária do grupo) faturaram juntos 23, 334 bilhões de reais, com um lucro Ebitda de 1, 53 milhão, 15,7% a mais que em 2008. Saúde! Põe Saúde nisso....
fontes: revista Exame - 24/02/10 e Globo.com

terça-feira, 2 de março de 2010

Varejo Brasileiro - Uma visão do Passado e um Cenário Futuro (parte 1)

Comprar, o brasileiro está comprando e muito. O Varejo rí de orelha a orelha e 2010 já começou quente - em dezembro/2009, o Grupo Pão de Açucar comprou as Casas Bahia, uma operação de mais de 40 bilhões de reais. Mas será que 2010 vai ser mais um ANO DO VAREJO BRASILEIRO? Pois vamos ver o que Lourival Stange - Economista, Especialista em Marketing Estratégico e Consultor para empresas de varejo - tem a nos dizer:

"Para uma leitura mais tranqüila e rápida, vamos quebrar o tema em duas partes, a serem publicadas em seqüência. Nesta, vamos comentar os dados do varejo recentemente divulgados pelo IBGE, bem como o que isto significa.

Os dados de 23 de fevereiro mostram o vigoroso desempenho do varejo em 2009, com um crescimento sobre o excelente 2008 de 5,9%, apesar da queda em Dezembro em relação a Novembro de 2009 - prova que o Brasil tem um mercado interno forte e vai continuar crescendo em 2010. O consumo das famílias, especialmente em alimentos, artigos médicos, farmacêuticos e equipamentos e material de escritório, foi o responsável pelo crescimento de 2009 sobre 2008. Mas olhando o varejo ampliado, com material de construção (queda de 5,9% no ano) e veículos e motos (partes e peças também - alta de 11,1%), o crescimento foi de 6,9% sobre 2008. Aliás, foi um recorde no setor automobilístico (aqui as classes A e B despontam). O crédito, a liberação dos depósitos compulsórios do Banco Central, a queda de impostos e a relativa manutenção do emprego (e renda) foram fundamentais para este desempenho que, espera-se, em 2010 seja ainda muito melhor. Protegeram-nos, e protegerão os sólidos alicerces da política econômica e da relativa independência do Banco Central do Brasil.

Com o crescimento da inflação, o IPCA projeta 0,52% para os próximos quatro meses, o BC do Brasil já eleva os depósitos compulsórios nos patamares de antes da crise (foi o que protegeu o sistema bancário na crise, garante Henrique Meirelles). Este movimento eleva os juros bancários, especialmente pessoa física – atitude utilizada para travar o crescimento econômico, forçando a queda da inflação preventivamente. Quanto aos juros básicos da economia (taxa Selic), sobem em abril, mas o efeito disso só vai ser sentido entre quatro e seis meses depois da alta. Assim, o varejo vai crescer em 2010 e sem a ajuda do governo, que se manterá gastando muito (elevando a inflação), aumentando juros (para reduzir a inflação) e elevando a carga tributária mesmo em ano de eleição. Ocorre que ele, governo, vai gastar o quanto puder, para eleger a figura nada carismática da Ministra Dilma, especialmente com programas assistencialistas. Assim, teremos o crescimento da renda e do emprego, conjugado com o crédito crescente (projeção do BC de um crescimento de 15% sobre 2009), que deverá atingir, ao fim de 2010, um patamar de 50% do PIB, segundo o Ministro Mântega. Mas o Governo segue sem ajudar na desoneração de preços e produção, bem como redução de seus gastos (Custeio)".
fontes complementares: veja.com website e wikipédia